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3169E6, Era de Sombrata. Dia 18 de Fevereiro.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

- As Quatro Chamas (Prévia) -

    "Como chegamos neste lugar?!" "Não sei, mas como iremos voltar?" 


     É durante as chamas dançantes que as sombras se esgueiram...  

     Depois de andar um pouco, e um navio para terras distantes pegar, um paradeiro diferente ocorre, e o destino do navio torna-se outro. Como voltar? Apenas a terra pode dizer isso... E até mesmo ela pode ser tão traiçoeira quanto a própria chama. Ou até mesmo tão esgueirante quanto a água. Quem diria que tal terra existiria, quem diria que ela existiria no ar?
     Compreender tal coisa parece tão difícil, não acha? Pois saiba que tudo será esclarecido assim que nossos heróis cruzarem os mares no retorno para a terra de BlueStone. Que os Deuses e Deusas, mesmo que tão distantes, possam cuidar de todos para que nenhum se perca.

     Chegou o momento em que apenas através da compreensão da separação é que a verdadeiro união irá acontecer entre nossos heróis... Até onde cada um iria pelo outro? Ou, até onde um heróis seria capaz de descobrir sobre o outro, por outrem? 

- Enfim, A Criatura (Part 2) -

     Por mais que a noite ainda persistisse os sons haviam parado. E por pelo menos uma noite, por mais que fosse no final dela, o cemitério parecia estar da forma que todos esperavam que um cemitério fosse: sepulcralmente silencioso. Mesmo assim vagar pelo cemitério fora um tanto difícil com a morte de Válery na mente de todos. Genesys ainda tinha em mãos o baú em que a havia trazido. Embora fosse o que carregava o baú, todos estavam pesados em carregar o pêsame.
     Junto ao sol no horizonte, nossos heróis chegaram na cidade. Estavam no centro da cidade quando ouviram algumas pessoas que andavam ao redor falando sobre a Senhora de BlueStone, a tão falada Samantha. Mantendo aquilo em mente foram até a taverna de Jeremy, onde foram recebidos por uma pequena, porém muito calorosa, multidão. Entre eles estavam os homens com a recompensa da criatura e outros familiares das moças com alguns bens para dar aos heróis. Os bens foram todos colocados sob uma toalha branca; eram candelabros dourados, pratarias e cálices de vários metais reluzentes.
     Aquele fora um dia de grandes ganhos e percas, mesmo tendo toda aquela riqueza na frente deles, ainda estavam um tanto pasmos. Mas com o tempo conseguiram se misturar entre os aldeões e os mercenários do acordo. Riram bastante, conversaram, beberam e descansaram um pouco. Bastou que se vissem capazes novamente que Gimb veio com a ideia de dar uma visita à Samantha.
     A ideia era aparentemente impossível, e se houvesse sucesso haveria poderia custar a cabeça de alguém - pensaram todos. Só que, sabendo que Samantha jamais usara de seu poder político para matar ninguém por motivos assim, eles continuaram em frente. Gimb, obviamente, decidira seguir em frente PELA FRENTE. Dirigiu-se até o portão principal e, depois de conversar com os guardas sobre ser um dos homens por de trás  da salvação de Lhibann e da morte da criatura do cemitério. Os guardas não pareciam estar muito impressionados, mas surpresos o suficiente para permiti-lo passar.
     Quanto aos seus amigos, todos decidiram pular o muro que, por muita sorte, estava sem guardas. Já as outras, estavam repletas de soldados que estavam preocupados demais olhando para frente, do que para os lados. Pularam o portão e seguiram em frente por de baixo da ponte que liga a primeira ilha com a ilha-quartel central.
     Vários guardas estavam ao redor de Gimb, que decidira seguir em frente. Falava e brincava com afirmações um tanto perigosas quanto ao estado matrimonial atual de Samantha e outras coisas sobre suas vitórias. Teve de distrair os guardas, para que seus amigos pudessem seguir em frente. Tudo foi indo bem até que fora parado por uma carruagem que, assim que conseguira passar pelo quartel, saíra do palácio na terceira ilha.
     Mais uma vez, para a velha voz que de lá falara com ele, referiu-se a Samantha como sua noiva - como estava fazendo desde que tinha falado com os primeiros guardas no inicio da ponte. O velho apenas pergunta, para alguém que dentro da carruagem estava, sobre o que essa pessoa achava e a chama de filha. Gimb ficou branco, pois achara que era Samantha. Teve sorte de descobrir que era a irmã dela. Muita sorte, já que trocara de objetivos no mento que conheceu a irmã mais nova de Samantha.
     Tendo que continuar novamente para frente, ele fora levado até a frente do palácio onde vários guardas surgiram dos jardins do palácio e, de alguma forma, tiraram os heróis de baixo da ponte e os colocaram para cima. Até mesmo Genesys, que invisível ficara, fora descoberto pelo capitão da tropa da escolta de Gimb. Um pouco depois, durante à presença de Samantha, vieram a descobrir que tudo aquilo acontecera apenas graças à um vidente que vinha a ajudado.
     De forma ou de outra, todos se apresentaram e tiveram uma adorável conversa com a governante. Ela parecia estar tendo alguns devaneios em alguns momentos. Todos apenas pensaram que poderia ser algo sobre a reunião que teria de comparecer em alguns instantes. Dito e feito, após responder algumas perguntas ela se retirara para seus afazeres deixando uma belíssima mulher de longos cabelos azuis para responder as perguntas remanescentes e auxiliar com o que pudesse ser feito.


Mesmo que tudo isso estivesse acontecendo. Algo parecia faltar...
O que era...?    Quem era...?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

- Enfim, A Criatura (Part 1) -

     Os olhos de todos se fecham, nas trevas de um templo noturno. Horas, horas passaram-se no mundo dos sonhos, sobre o teto divino de um templo em pedaços. Mas nada é a mesma coisa no mundo real, eis a prova quando acordam. Ainda era noite, passaram-se apenas minutos. E que forma de acordar! Perante ruídos estranhos de mortes andando por todo o lugar.
     Alguns levantaram, e os que não o fizeram foram acordados. Se reuniram no centro do templo e começaram a conversar sobre o que deveriam fazer. Voltar à cidade, dormir na taverna, ir para a capela, seguir em frente? E, sorte de Camih, decidiram seguir em frente.
     Ao saírem continuaram a andar, quebrando o feitiço que havia sido colocado no chão. Aparentemente quem tentasse ver o outro lado do cemitério, estando no lado oposto, jamais teria sucesso. E ao passarem pelo centro, conseguiram ver tudo.

     Fora graças as habilidades vampirescas, e ao leve peso de Gimb, que Valery  - transformada em um grande morcego - conseguira erguer Gimb no ar para desenhar um mapa de todo o local. Quando ela descera com Gimb eles puderam seguir em frente até o grande templo que ele avistara.
     Chegando lá Genesys avistara o monge saindo de uma tumba com seis esqueletos em mantos o acompanhando. Assim que dissera isso aos seus amigos chegaram a conclusão que poderia se tratar de um necromante. Fosse o que fosse, criatura ou não, deveria ser detido e destruído. Com tal pensamento seguiram em frente até um grande salão de pedras negras, dentro da grande construção.
     Lá virão várias obras de arte, famosas por toda Wayland, mas estavam diferentes. Parecia que alguém havia recriado elas de forma grotesca e horripilante. Todos os cenários, pessoas e florestas estavam mortos. Genesys perguntara em voz alta:
   - Quem teria feito tal... ? - Genesys foi interrompido.
   - Obra de arte? - falou uma voz grave do outro lado do extenso salão. - Não são lindas?
   - Então você é o homem por de trás destas atrocidades?! - perguntou Arthur.
   - Atrocidades? Isso é arte! - gritou animadamente o rechonchudo monge em negro.
   - Você matou mulheres... - disse Genesys, que estava bravo.
   - Eu as transformei! Estão incríveis agora! Imortalizadas através da morte!
   - Irei imortalizar você! - gritou Genesys antes de correr na direção do adversário.
     O monge então invocara vinte esqueletos guerreiros que o permitiram escapar por uma porta. Sua voz ainda podia ser ouvida enquanto subia as escadas. Ele ria, como se nada tivesse acontecido.
     Nossos heróis, irados com o maldito homem, jogaram-se contra os esqueletos. Embora fossem frágeis quando acertavam seus golpes, eram fortíssimos. Mas, com esforço, conseguiram derrotar a dezoito deles. Der repente uma voz ecoa na sala. Era o monge:
   - O que?! Acha que seria tão fácil? Hahaha...
     Assim que sua rizada terminara todos os ossos caídos juntaram-se com os dois corpos esqueléticos remanescentes. Haviam agora dois magos monstruosos em sua frente. Suas magias eram fortes e tenebrosas. Embora Valery conseguisse cancelar a maioria e Löw e Albert cuidassem da vida de seus amigos com defesas e curas, a situação estava muito perigosa. Foi quando, graças à um trovão lançado por um dos magos, Valery tornara-se cinzas.
     Seu corpo caíra lentamente em frente a todos. Genesys se atirara para pega-la. Naquele momento lembrou-se de todos os amigos que morreram ou quase se foram, que estiveram em seus braços em momentos assim. Jeriod, Tobias, Gimb... Agora, Valery...
     Em seus braços a estátua de cinzas se desfizera em pó, e nada além de um nome gritado por muitos fora o que se ouvira naquele momento: Valery!
    Arthur pegou sua espada com toda a sua força e quebrara vários ossos com seus golpes. Um dos magos cai, e logo depois outro graças aos ataques de Gimb e Genesys. Se reorganizaram e seguiram em frente, com a bela vampira em mente.
     Subiram a escada até encontraram uma sala do trono, onde o monge sentado parecia controlar outros seis esqueletos estranhos, que vestiam mantos. Eram os seis esqueletos de antes, só que agora pareciam estar reluzindo. Uma corda de energia verde era visível acima da cabeça deles. Cordões que se conectavam à mente do monge, que estava sentado. Arthur, ignorando os servos magrelos, ataca o monge diretamente. Quando sua lâmina foi ao encontro da carne do maldito homem, uma luz esférica aparecera rapidamente ao redor dele, e logo desaparecera. Era um escudo. Então voltou seus olhos aos servos.
     Os outros então começaram a atacar os esqueletos. Conforme a batalha se desenvolvia era evidente que atacar o monge não faria efeito. Mas que na morte de seus servos ele ficava fraco, se feria. Então mirando nos esqueletos foram capazes de feri-lo e tira-lo de dentro de seu escudo. Trazendo-o para a briga.

