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3169E6, Era de Sombrata. Dia 18 de Fevereiro.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

- As Quatro Chamas, Parte I -

     Era a primeira vez que, Genesys ou qualquer outra pessoa disse o ferreiro, alguém via por de trás da cortina onde ficavam suas ferramentas e aparatos. Pode então ver com seus próprios olhos o poderoso efeito do feitiço de velocidade daquele homem. Bastou que pronunciasse as palavras da formula mágica para que apenas vultos dele fossem visto. Apenas quando estava parado o que ele estava fazendo podia ser entendido pelos olhos de Gênesys, que mesmo com o seu olho que era diferente dos outros ainda estava confuso quanto as práticas do ferreiro.
     Mesmo com seu incrível conjuramento que tornava sua velocidade superior mesmo assim a construção daquele equipamento foi demorado, já que manusear os metais escolhidos não era uma tarefa fácil de se fazer. E aparentemente, nem mesmo para um ferreiro tão habilidoso quando ele.
     Genesys observava de longe sua espada ser feita. Logo teria em mãos aquilo que por muitos anos carregara como um mero pedaço de papel. Por mais que se sentia bem em ver a espada que tanto ansiava em suas mãos, se preocupava também em ter perdido os planos originais para Lord Kiruh e os outros kemonos que estiveram com ele em Daggerfall.
     Como milhares de pequenas explosões brilhando no escuro o martelo do ferreiro atingia o metal derretido. Os brilhos cintilavam nos olhos de Genesys que não estavam ali no momento. Sua mente acabara entrando em um transe com o barulho do martelo entrando em sua mente. Isso junto com seus pensamentos do que havia acontecido no funeral de Leandro o tornavam distante. Distante...

No dia seguinte os outros aventureiros, que haviam ficado em uma estalagem depois que deixaram seu companheiro no ferreiro, acordaram e foram comer e beber alguma coisa. Durante a mesa falaram sobre o funeral, sobre os kemonos estranhos de Daggerfall que apareceram e sobre a espada. Foi com um ar de seriedade que todos levantaram e foram até Tafhar's Shield para se encontraram com seu companheiro e partirem.
     Quando chegaram encontraram Genesys pagando o homem que entregava a espada para ele e parte do metal que não foi utilizado de volta. O Leão Vermelho guarda sua espada na bainha especial que lhe foi dado (descontando na parte do metal que lhe foi devolvido) e voltou seus olhos para seus amigos. Eles pareciam os olhos de um prisioneiro olhado para seu carrasco antes do momento em que...   Por que?
   - Sua espada bem grande não? - disse Gimb.
   - Sim, me pergunto se é capaz de proteger uma pessoa inteira... - retrucou Löw.
   - Acho que sim. - disse Gimb.
   - Não acha que essa espada é grande de mais para você Genesys? Digo, somos guerreiros furtivos não? - érguntou Arthur.
     No meio de todos, Albert permanecia quieto. Parecia reconhecer tal cena, como se já tivera presenciado. Um déjà-vu, talvez. Mas o que viria a ver agora não estava em suas expectativas.
     Genesys, sem olhar nos olhos de ninguém ou se dirigir a ninguém, sai pela porta. Todos param por um instante e o seguem. O ferreiro, quieto e observativo, nada dissera. Mas parecia saber o que ia acontecer. Lá fora da Tafhar's Shield estavam eles todos, uns de frente para os outros, menos Albert que estava na porta da Tafhar's Shield, observando com um olhar de preocupação.
   - Aonde está indo? - perguntou Arthur perante o silêncio dos outros que pareciam consentir com o que estava acontecendo.
   - Não sei. Mas sei que não irei com vocês... - falou Genesys, com um ar fúnebre.
   - Por que isso agora? - disse Arthur.
   - ... - O Leão dá as costas para todos e segue em frente, com os restos de Valery no baú em seus braços .
     Todos se olham por um instante e se aproximam. Gimb então sugere que todos voltassem para a estalagem onde poderiam decidir o que fazer. E assim o fizeram.

Terminando a busca por um estaleiro ou um caís, eles voltaram para a estalagem. Já sentados e com bebidas nas mãos começaram a falar do funeral e quais poderiam ter sido seus segredos, se é que houveram. Arthur permaneceu neutro durante este assunto, já que havia criado uma certa confiança quanto as ações de Idvith. Querendo voltar para BlueStone estava Gimb e Löw, que pareciam não ver muito o que ganhar e fazer aqui em Horntown.
   - Acho que... - falou Albert.
   - O que foi Albert? - questionou Löw
   - Acho que deveríamos trazer o senhor Genesys de volta.
     Todos ficaram quietos quando Albert disse aquilo.
   - Uma pessoa sozinha nunca está em segurança. Do que será dele? Estou preocupado...
   - ... - Arthur se mexeu na cadeira quando ouvira isso.
   - E, se ele... - Albert então é interrompido.
   - Irei buscar ele. - disse Arthur com um cara de quem estava indo para um confronto.
   - Espere! Eu irei com você... - disse Gimb com os olhos para baixo, como se algo o pesasse a cabeça.
   - Albert... Löw... juntem-se e vão procurar por Genesys. Ele pode estar em qualquer lugar...
   - Certo... - disse Löw enquanto Albert fazia que sim com a cabeça.
   - E tratem de procurar por um navio ou um jeito de sairmos daqui! - gritou Gimb.
   - Sim, não quero ter de andar por toda a praia novamente... - e com esta ultima palavra de Arthur todos saíram dali.

Gimb e Arthur estavam no meio da cidade. Era uma cidade simples com construções de madeira e pregos. Poucos eram as edificações feitas com pedras. E estas eram apenas construções que serviam à coroa de Horntown, como o quartel, a igreja, e a fortaleza do governador. Como Horntown é uma ilha desprovida de minérios, são poucas as pessoas que podem pagar por pedras para construções ou até mesmo jóias. Por isso Horntown tornara-se um grande centro comercial para venda de jóias e outras pedras preciosas.
     Em meio aquele cenário gelado pela brisa matinal, Gimb olhava para todos os lados procurando por pegadas ou alguma pista do Leão Vermelho. Mas não encontrara nem mesmo um pelo. Foi quando Arthur simplesmente se lembrou do anel que haviam encontrado. Sim, o anel que mostrava a localização de todos aqueles que utilizavam o anel. Quando sentiu a presença do anel de Genesys cutucou Gimb e eles foram parar em uma loja de armamentos no mercado.
     Assim que chegaram se depararam com um gnomo sentado em um balcão contado várias moedas em um saco e admirando um anel prateado em seu dedo. Arthur se aproxima e reconhecendo o anel pergunta ao gnomo:
   - Vendedor, como o senhor conseguiu este anel?
   - Ah? Este aqui? Ah sim! Hoje foi meio dia de sorte, entende? Um jovem veio aqui e me deu este anel, sem falar que comprou algumas coisas! Mas me digam rapazes, estão interessados em alguma coisa?
   - Não, obrigado... - despediu-se Arthur.
   - Obrigado por nada... - falou Gimb, irritado.
     Seguiram em frente até que Gimb conseguiu encontrar as pegadas de Genesys saindo daquela loja e indo para uma taverna ali perto. Ela não estava muito cheia mas estava com um pessoal um tanto peculiar, só que dada as circunstancias em que se encontravam não deram a mínima. Chegaram perto do pomposo senhor que se encontrava atrás do balcão contando moedas de um saco familiar do que havia sido visto na mão do gnomo de momentos antes.
   - Bom-dia, Senhores! Como posso ajuda-los? - cumprimentou o taverneiro com um grande sorriso no rosto
   - Você viu um kemono passar por aqui? - perguntou Arthur, já um tanto preocupado.
   - Hum... não - disse o taverneiro com toda a calmaria do mundo. Calmaria até de mais.
   - Tem certeza que não viu nada? - Gimb parecia irritado.
   - Tenho sim, não há muitos kemonos por aqui, com certeza eu me lembraria de um. - por mais que o taverneiro falasse com palavras que parecessem verdade, Arthur já havia entendido o significado das moedas nas mãos dele e do gnomo.
     Com calma despediu-se e começou a seguir as pegadas e Genesys. Gimb, vendo que seu amigo já havia ido, se retirou junto a ele. Desta vez as pegas iam um tanto longe e distantes da cidade. Levando-os para uma construção de pedras brancas e belíssimas. A edificação formava uma cúpula perfeita que possuia uma placa com os seguintes dizeres:
"Portal para a Estação de 
Aeroplanos de Horntown"

     Ao lerem aquilo o pior passou pela cabeça de todos. Ele estava indo embora mesmo. Entraram na cúpula e, passando pelo homem estranho que cuidava do lugar utilizaram de sua invisibilidade e entraram no portal sem que ele os notasse. Lá em cima na estação que flutuava bem acima de Horntown eles procuravam Genesys, mas estava muito cheio lá em cima. Pessoas de todos os cantos de Wayland pareciam ter se juntado em um lugar só. Ou pelo menos essa era a noção que Gimb tinha, sendo um halfling em um lugar tão cheio de gente.
     Arthur então vê Genesys na distancia, do outro lado da estação. Ele agarra Gimb e tenta correr na direção, passando pelas pessoas. Mas percebe que não era ele. Ele estava do lado de um grupo curioso de homens fortes, roupas negras, cabelos longos e claymores nas costas. Por mais que eles falassem em outra língua, uma língua bárbara, ele conseguiu de alguma forma entender certas palavras. E assim descobriu que ele havia passado por ali e estava mesmo do outro lado da estação, mas havia olhado para o lado errado. 
     Quando seguiu as instruções dos homens ele e Gimb encontraram Genesys que estava em uma curta fila para entrar em um Shipair. Gimb então dispara contra Genesys um de seus "projetis pedregulhosos", uma rocha. Genesys, instintivamente se abaixa. Mas ao olhar para os lados, nada percebeu. Ou nada quis perceber. Ele então entra no aeroplano, sendo o ultimo da fila o aeroplano estava prestes a se retirar.
     Arthur põe Gimb nas costas e sai correndo em disparada do aeroplano. Mas quando chegam o guarda tenta parar ele. Foi quando o halfling cochichou para ele que iria ajuda-lo a passar por ele. Gimb chamou a atenção do guarda e Arthur pode ficar invisível para entrar no aeroplano. Era um aeroplano pequeno, como se fosse um mini-shipair. Lá haviam poucas pessoas, o que facilitou para ele encontrar Genesys sentado com o baú no assento ao lado, olhando pela janela em direção ao horizonte.
   - O que está fazendo? - disse Arthur tornando-se visível.
   - Estou indo para Cleaveland... - respondeu Genesys com os olhos ainda no horizonte.
   - Por que?
   - Senhor, posso ver seu  passe? - disse um homem em trajes vermelhos e azuis para Genesys.
     O Leão Vermelho, com um leve sorriso no rosto mostrou o passe para o homem. Ele sabia que não tinha Arthur ter um, já que ele havia comprado o último. Então ficou olhando para Arthur.
   - Senhor?
   - Não tenho um passe. Mas já estou de saída... - disse Arthur torando-se invisível, mas permanecendo imóvel.
     O homem, que ficara espantado com o que havia acontecido, grita que havia um clandestino. Logo um gás roxo é solto pelo  pequeno aeroplano. O homem em vermelho então acalma os passageiros do aeroplano explicando que aquele gás não era tóxico, mas que iria ajudar a encontrar o intruso. Arthur, percebendo que o gás não preenchia o espaço onde estava parado (revelando-o) sai dali o mais rápido possível, abandonando o lugar.
     Ele então volta para o lado do aeroplano, tornando-se visível novamente. A reação de Gimb não fora de surpresa mas sim de tristeza ao ouvir que ele iria para longe e não pretendia voltar. Eles então olharam juntos para o aeroplano que se erguia.
     O aeroplano ergueu-se lentamente e vez uma volta, mostrando a janela onde Genesys estava. Seus olhos ainda visavam o horizonte, e nada mais. Gimb disparou três projetis contra a janela de Genesys. O primeiro rachou a janela, chamando a atenção dele. A segunda quebrou a janela, e a ultima entrou para dentro da cabine onde se encontrava. Gimb aproveitou a abertura  e se teleportou para lá. 
     Ele viu seu companheiro juntando as pedras que ele havia disparado. Gimb olhando em seus olhos, disse:
   - É isso o que quer, Genesys?
   - Estou certo de minhas escolhas... 
   - ... - ele nota o ato de Genesys - Devolva minhas pedras
     Genesys entrega-lhe apenas duas, mas Gimb pega a ultima da mão dele. 
   - Eu queria... guardar um lembr... - Genesys foi interrompido pelo som de teleporte de Gimb, que sumira de sua frente.
     Ele levanta-se e, com o baú em mãos e a espada nas costas, ele se retira daquela cabine e vai para outra, onde pode descansar. Para ele era o melhor a se fazer. Nada que fazia era compreendido por seus amigos, que não conseguiam enxergar felicidade e utilidade nos atos de Genesys. Tudo que ele queria era que eles entendessem que a força de um é a de todos, e vise-versa. "Sim, devo fazer isso..." - pensou Genesys, decidido de seus atos.

...se separar?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

- Adeus, meu Rei (Part II)-

     Embora a aparição de Tobias em meio as ruas da cidade da justiça tenha sido algo bom para o humor de alguns, aquilo não parecia afetar muito o humor de Genesys. Por mais que ele demonstra-se. Com o coração cheio de suas raivas que foram acordadas por ver Idvith e Jeriod, ele decide se afastar um pouco. E, por tal, recusa-se a ir ao funeral com os seus amigos.
     Arthur então diz que se ele não fosse que pelo menos cuidasse de longe, ou que pelo menos fizesse algo útil. Ignorando a todos, mas tendo a todos ouvido, ele vai até a capela onde Gimb havia ficado com Albert em uma torre para enfrentar os orcs de Horull durante a batalha que ficaram conhecidos em Lhibann por terem ganho.
      Lá, ta torre, encontrou refúgio para sua mente, onde esperava pôr suas emoções no lugar antes que fizesse algo que afetasse a todos os outros, o que de forma alguma ele desejava. Arthur, que de longe grita para seu amigo não fazer nenhuma coisa errada, dá as costas para a capela ao lado da muralha e entra na ala nobre mais uma vez, agora indo para o funeral. Encontrar Tobias, e toda aquela conversa sobre passado e de Idvith realmente os havia tirado tempo. E quem diria, faltava menos de uma hora para o inicio da cerimônio. E percebendo que a lua já estava no seu auge, decidiram apertar o passo para a cerimônia.

Dentro do palácio, agora com as portas abertas para todos que viessem assistir o rito de passagem, nossos heróis encontraram-se com Idvith na sala do trono. Agora ele vestia uma vestimenta completamente branca com deta lhes dourados e botões prata. Fosse bom ou não, ele sabia se vestir.
   - Idvith? - Arthur chamou.
   - Ah! Arthur! Bom revelo novamente, mas...  Vejo que falta um - disse Idvith observando a falta de um membro entre eles, entre os Slayfers.
   - Sim, Genesys disse que não estava bem e decidiu não vir
   - Que pena... Bem, que cotinuemos com a cerimônia e... - ele foi interrompido
   - Ahm, Idvith... - disse Arthur puxando sua capa - Não possuimos roupas especiais para o funeral
     Era verdade, desde o momento em que Gimb entrara ele ficara comentando que estavam diferentes e que ele não queria fazer uma cena. Embora quizesse chamar atenção. Outra coisa que, não apenas Gimb mas todos, perceberam foi que não havia preto naquele funeral. Todos estavam utilizando branco.
     Foi quando Idvith os chamou para uma sala onde estavam os pertences das pessoas presentes que ele explicou que a vestimenta era algo importante que estava escrito nos ultimos desejos de sua falecida majestade, Leandro.

"[...] Que todos vistam branco. Preto a muito foi usado para demonstrar luto. Não quero que ninguém se martirise pela minha ida do plano terreno. Quero que todos se fortaleçam com o fato de que estão sozinhos agora. Usem branco, e mostrem que não alimentei um povo de parasitas aproveitadores, mostrem que eu protegi um povo de heróis para todos os momentos, bons e maus, felizes e tristes. [...]" 