O monge caminhara na direção deles. E Arthur, que fizera a frente novamente, o atacara. Parecia que ele havia aceitado vingar Valery, pela tortura que ele havia feito nela e pela morte que seus servos miseráveis causaram. Mesmo sem aparentemente sentir nada por ela, ele senti uma coisa: a vontade de fazer o certo, a justiça. Por mais que tal vontade fosse forte, mais uma vez sua lâmina não atinge seu trajeto, o pescoço do adversário. E acaba por ser segurada por vários braços em decomposição que surgiram de dentro dos mantos negros do monge.
     A mesma coisa acontecera várias e várias vezes em que eles atacavam ele. Até que, depois de cortar alguns braços e acertar alguns golpes, ele fora jogado contra a parede graças ao golpe desferido por Arthur. Gimb então, com o monge no ar ainda, dispara contra ele, para causar toda a dor que fosse possível no momento. Chocaram-se com o estrondoso som que ouviram do homem quebrando a parede e caindo no chão. Pedregulhos caíram sobre ele e por um instante houve silêncio e nada mais se ouviu.
     Arthur foi ajudar os outros enquanto Löw se aproximava lentamente. De repente uma mão surgira entre as pedras. Mas Löw continuara, mesmo com Arthur dizendo para ter cuidado. Mais alguns passos do pequenino e uma segunda mão aparecera. Arthur gritou para ele sair dali antes que algo acontecesse. E Löw, ao ver uma terceira mão surgir correu de volta para seus amigos. Certo estava Arthur, que salvara Löw de ser morto por pedregulhos que foram jogados pelos ao redores da criatura que ali se levantava.
     A criatura do cemitério, o sequestrador e assassino de mulheres, estava ali diante deles. Era uma terrível criatura de dois metros. Seu corpo era composto de vários outros corpos podres que o tornavam um golem de corpos mortos, de zumbis. Ainda havia o que ser feito. Ergueram-se novamente e continuaram a batalha.
     Depois que Arthur, ao observar o estranho simbolo do trono do monge, ter quebrado o lugar onde ele estava ele descobrira que aquilo mantinha parte dos corpos que formavam o golem. Assim, quando foi quebrado, fazendo alguns corpos caírem, revelando o interior da criatura. Lá dentro não havia corpos podres e sim frescos, vivos. Lá Genesys teve o infortúnio de encontrar Camih. Bastou que ele tira-se ela de lá para que seus amigos atacassem a criatura. Gimb com seus projéteis e Arthur com sua lâmina gélida, até mesmo Löw jogara seu escudo na criatura.
      Então, tendo seu interior atacado, em seu ponto de fraqueza que havia sido revelado com a remoção de Camih, a criatura se desfaz em meros corpos sem vida. E a batalha é ganha, depois de tanto esforço e algumas perdas. Mas ainda tinham o que fazer, precisavam voltar para a cidade, e se preparar para o dia que estava por vir: O Funeral de Leandro...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

- Finalmente, A Criatura! (Prévia) -

     Depois de sobreviver à gárgulas e esqueletos, fantasmas e seus servos ectoplasmáticos e muito mais que o cemitério jogara sobre eles, chegou o momento de dar de frente com o "autor" dos sequestros, o "pintor" das mortes, o "criador" da s criaturas que habitavam nas mulheres.

     Embora os boatos dissessem que fosse um homem, ou uma criatura, tudo indica que talvez seja mais do que isso. Tudo indica que mais uma vez aquilo que enfrentam, como em outros casos em que fantasmas apareceram para enfrentar nossos amigos, nada é o que parece... Cuidado, muito cuidado deve ser tomado por todos antes de adentrar onde os olhos não alcançam, ou talvez jamais venham a ver novamente.

O que é que se esconde nas trevas?

- A Volta ao Cemitério -

     Lá, na loja de Tafhar's Shield, Genesys ergue seus olhos para seus amigos ao redor dele. Observa-os cuidadosamente e então pergunta:
   - E quanto as garotas?
   - Elas estão aqui... - apontou Löw.
     A moça gélida, que antes estava nua, estava agora com a camisa de Arthur que havia emprestado a dele para ela não ficar sendo alvo de olhos indesejados. E a outra, que usava uma máscara de ferro ao redor da cabeça, parecia estar desmaiada. O ferreiro olhava atentamente para ela. Ele para e então explica:
   - Não poderei tirar a máscara...
   - Você não pode? Você?! - disse Gimb.
   - Não... há um encantamento ao redor da máscara que a fará ser quebrada se ela for banhada trinta e seis vezes na luz da lua cheia de trinta e seis dias diferentes. Não tenho como recriar tal luz...
   - Hum... entendo - disse Genesys, que depois volta seus olhos para a moça que ele havia salvado. - E você é?
Valery V. Vicerine II
     Ainda um tanto abatida, talvez pelos maltratos que sofrera na capela, ela estava olhando para o chão. Bastou que alguém chamasse sua atenção para que ela voltasse de onde quer que estivesse em seus pensamentos e virasse sua face para eles. Ela olhou para Genesys, com seus olhos castanhos avermelhados, e disse:
   - Você me diga primeiro...
   - Ora, não me reconhece? - disse Genesys, esperando que sua fama tivesse sido já espalhada por toda BlueStone.
   - Não...
   - Ahm? - aquilo atingira Genesys de uma forma estranha, mas não deu bola. Afinal, ele tinha consciência de que levaria anos até que TODOS o conhecessem. Então continuou - Bem... Sou Genesys, o Leão Vermelho!
   - Prazer... Sou Valery Vicerine
   - Belo nome - disse Albert.
     Todos então se apresentaram e disseram quem eram em poucas palavras. Foi quando chegou na hora dela contar um pouco sobre ela que tudo pareceu fora do normal.
   - Sou Valery, como eu havia dito. E sou uma controladora das trevas. Utilizo a sombra como minha aliada, assim como me foi ensinado em Dogmah...
   - Dogmah? - disseram todos.
   - Sim... A Cidade das Sombras?
   - Ah... nunca ouvimos falar... - disse Gimb e Arthur, olhando um para o outro.
   - Como nunca ouviram falar da cidade da noite? A cidade amaldiçoada pela doença da sede eterna?
   - Sede eterna? Você quer dizer vampiros? - perguntou Genesys, que temia estar certo no raciocínio que estava tendo.
   - Sim, eu sou...  eu sou de lá...
   - Vejo que ficou muito tempo presa. Pois Dogmah não existe mais...
   - O que?! - questionou Valery, assustada.
   - Sim, agora ela é conhecida como Amahdog, e é uma terra onde vampiros e outras criaturas vivem - explicou Genesys.
   - A cidade sucumbiu totalmente à maldição dos vampiros? - disse ela caindo ao chão devagar e se sentando. Com a mão na testa continuou - Não é possível... Onde... Onde estamos?
   - Estamos em BlueStone, o continente central que... - Genesys então é interrompido.
   - Central? O que houve com a Cidade Imperial?! E meu imperador Bartolos?!
   - A Cidade Imperial sucumbiu a muito tempo atrás. E Bartolos morrera, pela mão de bravos heróis que lutaram contra sua tirania - dizia Genesys.
   - Como...? - Valery aparentava ter sofrido um golpe fortíssimo, pois não conseguia nem ficar em pé graças as dúvidas.
   - Um instante, como pode você não saber de nada disso? Onde esteve? E... como pode estar viva todo esse tempo?! - perguntou Löw.
   - Ela é uma... - Genesys fora interrompido.
   - Vampira... - disse Valery.

Não passou muito tempo explicando sobre si mesmo, já que mostrou ser um tanto fechada quanto o seu passado que perdera graças a sua prisão. E, quanto os outros, Genesys discutira sobre a falta de um mago para ajuda-los. E é claro, um toque feminino.
     Depois de muito discutir eles decidiram acolhe-la, mas sobre duas condições: ela não poderia se alimentar de humanos, e Genesys deveria cuidar dela para que não fizesse nada de errado. Sobre estas condições Genesys virou sua face para ela e disse que ela deveria encontrar com eles na taverna onde estavam, e deu as coordenadas. Disse que ela deveria aproveitar que era noite para comer "alguma coisa" e então deveria voltar. Fazendo que sim, ela sai pela porta, devolvendo a camisa de Arthur, que pedira de volta.
     Voltaram até a taverna/estalagem de Jeremy, pegaram seis quartos e dormiram...

Na manhã seguinte Genesys acorda com o estomago roncando e com o desejo de banahr-se. Então decide descer para comer alguma coisa e perguntar onde ficava o lugar para se lavar. Lá embaixo Jeremy lhe dá as coordenadas para o local que ficava atrás do estabelecimento, quando é servido por Jeremy, percebe que Camih não estava trabalhando. Percebeu isso quando o copo de leite que pedira havia vindo sem canela e baunilha. Chamou Jeremy e perguntou para ele sobre o paredeiro de Camih.
Camih P. Claw 
     Jeremy então explica que ela não havia vindo trabalhar hoje, pois disse que estava doente. Instantes depois Gimb e os outros descem para comer alguma coisa. A taverna estava cheia, e Genesys estava guardando o ultimo lugar vago para eles. Pediram suas coisas e deleitaram-se. Löw, que estava com uma sede de anão pediu hidromel para beber. Claro que aquela bebida élfica desceu como água para o resistente anão.
     O Leão então avisa seus amigos que irá dar uma passadinha na casa de Camih e depois iria voltar para decidir o que iriam fazer. Levantou-se e saiu. Enquanto Genesys estava fora todos começaram a falar sobre sua ultima aventura no cemitério e o quanto odiariam ter de voltar lá. Arthur concordou completamente com o que estava sendo dito. Odiaria ter de colocar todos os seus amigos em risco com outra viagem perigosa. Sendo esta a mesma viagem que teria quase matado Genesys.