Então todos vestiram roupas escolhidas por Idvith que estavam naquela sala. Arthur, como de custume, rasgou um pouco a camisa que conseguira para continuar com seu estilo. Löw então aproximou-se de Arthur e lembrou-o de que Idvith era conhecido por encantar as coisas para enganar seus inimigos. Mesmo sendo aquele argumento muito realista e possível Arthur disse que ele não faria aquilo. Ele estava convencido, depois de seu encontro com Idvith nas catacumbas do palácio, de que ele não era uma má pessoa. Mas sabia que se ele tivesse de fazer o mau, assim seria.
     Vestiram-se e vestiram a moça que antes usava uma máscara. Mesmo com algumas dificuldades para se locomover ela podia andar. E também, não queriam deixar ela lá embaixo com os guardas de Idvith. O que poderia ser letal para ambas, ou para todos.
     Subindo as escadas e seguindo os nobres pelos corredores Arthur, Löw, Gimb, Albert e a moça da máscara (agora livrada dela) chegaram em um gigantesco pátio que havia no quinto andar do castelo. Tudo estava arranjado. Assentos de capela feitos de madeira, postos como se fossem em uma capela. Imagens de guardiões e dos panteões de Wayland em bandeiras ao redor do pátio. Guardas de Idvith, em armaduras prata com o simbolo de uma pequena cruz azul de Khalmyr. Estava tudo no lugar. E é claro, um detalhe crucial, que fora o motivo chave da cerimônia ser feita neste pátio: o túmulo da rainha.
     Sim, fora neste grande pátio que a rainha fora colocada. Longe da entrada, seguindo o tapete preto que dirigia-se ao altar feito para a cerimônia, estava o túmulo de sua majestade, a rainha Hévilin. E ao lado estava um túmulo similar ao seu, mas para outra pessoa.
     O sacerdócio do templo de Khalmyr em Lhibann colocou-se em suas posições enquanto todos sentavam-se. Idvith então chama Arthur para sentar-se ao lado dele, em um lugar que ficava à frente dos túmulos, perto do homem que regeria o rito. Diz que sim, e Arthur então o segue para lá. Se sentam por último e ficam à espera do ínicio do fim de Leandro.
Bem distante dali, em cima de uma torre da capela, estava Genesys preparando-se para saltar. Ele, esforçando-se, consegue saltar até a muralha. Para sua surpresa encontrou quatro guardas mortos. Então ouviu uma respiração muito forte atrás dele. Graças à lua atrás do ser, seu rosto tornara-se sombrio e inrreconhecivel.
     Embora sua face estivesse coberta de sombras Genesys era capaz de ver que ele era um ser alto e que possuia cabelos vermelhos como os seus. Mas conforme ia forçando a vista, e o ser se aproximava, ele ficava mais "reconhecivel". A charada foi resolvida quando o homem pulou em cima dele e o chamou de Sr.Genesys. Era o ruivo, o meio-gigante, o bárbaro: Mark!
     Ele veio correndo e levantando Genesys o abraçou forte. Genesys ficava constantemente pedindo-o para que o largasse e parasse de gritar, pois algum guarda remanescente poderia ouvir. Acatando-o ao "pedido" de seu ídolo, Mark pergunta o motivo de estar tão distante de seus amigos. Com seriedade na face ele responde:
   - Para observa-los... falou Genesys com um tom sério e um olhar penetrante.
     Por mais que fosse um meio-gigante um tanto esperto, Mark não conseguiu entender o motivo de estar longe deles. Claro que Mark não iria ir contra a palavra de Genesys, assim ficando quieto ao lado dele. No próximo instante Mark expressou o quanto aliviado ele estava em vê-lo bem e com saúde. Antes de pegar um pouco de carne em seu saco para comer ele ficou "puxando o saco" de Genesys. Algo que o fazia se sentir bem, e as vezes, irritado. Mesmo assim Mark era um bom homem (meio-gigante).
   
O funeral começara e, entre palavras de um livro sacro e dos pergaminhos deixados por Leandro, o homem em uma toga branca e vermelha começou a falar:
     "[...] Leandro... este homem foi muitas coisas em sua vida. Um bom rei, para todos os seus súditos, ricos ou pobres. Um bom irmão, para todos que nunca tiveram alguém para quem contar e confiar; nosso rei sempre agira como um irmão para todas as pessoas que conheciam ele bem e estavam ao redor dele. Um bom marido, que mesmo no inicio de sua união, e no fim dela, com a mulher que amava, jamais a traíra ou faltara com respeito; hoje nosso rei se unirá com a rainha mais um vez. [...] De todas as coisas que este bom homem foi, ele jamais foi um bom pai. Pois jamais tivera um filho. Hoje nós o entregamos na terra vermelha, onde sua esposa, a rainha, e seu filho recém-nascido, possam ser felizes juntos até o dia do julgamento final. [...] Que todos nós venhamos a revê-lo outra vez no dia em que os céus se abrirão para nós! [...]"
     Entre choros e reflexões o povo começou a se levantar para ir até o túmulo para ver o majestoso rei pela última vez. Algumas pessoas que passavam - inclusive Idvith, pelo o que viu Arthur - deixaram coisas junto ao corpo. Ouvira Arthur o seguinte quando Idvith deixara um pedaço de pergaminho junto ao corpo:
   - Eis os planos m'lord, que eu jurara proteger até o fim. Eis o seu fim, meu rei. E que estes planos possam ficar enterrados junto a ti, onde nenhum homem ou orc possa encontrar... - ao terminar suas palavras, Lord Idvith olhou para Arthur de canto, como se tenta-se dizer alguma coisa.
     Foi naquele momento que Arthur percebeu que Idvith não iria ousar fazer alguma coisa contra ninguém no funeral de seu rei. E também, por que faria? Ele era o regente agora. Mas isso era a última coisa que passaria na mente de Arthur, no momento em que presenciava o último momento em que veria Leandro.

     Muitos começaram a se retirar assim que o homem que regeu a cerimônia saiu. Até mesmo Idvith tinha saído. Mas Arthur ficou, e assim que haviam menos de dez pessoas ele se foi. Quiz ficar ali até o último momento, para ver fecharem o túmulo de um homem bom - uma raridade hoje em dia.

Genesys, ao ver que todos estavam se retirando, disse ao Mark que iria lá agora dar uma olhada no corpo e se encontrar com seus amigos dentro do castelo. Mark faz que sim com a cabeça enquanto mastiga um pedaço enorme de carne de galinha. Assim que engole ele diz que quando ele terminar sua janta ele irá atrás dele no castelo. O Leão Vermelho balança a cabeça e vai saltando de torre em torre até chegar no pátio onde o funeral ocorrera.
     Depois de pular até ali Genesys vai até o túmulo e observa atenciosamente. Havia pessoas ali ainda, chorando, rezando... Pareciam estar fazendo algo e ao mesmo tempo nada de importante. O Leão Vermelho vai em direção as escadas para se encontrar com Arthur. Mas quando ia por seu pé no primeiro degrau, foi surpreendido por uma voz familiar feminina.
   - Genesys! - ouviu-se atrás de Genesys.
   -"Essa voz" - pensou ele.
     Bastou que virasse para trás para rever seu passado, agora no presente. Era a Branca...
   - O que faz aqui? - disse Genesys em um tom neutro.
   - Estava procurando por você...
     No instante em que ela revela seu objetivo uma mulher de longos cabelos azuis e asas de penujem azul pousa ao lado da Branca. A moça também não era estranha para ele, era uma das cinco crianças que estavam junto a ele em Daggerfall quando foi tirado da família que nunca conheceu.
     As pessoas ali, estranhamente, nada fizeram. Continuaram a fazer o que estavam fazendo, como se não tivesse fim. Até que a Branca bateu palmas e todos lá presentes, que estavam antes rezando e chorando, pararam e de forma inexpressiva se levantaram e saíram. Passando por Genesys, que nada fez.
     Branca então pede os planos da arma que Genesys roubou em Daggerfall. Quano negou que o faria a garota de cabelos azuis o atacou. Voou para cima e, com um movimento das asas, disparou suas penas em Genesys. Foi da pior maneira que Genesys descobriu que não eram penas comuns, mas sim penas de um metal azul leve e estranho. Por mais que não quisesse lutar ele teve de erguer seus punhos contra elas, ou morreria por não fazer nada.
     Correndo na direção de um assento, Genesys performa um pulo alto que o permite atingir a moça de azul no ar. Ela cai feito uma pedra sem vida, e Branca agarra ela antes de cair no chão do pátio. Com o corpo dela ainda em mãos Branca rasga o estomago da garota de cabelo azul e tira um ovo de lá. Ela olha para Genesys e diz:
   - Achou mesmo que seria tão fácil? - assim que termina sua frase ela joga o ovo no chão, fazendo-o rachar e brilhar. Quando os pedaços da casca caem no chão um pequeno ser torna-se visível aos olhos de Genesys. E, em uma velocidade assustadora, o ser cresce novamente. Assim tornando-se a garota novamente. Como antes ela retorna a atacar Genesys com toda a sua vontade.