Chegando à casa de Camih Genesys bate na porta. Sem resposta ele mais uma vez bate. Um frio na espinha passou por ele naquele momento. Tentou abrir a porta e ficou assustado em ver que a porta estava aberta. Ao entrar viu que a casa estava vazia, havia apenas um sinal de vida naquele lugar: um prato de comida que havia sido servido, mas o estranho é que ele ainda estava ali. Ninguém havia tocado na comida.
     Foi até o quarto e viu a janela aberta. Seu medo se concretizou quando percebeu que havia sangue embaixo da cama. Sangue que formava um rastro que levava até o cemitério. "Maldição!" pensou Genesys, enfurecido por não ter matado a criatura, e preocupado em ter perdido a segunda kemono que encontrara na vida. Foi correndo até a taverna.
     Eles estavam terminando de conversar sobre aonde iriam...
   - Bem, voltaremos lá? - pergunto Gimb.
   - Acho que devemos esperar por Genesys - respondeu Arthur.
   - Verdade, Sr. Arthur - concordou Albert.
     ...quando de repente Genesys entra pela porta da taverna e se dirige até eles.
   - Camih foi pega pela criatura do cemitério, e precisamos ir atrás dela...
   - Pelo visto iremos para o cemitério - disse Arthur.
   - É... - concordaram os outros.
     Genesys subiu e foi acordar Valery, que havia voltado ontem a noite depois de sua caçada pelos animais. Quando bateu na porta, e viu ela com roupas largas, suspeitou e perguntou. Ela disse que eram de um homem que viu ela atacando um coelho e então colocou ele para dormir. Mas sem mata-lo, afirmou ela. Genesys, que confiava nas palavras dela, apenas a chamou para ir. A vampira vai descendo até que o lembra de que era dia e que não poderia caminhar por ai como uma humana qualquer. O leão então vai até o quarto dela e pega o baú.
     Lá embaixo ele compra o baú de Jeremy e, com Valary já dentro, avisa os outros do que fez e saíram pela porta. No caminho Genesys explicava o que encontrara na casa de Camih. Os outros foram ouvindo e confirmaram apenas o que já sabiam, era a criatura do cemitério. Mas o que não sabiam era o que iriam enfrentar desta vez.

Já lá dentro eles foram direto para a capela, onde lembravam ter antes visto vários corpos de mulheres mortas e presas ao redor da sala na torre. Mas, durante o caminho, esqueletos das florestas sepulcrais vieram para cima deles. Mesmo tendo eles sido pegos de surpresa, eles ainda estavam em maior numero. Os esqueletos dispararam uma saraivada de flechas contra eles, mas eles conseguiram resistir.
     Todos eles então se jogaram de soco contra eles, pois como não havia carne para ser cortada ou perfurada, eles tentaram quebrar os ossos. O que não foi difícil para as pedras da Tai-Tai de Gimb, que atravessa os crânios dos adversários, ou os punhos de Arthur e Genesys, que transformavam os esqueletos em montes de ossos. Valery também viera a ajuda-los. De dentro do baú ela lançou esferas de energia para ajuda-los na batalha.
     Assim que deram conta de todos eles seguiram em frente, a capela era logo ali. Quando chegaram na entrada se depararam com a entrada da capela fechada. Genesys tentara abrir, mas levara um choque. Decidiram arrombar e continuar em frente, mas Valery então cancelou a magia que mais tarde Albert veio a identificar. Com a porta sem choque eles foram capazes de seguir em frente. Lá dentro, entre os corredores sombrios da maldita capela, eles decidem subir até a torre. A longa escadaria os surpreendeu, pois parecia maior, mais cansativa, como se estivesse os puxando para baixo.
     Finalmente, a porta. Löw tentara abrir-la mas fora impedido pela fadinha de luz roxa que antes haviam encontrado ali. Seu nome, embora eles não soubessem, era Mimi. Ela chegou gritando com todos dizendo que de forma alguma aquela porta deveria ser aberta, "não depois do que vocês fizeram" dizia ela.
   - Como assim? - questionou Arthur.
   - Da ultima fez que estiveram aqui vocês acordaram as criaturas, e fizeram elas nascer prematuramente!
   - E o que há atrás desta porta?
   - Shhhh...  eles podem nos ouvir, estão acordando... - disse Mimi baixinho.
   - As criaturas? - perguntou Genesys.
   - Sim... - falou Mimi quase que inaudivelmente.
     Só que eles não contavam que Valery iria espirrar. Löw, que fora o único que percebera isso, tentara colocar o dedo embaixo do nariz dela, fazendo com que ela não espirrasse. Só tinha um problema, Löw era muito baixinho para alcançar o nariz dela. E no fim, ela espirrara, fazendo as criaturas perceberam a presença deles e tentarem arrombar a porta.
     Desceram na disparada. E, como antes, depararam-se com três opções, ir para a saída, ir para a sala sem saída a direita, ou descerem para onde enfrentaram Gregory. Diferentemente de antes, mas ainda sem fugirem, escolheram seguir pela direita. E lá esperaram as criaturas arrombarem a porta para enfrenta-las.
     Eram seis gárgulas estranhas de três cores diferentes. Haviam duas cinzas que eram de um material resistente, que ficavam se jogando na frente dos outros para defende-los; duas gárgulas azuis que ficavam lançando magias contra eles, fosse para destruí-los ou petrifica-los e haviam dois brancos, que tinham garras cinzas de aço que cortavam como navalhas.
     Tal batalha levara horas e horas, Valery demonstrara ser muito útil salvando várias vezes o pessoal de bolas de fogo e outros golpes mágicos dos adversários. Genesys e Arthur também lutaram incrivelmente, despedaçando as criaturas, levando-as à destruição. Não podemos esquecer de Löw, que defendera seus amigos sempre, raramente não podendo defender alguém. Gimb ficara disparando seus projéteis sempre que tinha a oportunidade. E Albert não deixava seus amigos na mão com sua cura mágica e seus pergaminhos.
     No fim de tudo, Genesys e Arthur derrubaram as gárgulas cinzas e uma branca, Valery destruíra as duas azuis com sua magia e Gimb desmanchara a ultima gárgula branca com um tiro de sua Tai-Tai. Fora uma batalha muito longa e perigosa, Genesys nem conseguira entender direito como elas conseguiram resistir tanto. Já era noite quando terminaram e precisavam sair antes que mais das criaturas viessem.
     Mimi, a fada que antes revelara ser escrava da criatura, teve de ficar lá na torre por mais uma noite. Saíram pela porta da frente e foram até o templo de Wynna, que Albert lembrara-os de terem deixado os recursos que haviam pego na floresta lá no santuário. Assim que ouviram isso todos foram até lá, a lua estava quase no seu auge, e os sons de criaturas ao redor do templo era perturbador.

Encurralados?
Protegidos?
Veremos...

- Arthur, Memórias de Ninguém -

A Profecia

     Em Wayland, nas terras nórdicas do poderoso Odin, fora criado um boato, uma lenda, entre as várias aldeias e povos que lá viviam...
     A lenda dizia que tempos de trevas estavam por vir, e que um clã entre os outros que lá existiam seria envolvido nesse mal, um mal que faria tal clã sucumbir em trevas antes de se espalhar pela Wayland inteira. Assim que o grande Odin caíssem nas cordas deste mau. 
     Só que muitas coisas mudaram conforme foram passando de boca em boca. Mas a verdadeira lenda é que nesse tempo tão difícil duas crianças nasceriam nesse clã que dispunham de muito poder e que se tornariam muito poderosos para enfrentar esse mal. De acordo com a lenda elas nasceriam no clã cuja aldeia arderia em chamas até a morte. Elas nasceriam com dons naturais: o primeiro com sentidos tão aguçados quanto os de um Dragão e o outro com tanta habilidade em batalha que colocaria medo em seus inimigos apenas olhando para eles.
     Por muito tempo essa lenda foi vista como apenas um mito. Mas após a destruição da Casa dos Vladmir em Helsterr, as pessoas de lá, talvez com medo ou talvez com fé, começaram a acreditar nesse "boato". Pois afinal, tinham que ter fé que essas crianças viriam mesmo. Outras não acreditavam nessa lenda, pois dizia ela que essas crianças nasceriam no clã que seria destruído. E, infelizmente pelo o que foi dito, todo clã havia sido varrido de Wayland. "Como crer em algo assim?" muitos pensaram. Mas logo viria o tempo em que não teria o que acreditar, mas sim ver.
     Quanto a profecia, ninguém sabe quem a fez e começou todo esse falatório. Alguns dizem que foi Nostradamuz, o cecromante capaz de ver o futuro; outros dizem que foi o próprio Sacerdote; outros dizem que foi apenas uma vidente comum. Mas na realidade ninguém sabe quem foi ao certo, quem previu esses acontecimentos. Só que isso não é o mais importante, o mais importante é que essas crianças venham logo e rápido...
        

Arthur               
Memórias de Ninguém

Arthur Vladmir
     Nascido em 25/12/3020, véspera de um terrível acontecimento que viria a marcar a historia de um renomado clã e de toda Wayland. Arthur, recém nascido, já enfrentava o fim do laço sanguíneo dos Vladmirs quando Loki, seguido de seu filho Fenrir e sua filha Hell, os atacaram visando varrer os Vladmirs de Wayland. Só que seu plano falhou ao deixar um garoto vivo; Mason. 
     Mason, após falhar em defender seus entes queridos, faz a única coisa que podia fazer naquele momento. Pegou seu pequeno irmãozinho e fugir para bem longe. Onde Loki não pudesse os encontrar, fazendo-o pensar que seu plano foi bem sucedido.
     Após a fuga Mason, com Arthur nos braços, se dirige à Nostradamus Island em um barco contrabandista, como clandestinos. Ao chegar em seu destino ele vaga pela cidade com seu irmão até que encontra uma casa  perto de uma floresta, longe da cidade. O casal, ao ver a criança nos braços de Mason, pergunta o que ele fazia com uma criança tão pequena ao redor de uma cidade tão perigosa. Mason explica tudo o que aconteceu com eles e como chegaram ali, dizendo que não tinham onde morar. O casal, estranhando a história porém comovidos com o que o garoto havia contado sobre sua família, os acolhe. 