Quando nossos heróis estão prestes a deixar o castelo Mark aparece, perguntando onde estava Genesys. Arthur o questiona quanto o motivo dele estar perguntando isso, já que ele mencionara ter encontrado ele. Irritados pela incompetência de Mark eles decidem voltar onde o funeral tinha acontecido, pois Mark dissera que a última vez que o vira havia sido quando Genesys tinha se retirado para ir ver o túmulo.
     Genesys estava parado e cansado na frente de uma irada Branca e uma triste moça de cabelos azuis. Löw pergunta o que estava acontecendo, mas a tensão entre a discussão entre a moça de branco e o Leão Vermelho era tanta que ambos ignoraram a aparição deles.
     A Branca, naquele momento, revelou que não estava ali apenas para pegar os planos da espada, mas sim por que sentia-se traída e injustiçada pelos feitos de Genesys durante o tempo em que estiveram pressos. Foi ai que Gimb e Arthur descobriram o que Genesys havia feito. Ele tinha fugido com tudo que lá havia e os deixado para trás, para morrer. O que mais os deixaram afetados pelo momento é que em nenhum momento Genesys negou isso, apenas disse que queria que eles parassem de serem peões para um homem que não ligava para eles.
     Quando Genesys disse isso Lord Kiruh, senhor de Daggerfall e convidado de Idvith esta noite, aparecera atrás deles. E, para complicar, os outros três kemonos que estavam juntos à Genesys durante o aprisionamento apareceram atrás de Branca e da moça de cabelo azul. Kiruh se aproximou e disse que por mais que Genesys o culpasse pela tristesa que os outros kemonos haviam passado, o verdadeiro causador daquilo foi Genesys. Pois afinal, quem deu abrigo, comida, amor... quando um grande amigo desapareceu, foi Kiruh.
     Disse ele também que Genesys não conhecia família, e que não iria longe sem a sua. Embora aquilo estivesse afetando Genesys, Arthur ria. Pois nunca conhecera sua família e estava ali entre eles. Só que por mais que fosse verdade, Arthur havia dito que Gimb, Genesys, Löw, Albert e todos que ele conhecera no dia em que "acordara" eram sua família agora. Ou seja, ele não estava sozinho. Mas e Genesys? Por mais que acompanhado estivesse, será que ele se via só?
   - Não vire as costas para mim, filho... - gritou Kiruh.
   - ... - Genesys ficou imóvel.
   - É assim que irá tratar sua família? Eu o acolhi quando aqueles pobres malditos o abandonaram para morrer nas ruas sujas de uma vila bárbara. E agora, que eu lhe dei poder e lhe tornei o que você é agora, você vai virar as costas para mim?!
   - ...
   - Que seja... Saiba que por mais que eu seja seu criador, um ser que tenha misericórdia de suas criações, jamais irei lhe perdoar pelo o que fez com eles - disse Kiruh olhando para a Branca e os outros.
     E como um sussurro ecoando Kiruh desapareceu de onde veio. Os outros então foram, mas Branca aproximou-se de Genesys e puxou sua espada.
   - Branca! - gritou Kiruh - saía dai. Não vale a pena...
   - Um peão... - repetiu Genesys baixinho para Branca enquanto ela baixava sua espada e pulava para fora do pátio junto aos outros.
   
     Só que de repente um vulto passa por todos ali, como uma brisa sombria, e quando todos olham para Genesys, Kiruh tinha ele preso. Arthur pegou sua espada, mas Kiruh puxou uma lâmina e a pressionou contra o pescoço de Genesys. Arthur parou de se aproximar, ele estava bem perto deles.
   - Não se aproxime, verme... Eu jamais mataria um membro de minha família. Mas ele já não faz mais parte da minha... Ha! Como você iria entender?
   - Tenho eles... - falou Arthur olhando para seus amigos.
   - Você jamais saberá o que é uma família de verdade! - gritou Kiruh elevando Genesys até os céus.
     Botando sua habilidade em m movimento Arthur consegue agarrar o pé de Genesys. Kiruh então se aproxima bem perto dos ouvidos de Genesys e, com a mão dentro das vestimentas do Leão Vermelho, disse:
   - Eu não vou matar você, mas não deixarei isso com um desertor - agarrando os planos da espada de Daggerfall Kiruh para de subir e larga Genesys, voando para a distância.

A altura era grande, e ambos perceberam que iriam morrer agora. Enfrentaram tantas criaturas, para que? Para morrer para o chão? Como aquilo foi acontecer? Talvez, se... Mas espere, o que é aquilo? Eles não estão mais caindo. E há... há mãos segurando os dois, o que era aquilo?
     Não, agora não era a hora. Era a moça de cabelos azuis, ela havia salvado os dois. Os deixou no pátio. Gimb se aproxima para disparar contra ela, mas Arthur pede que pare. Genesys então olha para ela e, estendendo a mão antes que ela pulasse do alto pátio do castelo, diz:
   - Não vá! Não... Não tem que ser assim...
    A moça de asas azuis olha para ele com um olhar de tristeza. Haviam lágrimas nos olhos dela. De repente, a branca grita por ela. Ela olha para Genesys uma última vez e voa para longe. Por que? - pensava Genesys. Seus amigos tentaram consola-lo no momento. Mas tudo havia sido tão rápido e tão verdadeiro, que a mente de não só Genesys mas a de todos estavam em um turbilhão sem controle.

Assim que descem eles passam por Idvith que se despede deles e agradece pela vinda. Genesys ia virar para xinga-lo, como era comum, mas saiu correndo e foi pegar sua espada novamente, que estava lá no pátio. Quando voltou ignorou Idvith e se juntou a todos. Gimb então os lembrou que era do desejo de todos sair dali assim que o funeral acabasse. Löw então lembrou eles de que o mercador de Tafhar's Shields estaria em Horntown. Gimb então, percebendo a confusão na mente de todos, puxa todos pelas mãos e os levam até o porto.
     Lá encontraram-se com uma bela moça que os levou até Horntown em um adorável, porém caro, aeroplano. Conversa vai, conversa vem, e eles descobrem que ela era bem simpática e disse que locomover heróis era o trabalho dela. Seu nome era Ponnie, revelara ela.

Com o termino da viagem, e a chegada em Horntown, Gimb chama Arthur para procurarem uma estalagem e dormirem lá. Mas Genesys disse que ia até o ferreiro. Todos então foram, já que ir na Tafhar's Shields era sempre bom para todos.
     No caminho encontraram a moça da loja "Enchantable", que estava em BlueStone. Explicou ela que estava ali para resolver alguns assuntos com o homem mascarado de Tafhar's Shield. Então decidiu acompanha-los. Lá todos fizeram seus reparos e compraram uma armadura para Löw. Todos estavam indo quando perceberam que Genesys não estava acompanhando-os. Ele disse que precisava terminar uma coisa. Os outros repararam que era a espada. E então saíram, um tanto sérios.
     Genesys então pediu para que ele fabricasse a espada, mas que havia perdido os planos para construí-la. O mascarado então disse que não havia problema, já que ele havia memorizado o mecanismo dela desde a primeira vez que Genesys a mostrara para ele.
     Foi com um leve sorriso no rosto que Genesys o acompanhara durante a construção de sua espada...

O que estava acontecendo?
Algo parece errado...
Será que, que todos vão...

domingo, 6 de novembro de 2011

- Adeus, meu Rei (Part I)-

     Ainda no palácio de Samantha nossos heróis utilizaram da ajuda da moça que Samantha deixara para responder algumas perguntas. Tendo as perguntas sido feitas nossos heróis pediram apenas por uma ajuda para se retirarem de BlueStone. Uma "carona", por assim dizer, até Lhibann para o funeral de Leandro.
     Eles saem do palácio com um pergaminho escrito pela garota de Samantha em mãos. Tal pergaminho dava-os direito de irem em um dos aeroplanos de BlueStone sem pagar nada. Com isso em mãos conseguiram embarcar na viagem para Lhibann sem problema algum.
   
Graças à habilidade dos capitães bluestonianos e o poderio aéreo em disposição no castelo de BlueStone nossos heróis estavam pisando em solo lhibano em questão de horas. Genesys então lembra a todos quanto ao irmão de Jeremy que vivia ali como um "mercador". Então colocaram-se a procurar sua loja utilizando as informações que estavam contidas na carta que foi enviada para Jeremy, que mais tarde foi dada à Genesys.
     Atrás de uma imensa estalagem, em um beco entre uma grande casa abandonada e uma construção inacabada, estava um edifício de cores fortes e vários tecidos amarrados por todos os cantos das construções ao redor. Chegaram um pouco mais perto e então Arthur e Genesys olharam para os outros e deixaram as moças com eles. Valery no baú e a garota desmaiada. E assim entraram apenas eles.
     Ao baterem na porta uma pequena portinho-la abre e dois olhos esverdeados aparecem. Uma voz sedutora então pergunta se eles sabiam a senha ou se tinham moedas negras - dinheiro utilizado no mercado negro que equivale a vidas tiradas. Genesys então mostrou a carta para a moça que, espantada, decidiu abrir. Lá o ar era pesado, porém adocicado. Moças belíssimas dançavam por todos os lados para homens estranhos sentados por toda a parte. Fumavam, bebiam e jogavam moedas para as sedutoras mulheres. Mas de todas elas nenhuma se comparava com a flor do deserto que dançava no centro de todas elas. Se a moça da porta não tivesse chamado a atenção deles para que esperassem pelo senhor dela, talvez ainda estivessem lá.
   - Não gosto de tratar com esse tipo de gente - disse Genesys enquanto caminhavam para longe das moças.
   - Eu também não, Genesys. - disse ele sem tirar os olhos da dançarina - Mas não temos escolha já que você quer o Rakûll
   - Verdade...
     Enquanto caminhavam para longe sua atenção foi chamada para dentro de uma sala escondida por uma cortina. Assim que as cortinas foram fechadas viram-se na frente de um homem usando uma burca esverdeada, seus olhos eram estranhos, como os de Jeremy. O homem, que estava ao redor de beldades despidas, mandara todas embora e fechou a cortina novamente quando elas se retiraram. Ele então se apresentou:
   - Sou Shenaj, irmão de Jeremy... Me foi dito que estavam procurando por mim
   - Sim - respondeu Genesys de uma forma seca. - Queremos adquirir uma certa mercadoria
   - Ah sim! Negócios!

     Horas passaram-se enquanto Gimb e Löw esperavam do lado de fora com as garotas. Demorou algum tempo até que Arthur e Genesys saíssem de lá. Genesys parecia um tanto bravo. E ele realmente estava já que houve um ponto em que conversava com Shenaj em que descobrira que alguém naquele lugar queria sua cabeça. Um certo desconfortou o atingiu quando o mercador disse que era uma mulher. Genesys então disse para todos que já que tinham o que precisava era melhor irem logo.
     Durante a caminhada Gimd e Löw discutiam sobre a mercadoria comprada por Genesys e Arthur. Mas nada disseram, querendo não causar nenhuma briga por algo pequeno, já que imaginavam que algo seria feito para todos com o que fora comprado. Seguiam em frente até se deparam com o gigantesco palácio de Lhibann. Os guardas de hemos prateados, com insignias com a letra "I", deixaram que eles passassem. Afinal, eles sabiam que eram os antigos homens que salvaram os portos de Lhibann de terríveis piratas.
     Ao entrarem no palácio depararam-se com uma enorme fila que ia da porta até o trono. Mas não se deixaram limitar pela fila, assim seguindo em frente. Depois de passar por vários nobres que esperavam na fila, embora já soubessem, surpreenderam-se ao verem Lord Idvith no trono. Estava ele a distribuir peças de ouro e papéis com seu selo para as pessoas ali presentes. Assim que os olhos de Idvith e de Genesys se encontraram ele mandou todos os nobres voltarem amanhã e mandou seus guardas fecharem a porta da frente assim que todos saíssem.
   - Idvith... gostando de sentar no trono?
   - Ah... Genesys, é bom ver você novamente. E como vai a vida de aventureiro, Arthur?
   - Boa - respondeu com uma certa alegria em vê-lo novamente, embora sentisse que uma guerra fria entre palavras estava prestes a começar.
   - Creio que deve estar adorando ter pego o reino inteiro para você - disse Genesys com um ar incriminante.
   - Ora, como ousa acusar o senhor de Lhibann de tal coisa, Leão Vermelho? - disse Idvith com um tom de deboche.
   - Senhor de Lhibann? Está me dizendo que você é o senhor da cidade da justiça? - falou Genesys entre leves gargalhadas.
   - Sim, sou o Rei de Lhibann agora. Até que um herdeiro surja é melhor não comprar briga comigo, rapaz
   - Ou irá me matar como fez com Leandro? - insinuou Genesys.
   - Genesys! - advertiu Arthur.
   - Tens sorte de eu estar de bom humor. Acusar a coroa, servo de Khalmyr e da justiça, de tal ato o levaria à forca imediatamente. Ou pior, já que estamos falando de vós... - falou Idvith em seu tom irritantemente calmo.
   - Veremos... - falou Genesys, que continuara com suas brigas com Idvith.
     Até que Jeriod chegou. Ele estava... mudado. Seus cabelos estavam azuis e seus olhos estavam mais azuis do que nunca. Usava uma roupa elegante completamente branca e tinha em mãos uma bengala com ornamentos dourados. O garoto Jeriod já não parecia mais existir. Era outra pessoa.
     Genesys então começou a falar da criança para Idvith, e o quanto estava repugnado com o que ele teria supostamente "feito" com a criança para deixa-la assim. O acusando de feitiçarias e controle da mente. Mas no fim, Idvith apenas o ignora e os lembra de virem para o funeral que seria daqui a duas horas.
     Para que sua ira não o atacasse, já que sabia que traria problemas, ele decidiu dar as costas e se retirar. Arthur então despedisse rapidamente e se retira atrás de Genesys junto aos outros que, desde o mercado escondido de Shenaj, vinham segurando as moças "desacordadas"(tecnicamente Valery estava morta, mas continuemos.)

Lá fora Genesys explode de raiva e fala tudo o que gostaria de fazer com Idvith se o encontrasse sozinho e ele estivesse com sua espada na mão. Arthur, que tentava colocar juízo na cabeça de Genesys, ficava o dizendo para falar mais baixo. Ou no fim aquilo poderia atrair alguém carregado de problemas para despejar sobre todos.
     Só que realmente era tarde para dizer aquilo, já que não estavam mais sozinhos na frente do palácio. Uma mão surpreende Arthur, seguido de uma voz grave... e familiar:
   - Matar Idvith... - disse a voz - Vocês ainda falam sobre estas besteiras? Ha!
   - Tobias? - disse Arthur.
     Realmente era o bom e velho Tobias. Embora irritado Genesys sentiu-se um pouco calmo em rever um antigo amigo. Perguntou sobre Mark e como ia a vida em Lhibann. Tobias confessou não estar fazendo muita coisa, já que - nas exatas palavras dele:
   - Desde que Idvith pegou o trono, as coisas tem sido estado bem calmas por aqui. Sem góblins, sem ladrões, sem piratas. Claro que devemos agradecer muito a vocês, é claro...
     Aquilo não soava de forma agradável nos ouvidos de Genesys, e no fim tudo o que ele conseguia ouvir de Tobias era: conspiração, conspiração, conspiração. O fato de Idvith estar no comando o deixava irado, mas os dizeres de Arthur continham a mais pura verdade. "Independente dele ser bom ou não, não seria sábio ataca-lo agora."