Um dia após a chegada Mason diz que irá partir, explicara que se ficasse junto de seu irmão ele correria perigo, já que Loki descobriria mais cedo ou mais tarde que ainda havia um Vladmir vivo em algum ugar, e que viria atrás dele. E para evitar que fosse atrás de seu irmão, ele teria de chamar a atenção dele, para bem longe de Nostradamuz' Island. O casal tenta convencer Mason a ficar mas ele, convencido de seu destino, não aceita e fala as ultimas palavras a seu irmãozinho antes de partir :
   - Viva... Nós somos os que carregam a vontade dos Vladmirs, os dois últimos descendentes – diz Mason, olhando fixadamente para os olhos da pequena criança – eu carregarei sua dor e brandirei a nossa vingança, até que possa brandir sozinho o recomeço – disse Mason deixando cair uma lagrima. Ele dá as costas e sai pela porta sem olhar para trás.
     Com o passar dos anos Arthur cresceu forte e saudável dando jus ao poder sanguíneo dos Vladmir que corria em seu corpo. Com o tempo que passava, percebera algo estranho. Que sempre acontecia em seu aniversario. Nesta data sentia-se incomodando com alguma coisa. Seus “pais”, sabendo o motivo, não falavam nada já que Mason antes de ir embora os vez jurar que não contaria nada sobre seu passado.
     Desde muito cedo ele demonstrou interesse em lutar, se juntou ao um grupo de aventureiros locais que faziam serviço para a ilha. Em um dia nebuloso, Arthur já com seus dezoito anos, recebeu a noticia do estouro da guerra em Sheemer e de todos os acontecimentos que Wayland e seus povos estavam passando. Alguns meses depois recebeu a noticia que a Reborn havia sido destruída por Loki. Arthur não se conformava com isso, pois era um grande admirador dos feitos dos guerreiros que a compunham. 
     Margaret e  John, seus "pais", recebendo a mesma noticia e descobrindo que Mason havia morrido pelas mãos de Loki,começaram um plano para evitar que Loki descobrisse que ainda existia um Vladmir que ainda por cima era irmão de Mason. Foram  atrás da feiticeira que havia colocado uma maldição em Mason e pediram para que ela soltasse outra maldição em seu filho para apagar a memória dele. Assim ele não lembraria de nada, nem mesmo deles. 
Loki
     Para convencer ela, sabendo que ela era apaixonada por Mason, disseram que isso faria ele descansar em paz. Um pedido desses ela não podia negar. Com algumas palavras estranhas e algumas mexidas nas mãos e pés ela conjura a maldição no garoto. Depois de lançada a maldição ela avisa que só fará efeito em algumas horas ou dias.
     Esperando isso Margaret e John pedem para Arthur ir para Lhibann comprar algumas coisas. Arthur não sabendo de nada obedece e vai para la. Dias de viagens de navio, tudo ao seu redor parecia um palco de fantoches sem sentido, não sabia explicar. Tinha esse sentimento de que algo iria acontecer com ele. Não ele como pessoa, mas algo com sua identidade, como se fosse morrer. Não gostava do que sentia, mas seguiu em frente. 
     Ao chegar em Lhibann começa se sentir mal, meio tonto entra em uma taverna e se senta numa mesa e desmaia...
     
     Ao abrir seus olhos, de nada sabia, apenas deparou-se com várias pessoas ao seu redor. Pessoas que buscavam ajuda para velejar em um novo horizonte...  


Escrito por Adriano Fraga Jr. (Arthur Vladmir), adaptado por Gabriel R. de Oliveira (Tyrannuz).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

- Löw, o Pequeno Guardião -


     Fora em Albrieth, na terra dos anões, que Löw nascera. Fora em Albrieth, onde a guerra era ensinada em casa, que o anão Löw tornara-se um grande guerreiro. Mas não comecemos tão tarde como o treinamento, e nem tão cedo quanto o nascimento. Comecemos no começo...
Löw, o Guardião da F.A.A
     Löw, filho de Dhara, irmão mais velho de Thorum. Graças à sua infância que passara nas minas, tido como um rito comum de passagem entre anões, Löw acabou por desenvolver olhos que o permitiam vagar pela escuridão sem cair nas sombras. Tais olhos eram comuns entre os anões, o que os tornavam oponentes fortes contra as trevas. E, é claro, ótimos escavadores e mineradores.
     Embora Thorum fosse o mais novo, era Löw que sempre fora a bola da fez, entre seus pais e seus amigos. Löw e Thorum nunca deram-se bem por causa disso. Tudo o que faziam, Löw recebia o crédito por tudo. E Thorum, por ser seu irmão mais novo, sempre o acompanhava em silencio. As vezes falando de seu desprezo sobre suas ações. Mas no fim, tudo era silêncio e nada mais. E também, sua voz era sempre abafada pela voz da cidade. Todos adoravam Löw, mesmo sendo os anões uma raça um tanto egocêntrica, eles admitiam a grandiosidade de Löw e seus atos para a comunidade.
     Tudo que aconteciam proporcionou Thorum a pensar em um modo de vingança. Sempre passava a noite vagando pela cidade, ou trancado em seu quarto, pensando em uma forma de vingança perfeita. Nunca na presença das pessoas, sempre nas sombras, para não ser descoberto. “Como não ser visto por pessoas que vem nas trevas? Espere elas dormirem...” – pensava ele.
     Claro que seu plano viria a ser executado bem mais tarde, já que ainda não tinha força alguma ou poder. O tempo ainda tinha de passar, e ele deveria treinar. O que o deixava frustrado é que seu irmão também seria afetado pelo tempo, e pelo treinamento. Mas não se importava.
Com o tempo Löw e Thorum entraram para as “Forças Anãos de Albrieth (F.A.A)”. Löw, por adorar estar no meio das batalhas, queria muito se jogar na frente e atacar a todos. Só que depois de refletir melhor no que queria percebeu que o que vem na frente da espada é o escudo, então se especializou na arte da autoproteção e na arte de defender os outros.
     Já Thorum, que nunca fora muito forte, nem muito resistente fisicamente, optou por estudar estratégia de guerra. Não houve escolha melhor para ele. Como já estava acostumado em pensar em artimanhas aquilo foi muito fácil para ele. Era o que faltava para as tropas de Albrieth, já que a maioria dos anões queria estar com machados nas mãos ou bandeiras atrás.
     Batalhas contra orcs e goblins nas minas de Albrieth fizeram o general das tropas perceber que não se tratava de dois irmãos bons e sim duas peças de ouro importantíssimas. E realmente, suas habilidades eram visíveis por todos que batalhavam ao lado deles...
Como já percebia Thorum, o tempo ia passando. E como era esperado, ia os afetando...
Os dois, já maduros, acabaram por obter duas personalidades um tanto diferentes. Thorum veio a ter um grande amor pela sua pátria. Pensava muito no futuro de sua terra, e sonhava em deixá-la tão brilhosa como Obyus – a cidade anã que antes era a mais desenvolvida dentre todas as outras em Wayland. Já Löw não dava a mínima para Albrieth. Tudo o que ele queria era matar seus adversários, pegar sua recompensa e gastar em bebida, comida, prazeres e mais bebida. Acha que o amor era uma fraude, embora respeitasse quem acreditasse no amor. Assim como muitos anões ele acabou se tornando uma pessoa ambiciosa, gananciosa e com ódio de criaturas inferiores como goblins e outras criaturas das cavernas.
     Albrieth, depois de longos anos de “paz”, acabou passando por vários cenários de assassinatos nas escuras. Pela primeira vez em anos, havia alguém que conseguira escapar dos olhos noturnos da guarda anã. Löw, pela recompensa e pela “honra”, sempre saía com as tropas anãs atrás do assassino para capturá-lo. Como uma forma de defender seus amigos e parceiros nas tropas ele decidiu fazer uma pesquisa e começou a observar melhor o que estava acontecendo.
     Ele teve um choque quando percebeu que os alvos eram apenas superiores e pessoas importantes nos cargos militares. Mas o que o chocou mesmo foi que percebera que seu irmão, Thorum, estava subindo de cargo. Quase sempre pegando o cargo do morto. O que ele iria fazer? Ele não podia ir contra seu irmão. Não por ser seu irmão, mas por ser uma coisa dificílima. Não haviam provas, e ele era apenas um cão do exército que sabia de um superior corrupto.
Dias passaram-se depois que aquilo fora descoberto por Löw. E no fim do sexto dia o pior aconteceu. Usando o poder político que adquirira ele conseguiu expulsar Löw de Albrieth culpando-o de incompetência e atos contra a coroa anã. Tudo fora parte de sua vingança, que durara anos, mas finalmente acontecera.
     Na embarcação que iria escoltá-lo para uma país pré-determinado pelo seu irmão, ele prometera a si mesmo que iria mostrar que tinha honra. E que não tinha nada haver com as acusações de seu irmão. Virou as costas para a cidade e sentara-se ao lado de um marujo que descansava. Então perguntou:
   - Para onde vamos? – disse com uma cara de desgosto.
   - Para Lhibann... – falou o velho anão sorridente.
     Quando viu que seria para bem longe virou a cara para o lado e fechou os olhos. Antes de dormir começou a se lembrar de casa, e de sua mãe – Dhara. Embora tudo aquilo que estava acontecendo agia como um turbilhão de pensamentos em sua mente, havia ainda uma coisa que para ele jamais iria deixar de ser uma dúvida. Mesmo não sabendo o motivo de seu irmão fazer aquilo, havia uma dúvida que era superior aquilo. Era sobre seu pai. Sua mãe nunca falou de seu pai, e sempre cuidou deles sozinha. Quase sempre evitando falar de casamentos e relações... Por quê?
Horas passaram-se e Löw fora acordado pelo mesmo velho anão de horas atrás. Já era noite, a viagem havia sido longa e cansativa para os marujos que estavam tirando todos para poder voltar. Löw então desce da embarcação e olha para a lua. Seu primeiro pensamento na nova terra, no novo horizonte em sua frente, fora:
Onde será a taverna mais próxima?