O Funeral se aproximava...
E uma separação inesperada talvez viria a causar a morte de alguém...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

- As Chamas que Revelam (Prévia) -

     "Há muito tempo atrás isto já foi um paraíso criado pelo próprio Sacerdote. Até que Lucifer, através de palavras serpentinas, corrompera um dos guardiões das Quatro Chamas que mantinham o paraíso em sua perfeição. Este guardião então corrompeu as chamas, tornando-as em Chamas Negras. O que vocês veem agora neste lugar e nos olhos das criaturas que aqui vivem não passa da influência que estas chamas estão causando. [...] Agora vão! Visitem o primeiro templo, o que era antes o Templo da Chama da Montanha, agora conhecido como o Templo da Cegueira. Vençam os desafios, purifiquem as chamas..." - Árvore Anciã
     Trevas caíram sobre o único paraíso que existia nas terras de Wayland depois da queda dos anjos. Agora nossos heróis estão no meio de uma aventura para encontrar seus pertences e achar um meio de sair de lá e se vingar das artimanhas de Horull, o Berserk Vermelho.
     Mas até onde eles serão capazes de ir? Se completarem os dizeres da Árvore Anciã, irão eles apenas sair de lá? Irão eles destruir o lugar ou até mesmo deixa-lo nas trevas? Seria possível trazer aquele paraíso de volta ao mundo de Wayland?
      Tudo isso dependerão de suas escolhas, e de sua amizade...

Digam-me, Aventureiros, até onde vocês iriam por um amigo? Até onde vocês realmente conhecem seus "amigos" para salva-los?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

- As Quatro Chamas (Prévia) -

    "Como chegamos neste lugar?!" "Não sei, mas como iremos voltar?" 


     É durante as chamas dançantes que as sombras se esgueiram...  

     Depois de andar um pouco, e um navio para terras distantes pegar, um paradeiro diferente ocorre, e o destino do navio torna-se outro. Como voltar? Apenas a terra pode dizer isso... E até mesmo ela pode ser tão traiçoeira quanto a própria chama. Ou até mesmo tão esgueirante quanto a água. Quem diria que tal terra existiria, quem diria que ela existiria no ar?
     Compreender tal coisa parece tão difícil, não acha? Pois saiba que tudo será esclarecido assim que nossos heróis cruzarem os mares no retorno para a terra de BlueStone. Que os Deuses e Deusas, mesmo que tão distantes, possam cuidar de todos para que nenhum se perca.

     Chegou o momento em que apenas através da compreensão da separação é que a verdadeiro união irá acontecer entre nossos heróis... Até onde cada um iria pelo outro? Ou, até onde um heróis seria capaz de descobrir sobre o outro, por outrem? 

- Enfim, A Criatura (Part 2) -

     Por mais que a noite ainda persistisse os sons haviam parado. E por pelo menos uma noite, por mais que fosse no final dela, o cemitério parecia estar da forma que todos esperavam que um cemitério fosse: sepulcralmente silencioso. Mesmo assim vagar pelo cemitério fora um tanto difícil com a morte de Válery na mente de todos. Genesys ainda tinha em mãos o baú em que a havia trazido. Embora fosse o que carregava o baú, todos estavam pesados em carregar o pêsame.
     Junto ao sol no horizonte, nossos heróis chegaram na cidade. Estavam no centro da cidade quando ouviram algumas pessoas que andavam ao redor falando sobre a Senhora de BlueStone, a tão falada Samantha. Mantendo aquilo em mente foram até a taverna de Jeremy, onde foram recebidos por uma pequena, porém muito calorosa, multidão. Entre eles estavam os homens com a recompensa da criatura e outros familiares das moças com alguns bens para dar aos heróis. Os bens foram todos colocados sob uma toalha branca; eram candelabros dourados, pratarias e cálices de vários metais reluzentes.
     Aquele fora um dia de grandes ganhos e percas, mesmo tendo toda aquela riqueza na frente deles, ainda estavam um tanto pasmos. Mas com o tempo conseguiram se misturar entre os aldeões e os mercenários do acordo. Riram bastante, conversaram, beberam e descansaram um pouco. Bastou que se vissem capazes novamente que Gimb veio com a ideia de dar uma visita à Samantha.
     A ideia era aparentemente impossível, e se houvesse sucesso haveria poderia custar a cabeça de alguém - pensaram todos. Só que, sabendo que Samantha jamais usara de seu poder político para matar ninguém por motivos assim, eles continuaram em frente. Gimb, obviamente, decidira seguir em frente PELA FRENTE. Dirigiu-se até o portão principal e, depois de conversar com os guardas sobre ser um dos homens por de trás  da salvação de Lhibann e da morte da criatura do cemitério. Os guardas não pareciam estar muito impressionados, mas surpresos o suficiente para permiti-lo passar.
     Quanto aos seus amigos, todos decidiram pular o muro que, por muita sorte, estava sem guardas. Já as outras, estavam repletas de soldados que estavam preocupados demais olhando para frente, do que para os lados. Pularam o portão e seguiram em frente por de baixo da ponte que liga a primeira ilha com a ilha-quartel central.
     Vários guardas estavam ao redor de Gimb, que decidira seguir em frente. Falava e brincava com afirmações um tanto perigosas quanto ao estado matrimonial atual de Samantha e outras coisas sobre suas vitórias. Teve de distrair os guardas, para que seus amigos pudessem seguir em frente. Tudo foi indo bem até que fora parado por uma carruagem que, assim que conseguira passar pelo quartel, saíra do palácio na terceira ilha.
     Mais uma vez, para a velha voz que de lá falara com ele, referiu-se a Samantha como sua noiva - como estava fazendo desde que tinha falado com os primeiros guardas no inicio da ponte. O velho apenas pergunta, para alguém que dentro da carruagem estava, sobre o que essa pessoa achava e a chama de filha. Gimb ficou branco, pois achara que era Samantha. Teve sorte de descobrir que era a irmã dela. Muita sorte, já que trocara de objetivos no mento que conheceu a irmã mais nova de Samantha.
     Tendo que continuar novamente para frente, ele fora levado até a frente do palácio onde vários guardas surgiram dos jardins do palácio e, de alguma forma, tiraram os heróis de baixo da ponte e os colocaram para cima. Até mesmo Genesys, que invisível ficara, fora descoberto pelo capitão da tropa da escolta de Gimb. Um pouco depois, durante à presença de Samantha, vieram a descobrir que tudo aquilo acontecera apenas graças à um vidente que vinha a ajudado.
     De forma ou de outra, todos se apresentaram e tiveram uma adorável conversa com a governante. Ela parecia estar tendo alguns devaneios em alguns momentos. Todos apenas pensaram que poderia ser algo sobre a reunião que teria de comparecer em alguns instantes. Dito e feito, após responder algumas perguntas ela se retirara para seus afazeres deixando uma belíssima mulher de longos cabelos azuis para responder as perguntas remanescentes e auxiliar com o que pudesse ser feito.


Mesmo que tudo isso estivesse acontecendo. Algo parecia faltar...
O que era...?    Quem era...?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

- Enfim, A Criatura (Part 1) -

     Os olhos de todos se fecham, nas trevas de um templo noturno. Horas, horas passaram-se no mundo dos sonhos, sobre o teto divino de um templo em pedaços. Mas nada é a mesma coisa no mundo real, eis a prova quando acordam. Ainda era noite, passaram-se apenas minutos. E que forma de acordar! Perante ruídos estranhos de mortes andando por todo o lugar.
     Alguns levantaram, e os que não o fizeram foram acordados. Se reuniram no centro do templo e começaram a conversar sobre o que deveriam fazer. Voltar à cidade, dormir na taverna, ir para a capela, seguir em frente? E, sorte de Camih, decidiram seguir em frente.
     Ao saírem continuaram a andar, quebrando o feitiço que havia sido colocado no chão. Aparentemente quem tentasse ver o outro lado do cemitério, estando no lado oposto, jamais teria sucesso. E ao passarem pelo centro, conseguiram ver tudo.