Escrito por Lucas Stephany (Löw, o Pequeno Guardião), adaptado por Gabriel R. de Oliveira (Tyrannuz).

- Genesys, O Leão Vermelho -



    - Morra! Tempestade de sangue! – o grito ecoa por todo o salão.
     Fachos de luzes eram vistos de longe durante toda a batalha, duas criaturas que jamais foram vistas antes estavam duelando como titãs, brigando por suas vidas.
   - Parece que ainda continua o mesmo Genesys, você não mudou nada – uma voz fria e delicada disse.
   - Você sabe que esse não é meu nome verdadeiro, “Branca”- murmurou Genesys ofegante, devido aos ferimentos da batalha.
     Os dois caminhavam em círculos pelo salão olhando um no olho do outro. Seus passos ecoavam por toda a parte, nada mais era capaz de ser escutado alem de suas respirações.
   - Ora, ora... O “grande” leãozinho esta cansado? – disse a voz delicada, agora em um tom de zombaria - Se continuar assim você não será capaz de acompanhar meus movimentos – ela então se prepara para um ataque.
   - Tsc... Eu não queria usar isso, mas não tenho escolha! – pensou consigo mesmo Genesys - Olho infernal! – gritou o leão.
Em meio a toda aquela escuridão, por um instante, o olho esquerdo de Genesys brilhou...
     Logo todo o salão se tornou uma grande caixa negra. Nas sombras apenas era possível de se ver ambos os corpos, mas logo Genesys desaparece na escuridão.
   - Hum... Então você aprimorou o olho infernal? Realmente isso é de se parabenizar. Pena que será a ultima vez que você ira usar!
   - Não conte com isso, “Branca” – a voz de Genesys ecoou na caixa negra que agora era onde se enfrentavam.
     A mulher entrou em um furacão vermelho que se formara abaixo de seus pés. Era tão forte que nem sequer foi capaz de segurar sua espada, que acabou por ser levada pelo furacão. Caindo em algum lugar da sala escura.  A mulher então percebe que algo tocou seu ombro esquerdo no instante seguinte e rapidamente olha para trás. Era um homem morto sem seu olho direito.
   - Ah! Mas o que diabos?! – gritou a mulher, em pânico, cortando em vários pedaços o homem com suas garras.
   - No momento em que você foi pega pelo meu olho infernal a batalha acabou – novamente a voz de Genesys ecoa pela penumbra, mas não como antes. Não era a voz de um ser cansado ou de alguém ferido - É o seu fim...  – era a voz a voz fria de alguém que iria matar.
   - Eu irei voltar como da ultima vez Genesys! Quantas vezes forem necessárias! – o corpo da mulher brilha como uma estrala, e incha até explodir em luzes vermelhas e brancas.
     A caixa negra então quebra, fazendo a luz das tochas voltarem a clarear o lugar. Os pedaços da mulher caíram no chão. Junto aos pedaços um outro corpo também caíra das sombras da penumbra. Mas não estava morto, embora exausto. Era Genesys.
   - Me perdoe... – pensou consigo mesmo o leão vermelho, olhando para cima.
Com dificuldade Genesys se ergue e pega sua espada. Usando-a de apoio sai do salão mancando, deixando um pequeno rastro de sangue por onde passava no estranho salão de pedras brancas. Brancas como seu cabelo. Como seu...
     Seu cabelo – percebera ele - já não era branco como quando adentrada na sala. Estava vermelho. Vermelho pelo sangue da moça que, quando explodira, voara em sua cabeça. Tornando-o ruivo. Quando percebeu tentou passar alguma peça de roupa em seu cabelo para tirar, mas não conseguiu. O sangue dela de alguma forma, o havia marcado.
Deixando o fato de lado Genesys abre a porta com muito esforço, ainda por causa de seus ferimentos. Genesys olha para o sol e sente um alivio, um calor imenso passa por todo seu corpo trazendo paz novamente. De repente seus pensamentos são interrompidos por uma salva de palmas e gritos de uma multidão que passava alegria em seus dizeres e louvores.
   - Vejam! Ele esta vivo! – gritava uma multidão de pessoas olhando para Genesys.
   - Olhe! Ele esta diferente, veja seu cabelo! – gritou um garotinho apontando para o rosto do Leão Vermelho.
   - Sim você tem razão, filho! – olhou a mulher animada com a observação de seu garotinho.
   - Rapaz, como se chama? - disse um homem se aproximando do corpo ferido de Genesys.
   - E.. e-eu... me chamo... – Genesys parou por um instante.
     Como isso era possível? Teria ele ficado tanto tempo lutando com aquela desprezível mulher, que o chamava assim a todo o momento, que teria esquecido o seu verdadeiro nome.  Não sabia dizer o porquê não conseguia lembrar seu nome verdadeiro. Mas não podia ficar sem um nome. Não, não podia. Foi quando ele abrira a boca, inspirou e disse:
   - Genesys... esse é meu nome... Sim, esse é meu nome! - gritou ele disfarçando.
   - Genesys? Muito bem, obrigado por nos salvar Genesys, o Leão Vermelho! – falou o homem olhando para a multidão e erguendo o braço de Genesys.
     A multidão indo a loucura não parava de gritar pelo nome de seu salvador. A única palavra que era possível ser escutada na cidade era “Genesys”. Algumas horas depois e Genesys já estava se sentindo bem graças a seu grande poder de recuperação. Sentado ele estava sentado ao lado de uma janela olhando para as estrelas quando uma moça puxa uma cadeira e senta na sua frente.
   - Aquilo que você fez foi muito heróico da sua parte, garotinho - disse a mulher com um tom estranho de zombaria.
   - Tsc... Não fiz aquilo por vocês, fiz por mim – murmurou ele ainda olhando para as estrelas.
   - Ambos sabemos que isso não é verdade. Dentro dessa casca amarga e cheia de rancor que você chama de corpo existe um coração. Um verdadeiro coração de leão. Cheio de bondade e virtudes – falou a mulher colocando sua mão em cima da de Genesys.
Por um instante ele olha para as mãos entrelaçadas e sente um calor diferente em seu corpo, mas logo recobra a consciência e rapidamente guarda sua mão no bolso.
   - Ah, desculpe. Esqueci que você não é acostumado com contatos físicos. Acho que os rumores que as pessoas dizem sobre você parecem ser verdadeiros. – falou ela.
   - Alguns são, outros não. Apenas não gosto de ter contato com os outros quando não é de meu interesse. Entenda como quiser – disse ele dessa vez olhando nos olhos da garota.
   - Incrível... – disse ela ao ver de perto o olho da qual todos falavam - Nunca havia visto de perto, mas realmente é muito bonito o seu olho. Ele é bem diferente do outro – disse ela olhando fixamente para o olho esquerdo de Genesys.
   - Sim... É uma benção e uma maldição. Eu não durmo com sossego nenhuma noite, por causa disto. Mas hoje, se não fosse por ele, eu teria morrido no salão principal.
   - Então é verdade que graças a ele você presencia a morte de pessoas, durante seu sono?- falou a mulher com um ar triste.
   - Sim, mas eu já me acostumei com isso... Porém ainda sinto ódio daqueles que matam os outros, sem ter um motivo – disse Genesys fechando forte o seu punho, mas logo o relaxou - Bom, não tenho mais nada o que fazer nessa cidade. Meu objetivo já esta cumprido. Irei partir esta noite ainda - falou Genesys se levantando da cadeira.
   - Obrigada por tudo o que você fez aqui Leão Vermelho. Nós iremos espalhar o seu legado, seus feitos aqui se tornarão uma lenda. Essa é nossa prova de gratidão - disse a mulher olhando nos olhos de Genesys, que tanto a cativavam.
   - Faça como quiser – disse ele levantando-se e dirigindo-se a porta. “Para onde agora?” – pensou ele.
     Genesys então pega sua mochila e começa a caminhar em direção a lua, sem destino algum. “Eu irei para onde haver pessoas sendo oprimidas” foi o que ele pensou durante sua viajem.
Se ele tivesse olhado uma vez para trás, antes de sua partida, ele teria visto o rosto cheio de lágrimas de uma mulher. Seria a moça? Não sei dizer. Mas sei que não eram lágrimas de dor nem tristeza. E sim lágrimas de felicidade...


>Projeto Genesys<

     Há uns anos atrás existia uma raça super desenvolvida de meios homens e meio animais. Essa raça foi caçada e extinta por muitas outras raças que temiam que eles pudessem se tornar uma ameaça para a humanidade. E na caçada extinguir foi à melhor opção.
     Por mais que a matança tivera tido sucesso em quase todos os lugares onde essa raça havia se abrigado duas crianças sobreviveram ao ataque. Claro que uma fez sobrevivendo à matança, eles foram vítimas da caçada. Uma vez pegas as crianças foram levadas até Daggerfall para serem cobaias de um experimento. Um experimento chamado Genesys.
     O projeto Genesys tinha como objetivo elevar ao maximo as capacidades de uma pessoa, tornando-a um soldado perfeito, capaz de cumprir qualquer missão sem erros. Mas isso era algo confidencial, que somente os “grandes” que estavam envolvidos nisso tinham conhecimento.
     Como todo grande soldado tem uma arma, esse não seria diferente. Uma grande arma composta por três espadas distintas, de três metais diferentes fora planejada para que o Soldado-Genesys fosse o portador. Uma arma perfeita para o soldado perfeito, uma combinação que seria a ruína de muitas pessoas.
     O grande diferencial do projeto Genesys não era sua arma, e sim uma pequena implantação que faria grande diferença, um olho. “O olho que tudo vê” como era chamado. Tal olho proporcionava grandes poderes para o portador: uma visão melhorada, uma extrema capacidade de movimentação, uma força extraordinária, dentre outras qualidades que fariam de um soldado comum um soldado imbatível.
Infelizmente, no desenvolvimento mágico-cientifico do olho, ele acabara por sofrer um pequeno problema. O que mais tarde seus criadores vieram a ver como uma maldição. O “homem” que tivesse esse olho presenciaria a morte das pessoas que morressem durante seu sono. E havia mais. Espelhos, vidros e tudo que fosse capaz de criar um reflexo da pessoa jamais mostraria a mostraria como ela é e sim mais mortes e sofrimentos ocorrendo no instante em que seus olhos olhassem para o reflexo.
     Poucas pessoas seriam capazes de conviver com “isso”. Por este motivo o projeto Genesys deveria ser alguém sem emoções. Alguém frio que não teria problemas com mortes, e nem problemas em causá-las.
     Depois de vários dias e noites preparando as duas crianças e tudo mais que deveria ser feito, chegara o dia em que uma delas estava pronta. Tudo estava preparado, o garoto foi designado para o projeto, todos os testes já estavam feitos, tudo já estava implementado.
O treinamento havia começado, milhões de pessoas morreram para que aquele garoto obtivesse o controle de suas habilidades. Só que havia algo com que os “autores” do projeto não contavam, a persistência do garoto.
     Dia após dia o garoto lutava contra o controle da mente, tentava se livrar da dominação. Ele parecia saber o que estava acontecendo e logo não queria ser um carrasco e trazer destruição ao mundo. Ele estava decidido, decidido de que iria se libertar e usar aquilo para o bem e não para o mal.
     Em uma noite ocorreu uma grande explosão no laboratório. Chegando ao local do ocorrido os cientistas não encontraram mais o “projeto Genesys”, e nem ao menos a planta da espada. Decidiram então que iriam caçar o garoto, um deles teve a idéia de ativar as outras cinco cobaias mal sucedidas e utilizá-las para trazer o filho bastardo de volta. Afinal, que não ia querer se tornar o novo projeto Genesys?
     O garoto peregrinou por diversas cidades diferentes, utilizando seu poder para castigar aqueles que oprimiam as pessoas boas, espalhando e deixando o seu legado como O Leão Vermelho. Mas mesmo com tudo isso ainda faltava algo dentro de seu coração, a falta de sua identidade. Ele nem ao menos sabia quem era ou de onde vinha.
     Fora quando chegara em Lhibann que um novo horizonte abriu-se para ele. Pela primeira vez alguém estendeu a mão para ele. Não para pedir ajuda ou para seduzi-lo, e sim para dar ajuda...


Escrito por Matheus Duval (Genesys, O Leão Vermelho), adaptado por Gabriel R. de Oliveira (Tyrannuz)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

- Gimb, O Pequeno Guerreiro de Grande Coração -

     A história deste pequeno herói começa em Fheria, terra de onde os humanos decidiram abrir as portas para elfos e anões viver junto a eles. Embora isto tenha causado alguns problemas tudo foi resolvido quando tiveram um inimigo em comum: os orcs de Fheria.
Gimb, O Pequeno
     Depois que a aliança entre as raças de Fheria estava feita, outros seres começaram a ir para lá. Uma das várias vilas e aldeias que foram formadas neste período de vindas estrangeiras fora a vila de Gûndarin. Gûndarin, uma grande vila de pequenos halflings, fora fundada por halflings que saíram de Deepwood e foram em busca de novos horizontes.
     Com o tempo casas foram construídas, famílias foram sendo criadas e a vila foi crescendo. Um dos halflings que tivera sua família “instalada” em Fheria fora um halfling curioso e hábil chamado Gimb.  O pequenino era sempre visto como um ladrãozinho pela comunidade. E as vezes era até mesmo pego pelos guardas. Mas pela sua idade, e a boa cooperação de seus pais na sociedade, ele apenas recebia um sermão. E claro, já sabendo que essa era a pena máxima, ele abusava. Mas não sozinho.
     Gimb tinha dois amigos que estavam quase sempre com ele em suas artimanhas e brincadeiras. O não tão pequeno Dantz,  e não tão esperta Suzan.  Os três ficavam o dia inteiro infernizando as pessoas e os guardas no centro da cidade. Sempre roubando moedas, quebrando janelas e fugindo de guardas. Por mais que Gimb não sofresse nada pelos guardas, ele odiava perder. E por isso sempre tentava aprimorar suas habilidades para impedir que isto acontecesse.  Então um dia, com sua nova tai-tai em uso, começou a revidar os guardas e seus amigos, Dantz e Susan, com o tempo de experiência ao lado de Gimb começaram a usar estratégias mais furtivas para escapar.  O que os deixou mais hábeis na arte do crime.
     Por muito tempo foi assim. Até a noite que fora marcada como “Halflings’ Fall”.
     Tochas apagadas, lampiões escuros. A única fonte  de luz era o luar que brilhava em Fheria como um sol mais fraco. Tudo era visível naquela noite, quase tudo foi visível naquela noite. O que não foi visto pela luz da luz? Orcs...
     Descendo das montanhas várias tropas de orcs liderados por um poderoso berserker atacam a vila dos halflings. Luzes são acessas novamente, mas não de lampiões.  Era de tochas deixando sua marca calorosa nas cabanas e casebres dos pequeninos. A lua já não era a única fonte de luz. Canhões dos céus, tochas nos tetos das moradias. Tudo estava... Iluminado.
The Red Berserker
     Gimb  estava na rua quando tudo aconteceu. Todos corriam, os guardas corriam, mas não em sua direção. Nunca mais em sua direção. Estavam fugindo, e Gimb tentou ver o que era, mas acabou sendo levado pela multidão. Horas de correria e gritos foram as músicas que acompanhavam o show de luzes que jamais se repetiria. Não lá. Gimb se perdera e tentara encontrar seus amigos. Foi para casa, em busca de proteção, em busca de sua família que sempre o protegera dos guardas e de todos os seus problemas. Sempre estiveram lá para ajudá-lo. Sempre...
     Ao abrir a porta de sua toca começou a soluçar. Estava escuro, mas não o suficiente para poupá-lo de ver aquilo... aquelas pessoas. Seus pais, seus anjos da guarda, se foram para os céus. Caíra sobre os corpos e posse a chorar pela perda daqueles que fizeram tudo por ele. O tempo passara rápido para aquele que não tinha mais nada a perder. A noite tornara-se dia. As chamas tornaram-se cinzas e os mortos tornaram-se peregrinos no mundo espiritual. Acordou. Nada de luzes além do sol, nada de som além de sua respiração. Virou a cara para não ter de ver novamente, mas não podia. Com algumas tochas que estavam no chão, depois de acendê-las, e as colocou na casa. Preparou seus pais para a ida, e queimou a casa. Foi então na procura de seus amigos.
     Corpos para todos os lados, de pessoas que roubara, pessoas que o xingavam e o ameaçavam. Mesmo assim um sorriso era impossível para ele naquele cenário. Mas onde estavam seus amigos? – perguntou-se. Não os achou entre os corpos, nem os achou em meio às cinzas. Precisava sair dali. Fora para as docas da cidade capital de Fheria.
O lugar onde tudo começou...
     Lá entrou clandestinamente em um barco que o levou para Deepwood, para sua terra de origem. Ao chegar lá a grande fortaleza, centro de Deepwood, que ficava no centro, chamara a sua atenção. Era a fortaleza da Imortality. Entrara lá e vira várias estátuas de bravos guerreiros. Tudo aquilo o instigou a querer uma vida como aquela. Afinal, não tinha mais nada a perder. E também, ele sentia que um dia poderia bater em todos aqueles caras colocados nas estátuas.
     Naquele dia ele desafiou a si mesmo que seria o melhor no que fizesse. E como nunca dissera não a um desafio, ele se jogara perante o horizonte da aventura que estava em sua frente. Não se permitia entrar em devaneios, nem ficar para baixo. Buscou um homem lá dentro pudesse dar  informações sobre lugares em que as pessoas estariam precisando de ajuda. Pegou o primeiro barco e fora para Lhibann.  Onde viria a conhecer bravos heróis que mais tarde iriam ser seus parceiros e grandes amigos.


Escrito por Felipe Santos (Gimb, O Pequeno), adaptado por Gabriel R. de Oliveira (Tyrannuz).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

- Um Cavaleiro para se Recordar -

     Os olhos abrem, e um novo dia começa para Genesys. Embora a noite tenha sido horrível, ansiava por um dia bom, de alegrias e aventuras. Vestiu-se e colocou suas lâminas em suas bainhas. Saiu pelo quarto e foi para o andar de baixo da estalagem, ignorando o quarto de seus amigos, e indo para a taverna. A taverna ficava no andar de baixo, o que facilitou muito poupando a procura por um lugar onde poderiam comer pela manhã.
Jeremy W.
     O Leão Vermelho percebera que Jeremy, o elfo do mar que cuidava da estalagem, estava preparando a mesa para as pessoas que dormiram lá à noite passada. Para oferecer um café da manhã calmo e pacífico a porta do estabelecimento havia sido fechada, para que apenas os hospedes pudessem se deleitar com a comida de Camih, a kemono que trabalhava na cozinha.
     Mais uma vez o Leão fora encantado por uma de sua raça. Afinal, era a segunda que via. Sentou-se e esperou por ela pacientemente. Durante a espera notou que havia uma mulher de longos cabelos azuis sentada em outra mesa, ela estava de costas e não podia ver ele. Por algum motivo Genesys levantou-se e foi até ela. Assim que chegou apenas perguntou se podia sentar. A moça, encabulada, nada dissera e apenas ficou o observando. Camih, que vinha para fazer os pedidos, praticamente a expulsou de lá com gritos e tapas. Genesys perguntara o motivo, e ela - com um tom baixinho, "como se fosse culpada"- disse que a moça não havia pagado a conta da noite passada, e por isso teve de ir.

     Sem fazer mais perguntas ou dar indiretas Genesys pede alguma coisa para comer. E Camih corre para a cozinha. Como era de costume, Jeremy foi abrir a porta para que outros pudessem entrar, já que não haviam muitos hospedes. Camih, depois de alguns minutos, voltara com vários tipos de pães e o pedido do Leão - leite. Dissera ela que era um leite especial com baunilha, canela e um pouco de chocolate, era um leite especial - disse ela. Agradecendo Genesys começou a aproveitar sua refeição.