     Fora graças as habilidades vampirescas, e ao leve peso de Gimb, que Valery  - transformada em um grande morcego - conseguira erguer Gimb no ar para desenhar um mapa de todo o local. Quando ela descera com Gimb eles puderam seguir em frente até o grande templo que ele avistara.
     Chegando lá Genesys avistara o monge saindo de uma tumba com seis esqueletos em mantos o acompanhando. Assim que dissera isso aos seus amigos chegaram a conclusão que poderia se tratar de um necromante. Fosse o que fosse, criatura ou não, deveria ser detido e destruído. Com tal pensamento seguiram em frente até um grande salão de pedras negras, dentro da grande construção.
     Lá virão várias obras de arte, famosas por toda Wayland, mas estavam diferentes. Parecia que alguém havia recriado elas de forma grotesca e horripilante. Todos os cenários, pessoas e florestas estavam mortos. Genesys perguntara em voz alta:
   - Quem teria feito tal... ? - Genesys foi interrompido.
   - Obra de arte? - falou uma voz grave do outro lado do extenso salão. - Não são lindas?
   - Então você é o homem por de trás destas atrocidades?! - perguntou Arthur.
   - Atrocidades? Isso é arte! - gritou animadamente o rechonchudo monge em negro.
   - Você matou mulheres... - disse Genesys, que estava bravo.
   - Eu as transformei! Estão incríveis agora! Imortalizadas através da morte!
   - Irei imortalizar você! - gritou Genesys antes de correr na direção do adversário.
     O monge então invocara vinte esqueletos guerreiros que o permitiram escapar por uma porta. Sua voz ainda podia ser ouvida enquanto subia as escadas. Ele ria, como se nada tivesse acontecido.
     Nossos heróis, irados com o maldito homem, jogaram-se contra os esqueletos. Embora fossem frágeis quando acertavam seus golpes, eram fortíssimos. Mas, com esforço, conseguiram derrotar a dezoito deles. Der repente uma voz ecoa na sala. Era o monge:
   - O que?! Acha que seria tão fácil? Hahaha...
     Assim que sua rizada terminara todos os ossos caídos juntaram-se com os dois corpos esqueléticos remanescentes. Haviam agora dois magos monstruosos em sua frente. Suas magias eram fortes e tenebrosas. Embora Valery conseguisse cancelar a maioria e Löw e Albert cuidassem da vida de seus amigos com defesas e curas, a situação estava muito perigosa. Foi quando, graças à um trovão lançado por um dos magos, Valery tornara-se cinzas.
     Seu corpo caíra lentamente em frente a todos. Genesys se atirara para pega-la. Naquele momento lembrou-se de todos os amigos que morreram ou quase se foram, que estiveram em seus braços em momentos assim. Jeriod, Tobias, Gimb... Agora, Valery...
     Em seus braços a estátua de cinzas se desfizera em pó, e nada além de um nome gritado por muitos fora o que se ouvira naquele momento: Valery!
    Arthur pegou sua espada com toda a sua força e quebrara vários ossos com seus golpes. Um dos magos cai, e logo depois outro graças aos ataques de Gimb e Genesys. Se reorganizaram e seguiram em frente, com a bela vampira em mente.
     Subiram a escada até encontraram uma sala do trono, onde o monge sentado parecia controlar outros seis esqueletos estranhos, que vestiam mantos. Eram os seis esqueletos de antes, só que agora pareciam estar reluzindo. Uma corda de energia verde era visível acima da cabeça deles. Cordões que se conectavam à mente do monge, que estava sentado. Arthur, ignorando os servos magrelos, ataca o monge diretamente. Quando sua lâmina foi ao encontro da carne do maldito homem, uma luz esférica aparecera rapidamente ao redor dele, e logo desaparecera. Era um escudo. Então voltou seus olhos aos servos.
     Os outros então começaram a atacar os esqueletos. Conforme a batalha se desenvolvia era evidente que atacar o monge não faria efeito. Mas que na morte de seus servos ele ficava fraco, se feria. Então mirando nos esqueletos foram capazes de feri-lo e tira-lo de dentro de seu escudo. Trazendo-o para a briga.

O monge caminhara na direção deles. E Arthur, que fizera a frente novamente, o atacara. Parecia que ele havia aceitado vingar Valery, pela tortura que ele havia feito nela e pela morte que seus servos miseráveis causaram. Mesmo sem aparentemente sentir nada por ela, ele senti uma coisa: a vontade de fazer o certo, a justiça. Por mais que tal vontade fosse forte, mais uma vez sua lâmina não atinge seu trajeto, o pescoço do adversário. E acaba por ser segurada por vários braços em decomposição que surgiram de dentro dos mantos negros do monge.
     A mesma coisa acontecera várias e várias vezes em que eles atacavam ele. Até que, depois de cortar alguns braços e acertar alguns golpes, ele fora jogado contra a parede graças ao golpe desferido por Arthur. Gimb então, com o monge no ar ainda, dispara contra ele, para causar toda a dor que fosse possível no momento. Chocaram-se com o estrondoso som que ouviram do homem quebrando a parede e caindo no chão. Pedregulhos caíram sobre ele e por um instante houve silêncio e nada mais se ouviu.
     Arthur foi ajudar os outros enquanto Löw se aproximava lentamente. De repente uma mão surgira entre as pedras. Mas Löw continuara, mesmo com Arthur dizendo para ter cuidado. Mais alguns passos do pequenino e uma segunda mão aparecera. Arthur gritou para ele sair dali antes que algo acontecesse. E Löw, ao ver uma terceira mão surgir correu de volta para seus amigos. Certo estava Arthur, que salvara Löw de ser morto por pedregulhos que foram jogados pelos ao redores da criatura que ali se levantava.
     A criatura do cemitério, o sequestrador e assassino de mulheres, estava ali diante deles. Era uma terrível criatura de dois metros. Seu corpo era composto de vários outros corpos podres que o tornavam um golem de corpos mortos, de zumbis. Ainda havia o que ser feito. Ergueram-se novamente e continuaram a batalha.
     Depois que Arthur, ao observar o estranho simbolo do trono do monge, ter quebrado o lugar onde ele estava ele descobrira que aquilo mantinha parte dos corpos que formavam o golem. Assim, quando foi quebrado, fazendo alguns corpos caírem, revelando o interior da criatura. Lá dentro não havia corpos podres e sim frescos, vivos. Lá Genesys teve o infortúnio de encontrar Camih. Bastou que ele tira-se ela de lá para que seus amigos atacassem a criatura. Gimb com seus projéteis e Arthur com sua lâmina gélida, até mesmo Löw jogara seu escudo na criatura.
      Então, tendo seu interior atacado, em seu ponto de fraqueza que havia sido revelado com a remoção de Camih, a criatura se desfaz em meros corpos sem vida. E a batalha é ganha, depois de tanto esforço e algumas perdas. Mas ainda tinham o que fazer, precisavam voltar para a cidade, e se preparar para o dia que estava por vir: O Funeral de Leandro...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

- Finalmente, A Criatura! (Prévia) -

     Depois de sobreviver à gárgulas e esqueletos, fantasmas e seus servos ectoplasmáticos e muito mais que o cemitério jogara sobre eles, chegou o momento de dar de frente com o "autor" dos sequestros, o "pintor" das mortes, o "criador" da s criaturas que habitavam nas mulheres.

     Embora os boatos dissessem que fosse um homem, ou uma criatura, tudo indica que talvez seja mais do que isso. Tudo indica que mais uma vez aquilo que enfrentam, como em outros casos em que fantasmas apareceram para enfrentar nossos amigos, nada é o que parece... Cuidado, muito cuidado deve ser tomado por todos antes de adentrar onde os olhos não alcançam, ou talvez jamais venham a ver novamente.

O que é que se esconde nas trevas?