Löw então acorda, tendo no corpo nada além de seu elmo. Levantou-se e foi até lá embaixo buscar por seus amigos, que acreditava estar lá embaixo. Surpreendeu-se ao ver que apenas Genesys estava lá embaixo. Conversou com ele, e sobre o que deveriam fazer quanto ao dia de hoje. Löw, perante as ideias de Genesys, achou melhor que todos deveriam estar ali para discutir sobre tal assunto. Então Genesys disse para ele ir busca-los enquanto ele ia até a cozinha. Então saiu da mesa e posse a andar lentamente e silenciosamente até a cozinha.
   
Enquanto desciam a escada, puderam ver Genesys andando na espreita. Arthur quase o chamou, pois não sabia o que ele estava fazendo, e temia que boa coisa não fosse. Mas não o chamou, pois poderia até mesmo estar interrompendo algo importante. Genesys invadira à cozinha sorrateira mente e roubara um beijo de Camih, que estava cozinhando. Paralisada, ela não faz mais nada. Genesys então percebe o que fizera e pede desculpas, e sai da cozinha sem olhar para trás.
     Minutos passaram-se e todos conseguiram comer alguma coisa. Jeremy os atendeu e tudo ficou numa boa. Até que várias pessoas adentram na taverna. Usavam roupas comuns, mas estavam armados. Se é que tudo aquilo poderia ser chamado de arma. Possuíam foices, ancinhos, enxadas e marretas. Apenas um deles tinha uma espada. Sentaram-se e não pediram nada. Nossos heróis então começaram a ouvir a conversa deles, já que falavam alto.
     A conversa era sobre o cemitério de Digory's Scythe. Falavam de artefatos roubados que eram deles e de suas famílias. Foi ouvido também o nome do General da Primeira Ilha de BlueStone. Como muitos sabem a ilha de BlueStone é dividida em três ilhas. A ilha do palácio, a ilha da fortaleza militar e a ilha da cidade. Os cidadãos falavam do general da ilha da cidade. Parecia que muitas tumbas estavam sendo abertas e roubadas. E não só isso, falaram sobre o desaparecimento de várias mulheres que moravam perto do cemitério. Foi quando Gimb gritou para eles e foi até lá.
     Nossos heróis então mostraram para eles que poderiam precisar de ajuda, e foi o que acontecera. O dilema deles era entre fazer a ronda do cemitério e matar a criatura que vivia lá, ou ir atrás dos pertences deles que foram roubados. Com boas intenções nossos heróis chegaram a um acordo de fazer a ronda e matar a criatura para eles, por parte do lucro. Diziam eles que como eles iam conseguir as coisas deles de volta, não seria necessário pegar muito do lucro. E ficou então a recompensa de 40% do ouro que o general lhes entregar. A oferta foi obviamente aceita. Levantaram-se e foram embora, atrás de seus items. Marcaram um horário de encontro no cemitério e foram.
     Então Albert diz que possui poucos pergaminhos para encantar, e que precisava de mais. Então Gimb ofereceu-se para ir comprar com eles. Löw disse que ia ir para o cemitério dar um olhada antes que todos viessem. Quanto a Arthur e Genesys, bem,  Arthur disse que iria dar uma caminhada pela cidade. E Genesys disse que iria ficar pela taverna. Todos então saíram, deixando Genesys.
     Ele ia levantando-se para ir para a cozinha novamente, mas notara um coisa estranha. Havia um dos hospedes fumando um cachimbo de fumaça azul no canto mais escuro da sala. E percebera que ele estava concentrado em alguma coisa. Algum pensamento, talvez, já que não se movia e olhava para a frente sempre.
   - O que é isso, senhor? - aproximou-se Genesys.
   - Uma erva especial... - respondeu o homem.
   - Espero que não seja ilegal...
   - É muito... muito legal... - disse o homem com um sorriso no rosto.
   - Hum... você... é um mercenário?
   - Sou um homem - ele dá uma baforada - em busca de um mercenário. Você é um?
   - Eu não diria que eu sou mercenário, mas estou interessado na recompensa... - falou Genesys, que havia confirmado com seus amigos que eles precisavam conseguir dinheiro para sobreviver na cidade grande.
   - É o seguinte...
     O homem, que não revelara seu nome, explicara que o elmo de seu irmão fora roubado em meio aos artefatos das tumbas. E que ele seria capaz de dar uma grande riqueza para quem encontrasse. Quando Genesys perguntou sobre o tamanho da riqueza o homem puxara pequenos fragmentos de uma pedra negra e disse que era...
   - ... são pedras da alma negra!
     Os olhos de Genesys brilharam ao lembrar dos desenhos da espada que roubara em Daggerfall, aquilo fazia parte dos materiais necessários. Quando o homem disse que aquilo não era nada comparado com a pedra que ele iria lhe entregar Genesys fechou o acordo e fora para o cemitério.

Arthur, quando saíra da estalagem, encontrara uma mulher belíssima pescando... no chafariz! Ele se aproximou e ficou curioso. Como Arthur perdera quase toda a memória, ele não soube dizer se ela estava fazendo direito. Nem soube dizer se ela era louca, mas quem sabe.
   - O que está fazendo, moça? - perguntou Arthur.
   - Pescando ratos... - respondeu a moça, com um tom um tanto sério.
   - Ratos? Hum... Já pegou algum?
   - Não, parece o olho de porco que coloquei no anzol não está atraindo eles... - falou chateada.
   - Por que está tentando pesca-los?
   - Estou com fome...
   - Espere um instante - disse ele olhando ao redor.
     Distanciou-se e encontrara um tustminiano vendendo um tipo de carne estranha no palito. O homem, que segurava hashis o tempo todo, disse que era feito de polvos. Não sabendo direito o que era um polvo, mas sentindo um cheiro bom, comprou dois e entregou a moça. Ela agradecera e continuara com sua pesca.
     Arthur então foi até o cemitério. Enquanto isso Löw analisava uma tumba que estava aberta. Havia a pintura de uma moça muito bonita, mas que agora estava virada em ossos. Ossos visíveis, pois seu caixão estava transformado em ruínas. Alguma coisa o quebrara. Löw, com toda a sua concentração na pintura, não percebe um ser entrando no mausoléu. Uma mão de repente cai sombre seu ombro. O anão vira com toda a sua velocidade apenas para encontrar Gimb e Albert. Mas o que Gimb não contava era uma mão sobre o seu ombro. Soltara um grito e olhara para trás, era Arthur dando gargalhadas.
     Um som é escutado e todos olham para trás, era Genesys. Com todos unidos eles começaram a vasculhar o gigantesco lugar. O lugar era tão velho que havia até mesmo pequenas florestas no lugar. E eram tantos os mortos que as pessoas havia até mesmo enterrado seus parentes embaixo de árvores e usado estas como lápide. Quando a mausoléus e lápides, eram quase que incontáveis. Tantas que decidiram ir pelo muro, para não se perderem depois.
     Andaram até que encontraram o que parecia ser uma capela. Gimb viu que lá no topo havia uma enorme torre com uma cruz estranha de prata no topo. Pensou em subir para ter uma visão mais ampla do lugar. Só que aconteceu. Pois quando encostara nas pedras negras da capela para escalar ele levou um choque e voo uns dois metros. Albert viu que ele estava muito mau e curou seus ferimentos. Genesys tentara o mesmo, mas falhara. Foi quando pensou em jogar Gimb. E, lá de cima, chamara Gimb. Foi quando Arthur o jogou. Os dois lá de cima viram grande parte do cemitério, menos uma. Por algum motivo sempre que olhavam para a ala oeste do cemitério a visão deles ficava embasada, ofuscada. Também perceberam que iria escurecer logo.
     Desceram e acharam melhor sair logo construir alguma coisa onde poderiam passar a noite.Entao Arthur bateu na porta da capela. Demorou, mas um homem baixo porem robusto, aparecera. Ele usava mantos marrons, e tinha uma barba negra. Era a única coisa que podia ser vista também, já que a iluminação não ajudava para ver seus olhos. Porém isso não fora o suficiente para que sua face escapasse dos olhos do anão, que podia ver nas trevas. O capeleiro tinha olhos esbranquiçados, como se estivesse cego, mas não estava. Era estranho.
     Perguntaram sobre o cemitério, ele apenas disse que não deveriam ficar aqui à noite, ou fariam parte do cemitério.O capeleiro parecia demonstrar estar calmo, menos quando falava de sua capela, onde mudava completamento o tom da voz. Dizia que a porta não iria abrir de noite, de forma alguma, ou muitos morreriam. Foi quando imaginaram que talvez não houvesse apenas ele ali. Mas também não queria ficar ali. E se despediram rapidamente, se colocando na busca de um abrigo para a noite.
     Foi quando Albert sugeriu que ficassem em um templo de Wynna que Genesys disse ter avistado. Embora Genesys não gostasse muito da ideia, todos foram. Passaram uma hora buscando recursos nas florestas para depois irem para o templo. E lá ficaram. Genesys e Gimb então subiram no topo para ver melhor o cemitério e viram que haviam criaturas vagando por todas as áreas.
   - Cuidado, uma criatura se aproxima! - gritou um deles.
     E Arthur e Löw, que guardavam a porta, se posicionaram. Era uma bolha estranha de ectoplasma, como aquele que Genesys havia encontrado. Genesys dizia para atacar a criatura, que estava se aproximando cada vez mais e mais bem lentamente. Só que Arthur disse que talvez ele nada faria. Quem dera ele estivesse certo. Ele fora voando com um grande velocidade e passara por Albert que caíra no chão. Atacaram a criatura e ela se desfez. Genesys vez uma piada quanto a "falta de proteção de Wynna" e recebera uma resposta que o deixara calado de Albert.
   - Me desculpe senhor Genesys, mas o senhor não passa de um ateu arrogante! - ele então cai no chão, por causa do ataque da criatura, que lhe deixara machucado.
   - Calma, Albert - veio Genesys ao seu lado - irei parar com os  meus dizeres
   - Me desculpe, Senhor Genesys. Mas as vezes o senhor consegue ser um tanto desagradável. Tentarei não ser mais rude com o senhor...
     Depois da discução Genesys relatara o que vira do alto. Viu uma mulher no alto da torre da capela, presa.  Juntaram suas coisas e foram até a capela enfrentado as criaturas no caminho. Ao chegar na construção sombria, eles arrombam a porta e se deparam com uma escuridão que nem mesmo uma tocha conseguiria iluminar. Apenas o anão, como antes, conseguia ver. E os guiou.
     Tudo era estreito e parecia ser um corredor sem fim. O anão pede para eles pararem de andar pois viu alguma coisa. Eles escutam:
   - Bruce! Pensou que conseguiria me achar aqui!
   - Bruce... ?! - disse Genesys.
     Um ser fantasmagórico aparece em armaduras negras e ataca a todos. Por mais que atacassem nada parecia surgir efeito, embora sentissem que suas armas batessem em algo gosmento. Gimb então grita para prensar ele na parede. E todos correm, empurrando um ao outro, e jogando o homem contra a parede. Löw, que estava na ponta, quase virando panqueca anã, percebe que o homem não estava mais ali e pede para que todos parassem de empurra-lo.
     Se recomporam e foram em frente até que chegaram em um ponto duvidoso. Havia uma escada para cima e outra para baixo. Arthur achava que deveria tomar cuidado, pois aquele ser era de forma estranha. Por mais que ele falasse do ser que aparecera, Genesys lembrara da criatura que estaria supostamente sequestrando mulheres. Seguiram em frente, para cima. Foram e foram, degrau após degrau, até que finalmente chegaram em frente a uma porta de pedras cinzas. A única luz que havia naquele lugar era uma luz roxa vindo de uma gaiola.
     Ao colocarem os olhos no lampião roxo, viram que havia uma pequena fada ali. Arthur deu uma cutucada na gaiolinha/lampião e ela acordara. Começara a voar para todos os lados, mas não saia do lugar pois seu pé estava preso no chão da jaulinha. Seu salvador, Arthur, abrira a jaulinha e quebrara a pequena corrente. A pequenina saíra como um raio e ficou gritando para saírem logo antes que as trevas chegassem. Ignorando o aviso, Genesys abriu a porta.
Garota gélida
     O que entrara na visão deles jamais sairia de sua memória. As mulheres que havia sido sequestradas, estavam naquela sala. Nuas e amarradas. Amarradas ao teto, pelo pescoço, com as entranhas costuradas até as genitais. O teto não era visível, de tantas mulheres que faziam parte da decoração horrenda da capela escura. Três mulheres estavam presas em pilares de ferro por correntes. Uma estava com uma mascara de ferro, outra estava de olhos fechados apenas e a outra nem poderia ter máscara os sequer olhos, já que não tinha mais a cabeça.
     Soltaram as duas e as pegaram. Genesys estranhou que a moça que havia pegado, a sem mascara, estava gélida e sem batimentos. Foi quando suspirou e respirou. Ela estava viva, não sabia como, mas estava. Pegou ela e se preparou para sair dali. A fada então disse que eles deveriam sair logo pois "eles vão nascer!" - gritou ela fugindo dali.
     Arthur não pensou duas vezes, e saiu dali. Quando deu o primeiro passo para fora ouviu um barulho estranho. Era o som de algo sendo rasgado, alguma coisa líquida sendo sugada e, por fim, o som de algum ser grunhindo um som agudo e horrível. Ao olhar para cima todos viram criaturas aracnídeas saindo pela barriga das mulheres que estavam presas. Então correram como nunca. Gimb até se enrolou na escada e quase caiu, se Genesys não o tivesse segurado ele poderia ter morrido. Desceram até que chegaram nas escadas.
   - Vamos para fora daqui! - disse Arthur
   - Não! Vamos descer, temos de ver se há outras pessoas para serem salvas! - disse Genesys.
   - Viemos aqui para salvar esta aqui, não podemos arriscar!
     Enquanto discutiam, Gimb faziam uma armadilha para que as criaturas caíssem. Genesys então foi ajuda-lo e eles decidiram que iriam descer. Arthur terminou sua frase dizendo:
   - ... da ultima vez que o escutei, parei no meio de ectoplasma negro de um fantasma. Por que estou te ouvindo? - perguntava-se.
     Foram até encontraram uma porta com um crânio em relevo com a boca aberta na porta. Parecia que algo deveria ser inserido para que fosse aberto. Gimb estava revirando a manga quando Löw colocou uma maçã na porta. O crânio destruiu a maçã com a boca, fazendo com que o suco da maça escorresse pelas engrenagens do mecanismo, assim abrindo a porta. E, com as criaturas vindo, não pensaram duas vezes.
     Só que isso foi letal. A porta fechara-se atrás deles, e mais uma vez eles se deparam com o ser de armaduras negras como a noite e olhos raivosos como um lobo. Ele gritava por um homem chamado Bruce e vinha atacando-os. Havia vários ectoplasmas voando ao redor dele, o que servia como um escudo.
     Embora nossos heróis colocassem na cabeça dele que nenhum deles era esse tal de Bruce, e que era impossível que todos fosse Bruce, eles não puderam evitar e se jogaram na batalha. Era forte e veloz. E as criaturas ao redor dele se jogavam contra os ataques de todos. Na primeira defesa Löw quase cedera. E fora tão difícil que até Albert teve de atacar. Mas no fim, quando apenas restara um ectoplasma, foi quando aconteceu. A criatura voara por todos e possuíra o corpo de Löw, que tornara-se o novo escudo da criatura depressível que era o adversário.
     Gimb ficou invisível e Arthur também, para que Löw não viesse a ataca-los. Foi então quando a criatura voltara os olhos para Genesys. Ele atacara, mas Löw defendera. Albert via que nem Löw nem Genesys iam aguentar muito mais. Foi quando aconteceu...
     Um som de carne sendo rasgada ecoa na sala. Seguido de um silêncio sepulcral, que foi conveniente. Genesys caíra no chão. De inicio Gimb e os outros acharam que ele havia apenas caído, mas em segundos os pelos de Genesys tornaram-se vermelhos de seu próprio sangue. O Leão Vermelho estava morto. Arthur ao ver seu amigo morto congelara o adversário com sua lâmina especial. E Gimb dera o golpe final com uma chiva de pedras de suas tai-tais. Eles ficam visíveis, assim como o que houvera acontecido. Era visível que as magias de Albert não estavam funcionando. O Leão fechou os olhos...
     Arthur sentou-se no chão. "Pensa, pensa, pensa... ". Ele sentia que não era o fim, não podia ser. Foi quando lembrou do que Genesys disse sobre o capacete. Arthur se aproximou da criatura que virara cinzas, apenas uma coisa restou. O capacete. Era isso! Enxugou as lágrimas e levantou Gimb e Albert, pediu para que Löw e Gimb pegassem uma das mulheres, e que Albert o ajudasse a levar a outra mulher e Genesys. Eles estavam indo, as criaturas não estavam mais lá, haviam ido para algum lugar da capela. Mas isso não importava. Correram por entre os mortos-vivos, derrubando alguns. O portão estava aberto, e saíram por lá. Todos perguntavam, alguns entre lágrimas, o motivo de tudo aquilo. Mas Arthur se conteve, não queria pensar em mais nada além de seu amigo.
Pedra da Alma Negra
     Voltaram na taverna e lá estava apenas uma pessoa, o homem do cachimbo de fumaça azul. Foi até ele e mostrou o capacete.
   - Ah! Bom trabalho! Quase pensei que... - Arthur tira o capacete da vista o homem. E diz:
   - Onde está a pedra que prometera à meu amigo?
   - Ahm... certo, certo... Aqui está - e entregara a pedra que era do tamanho do punho de Arthur.
     O homem então fora embora com o capacete em sua cabeça. Eles, ainda sem entender nada, continuaram seguindo Arthur que estava indo até Tafhar's Shield. E chegando lá ele perguntou para que servia a pedra da alma negra. O homem então explicou que uma pedra da alma é usada para absorver uma alma de pequeno porte. E que uma pedra da alma negra seria uma pedra da alma que teria sido corrompida para absorver até almas humanas e além.
   - Pode ser colocada uma alma então? - perguntou Arthur. Fazendo seus amigos entenderem o motivo de tudo.
   - Sim... - respondeu o ferreiro-mago.
   - Meu amigo... pode... pode t-traze-lo de volta?
   - Hum... há um preço que deve...
   - Ser pago, sim sim... Qual é? - interrompeu Arthur.
   - Me dê o corpo dele, a pedra e a arma que o matou
   - Não temos a arma que o matou - disse Gimb, em um tom triste.
   - Pode ser a arma que matou o homem que o matou, ou até mesmo um pedaço do homem que o matou - explicou ele.
      Eles então entregaram tudo que ele havia pedido junto com as tai-tais de Gimb, que foram as armas que destruíram o ser fantasmal. Um ritual começou, de longo tempo. O ferreiro tirara seus mantos - porém deixando a mascara - revelando tatuagens ao redor de todo o corpo. Ele absorvera energia das armas, que foram quebradas, e do corpo com a pedra. Juntou todas elas e recolocara no corpo. Eram áureas de cor branca e negra, que tornaram-se cinzas e adentraram no corpo dele. Porém o corpo não se levantara, e o coração não se movera.
   - O que foi agora? - disse Arthur.
   - Algo... deu errado? - perguntou Albert.
   - Falta uma coisa - disse ele recolocando seu manto. - Ele precisa ser chamado por alguém que ele goste muito. Então quando ele ouvir o chamado desta, ou destas pessoas ele irá retornar. Coloquei seu espirito e seu corpo juntos, falta a alma. Ou ele não passara de um homúnculo quando acordar.
     Todos eles então se ajoelharam perto de seu amigo e gritaram juntos:
   - Genesys!
     Em segundos a mão dele se mexe e ele se levanta. Estava vivo. Seus pelos ainda estavam sujos por seu sangue, que o deixavam inteiramente vermelho. Seus amigos ignoraram isso e o abraçaram com força. Ele agradeceu por tudo e se lembrou de quando correra atrás de um meio de trazer Gimb de volta na torre das trapaças de Malaguz. Foi naquele momento, que não só Genesys, como Arthur e todos os outros perceberam o quanto uma amizade vale. Mas uma coisa estava pinicando a mente de Genesys. E ele disse:


"E quanto as garotas?"