- A Volta ao Cemitério -

     Lá, na loja de Tafhar's Shield, Genesys ergue seus olhos para seus amigos ao redor dele. Observa-os cuidadosamente e então pergunta:
   - E quanto as garotas?
   - Elas estão aqui... - apontou Löw.
     A moça gélida, que antes estava nua, estava agora com a camisa de Arthur que havia emprestado a dele para ela não ficar sendo alvo de olhos indesejados. E a outra, que usava uma máscara de ferro ao redor da cabeça, parecia estar desmaiada. O ferreiro olhava atentamente para ela. Ele para e então explica:
   - Não poderei tirar a máscara...
   - Você não pode? Você?! - disse Gimb.
   - Não... há um encantamento ao redor da máscara que a fará ser quebrada se ela for banhada trinta e seis vezes na luz da lua cheia de trinta e seis dias diferentes. Não tenho como recriar tal luz...
   - Hum... entendo - disse Genesys, que depois volta seus olhos para a moça que ele havia salvado. - E você é?
Valery V. Vicerine II
     Ainda um tanto abatida, talvez pelos maltratos que sofrera na capela, ela estava olhando para o chão. Bastou que alguém chamasse sua atenção para que ela voltasse de onde quer que estivesse em seus pensamentos e virasse sua face para eles. Ela olhou para Genesys, com seus olhos castanhos avermelhados, e disse:
   - Você me diga primeiro...
   - Ora, não me reconhece? - disse Genesys, esperando que sua fama tivesse sido já espalhada por toda BlueStone.
   - Não...
   - Ahm? - aquilo atingira Genesys de uma forma estranha, mas não deu bola. Afinal, ele tinha consciência de que levaria anos até que TODOS o conhecessem. Então continuou - Bem... Sou Genesys, o Leão Vermelho!
   - Prazer... Sou Valery Vicerine
   - Belo nome - disse Albert.
     Todos então se apresentaram e disseram quem eram em poucas palavras. Foi quando chegou na hora dela contar um pouco sobre ela que tudo pareceu fora do normal.
   - Sou Valery, como eu havia dito. E sou uma controladora das trevas. Utilizo a sombra como minha aliada, assim como me foi ensinado em Dogmah...
   - Dogmah? - disseram todos.
   - Sim... A Cidade das Sombras?
   - Ah... nunca ouvimos falar... - disse Gimb e Arthur, olhando um para o outro.
   - Como nunca ouviram falar da cidade da noite? A cidade amaldiçoada pela doença da sede eterna?
   - Sede eterna? Você quer dizer vampiros? - perguntou Genesys, que temia estar certo no raciocínio que estava tendo.
   - Sim, eu sou...  eu sou de lá...
   - Vejo que ficou muito tempo presa. Pois Dogmah não existe mais...
   - O que?! - questionou Valery, assustada.
   - Sim, agora ela é conhecida como Amahdog, e é uma terra onde vampiros e outras criaturas vivem - explicou Genesys.
   - A cidade sucumbiu totalmente à maldição dos vampiros? - disse ela caindo ao chão devagar e se sentando. Com a mão na testa continuou - Não é possível... Onde... Onde estamos?
   - Estamos em BlueStone, o continente central que... - Genesys então é interrompido.
   - Central? O que houve com a Cidade Imperial?! E meu imperador Bartolos?!
   - A Cidade Imperial sucumbiu a muito tempo atrás. E Bartolos morrera, pela mão de bravos heróis que lutaram contra sua tirania - dizia Genesys.
   - Como...? - Valery aparentava ter sofrido um golpe fortíssimo, pois não conseguia nem ficar em pé graças as dúvidas.
   - Um instante, como pode você não saber de nada disso? Onde esteve? E... como pode estar viva todo esse tempo?! - perguntou Löw.
   - Ela é uma... - Genesys fora interrompido.
   - Vampira... - disse Valery.

Não passou muito tempo explicando sobre si mesmo, já que mostrou ser um tanto fechada quanto o seu passado que perdera graças a sua prisão. E, quanto os outros, Genesys discutira sobre a falta de um mago para ajuda-los. E é claro, um toque feminino.
     Depois de muito discutir eles decidiram acolhe-la, mas sobre duas condições: ela não poderia se alimentar de humanos, e Genesys deveria cuidar dela para que não fizesse nada de errado. Sobre estas condições Genesys virou sua face para ela e disse que ela deveria encontrar com eles na taverna onde estavam, e deu as coordenadas. Disse que ela deveria aproveitar que era noite para comer "alguma coisa" e então deveria voltar. Fazendo que sim, ela sai pela porta, devolvendo a camisa de Arthur, que pedira de volta.
     Voltaram até a taverna/estalagem de Jeremy, pegaram seis quartos e dormiram...

Na manhã seguinte Genesys acorda com o estomago roncando e com o desejo de banahr-se. Então decide descer para comer alguma coisa e perguntar onde ficava o lugar para se lavar. Lá embaixo Jeremy lhe dá as coordenadas para o local que ficava atrás do estabelecimento, quando é servido por Jeremy, percebe que Camih não estava trabalhando. Percebeu isso quando o copo de leite que pedira havia vindo sem canela e baunilha. Chamou Jeremy e perguntou para ele sobre o paredeiro de Camih.
Camih P. Claw 
     Jeremy então explica que ela não havia vindo trabalhar hoje, pois disse que estava doente. Instantes depois Gimb e os outros descem para comer alguma coisa. A taverna estava cheia, e Genesys estava guardando o ultimo lugar vago para eles. Pediram suas coisas e deleitaram-se. Löw, que estava com uma sede de anão pediu hidromel para beber. Claro que aquela bebida élfica desceu como água para o resistente anão.
     O Leão então avisa seus amigos que irá dar uma passadinha na casa de Camih e depois iria voltar para decidir o que iriam fazer. Levantou-se e saiu. Enquanto Genesys estava fora todos começaram a falar sobre sua ultima aventura no cemitério e o quanto odiariam ter de voltar lá. Arthur concordou completamente com o que estava sendo dito. Odiaria ter de colocar todos os seus amigos em risco com outra viagem perigosa. Sendo esta a mesma viagem que teria quase matado Genesys.

Chegando à casa de Camih Genesys bate na porta. Sem resposta ele mais uma vez bate. Um frio na espinha passou por ele naquele momento. Tentou abrir a porta e ficou assustado em ver que a porta estava aberta. Ao entrar viu que a casa estava vazia, havia apenas um sinal de vida naquele lugar: um prato de comida que havia sido servido, mas o estranho é que ele ainda estava ali. Ninguém havia tocado na comida.
     Foi até o quarto e viu a janela aberta. Seu medo se concretizou quando percebeu que havia sangue embaixo da cama. Sangue que formava um rastro que levava até o cemitério. "Maldição!" pensou Genesys, enfurecido por não ter matado a criatura, e preocupado em ter perdido a segunda kemono que encontrara na vida. Foi correndo até a taverna.
     Eles estavam terminando de conversar sobre aonde iriam...
   - Bem, voltaremos lá? - pergunto Gimb.
   - Acho que devemos esperar por Genesys - respondeu Arthur.
   - Verdade, Sr. Arthur - concordou Albert.
     ...quando de repente Genesys entra pela porta da taverna e se dirige até eles.
   - Camih foi pega pela criatura do cemitério, e precisamos ir atrás dela...
   - Pelo visto iremos para o cemitério - disse Arthur.
   - É... - concordaram os outros.
     Genesys subiu e foi acordar Valery, que havia voltado ontem a noite depois de sua caçada pelos animais. Quando bateu na porta, e viu ela com roupas largas, suspeitou e perguntou. Ela disse que eram de um homem que viu ela atacando um coelho e então colocou ele para dormir. Mas sem mata-lo, afirmou ela. Genesys, que confiava nas palavras dela, apenas a chamou para ir. A vampira vai descendo até que o lembra de que era dia e que não poderia caminhar por ai como uma humana qualquer. O leão então vai até o quarto dela e pega o baú.
     Lá embaixo ele compra o baú de Jeremy e, com Valary já dentro, avisa os outros do que fez e saíram pela porta. No caminho Genesys explicava o que encontrara na casa de Camih. Os outros foram ouvindo e confirmaram apenas o que já sabiam, era a criatura do cemitério. Mas o que não sabiam era o que iriam enfrentar desta vez.

Já lá dentro eles foram direto para a capela, onde lembravam ter antes visto vários corpos de mulheres mortas e presas ao redor da sala na torre. Mas, durante o caminho, esqueletos das florestas sepulcrais vieram para cima deles. Mesmo tendo eles sido pegos de surpresa, eles ainda estavam em maior numero. Os esqueletos dispararam uma saraivada de flechas contra eles, mas eles conseguiram resistir.
     Todos eles então se jogaram de soco contra eles, pois como não havia carne para ser cortada ou perfurada, eles tentaram quebrar os ossos. O que não foi difícil para as pedras da Tai-Tai de Gimb, que atravessa os crânios dos adversários, ou os punhos de Arthur e Genesys, que transformavam os esqueletos em montes de ossos. Valery também viera a ajuda-los. De dentro do baú ela lançou esferas de energia para ajuda-los na batalha.
     Assim que deram conta de todos eles seguiram em frente, a capela era logo ali. Quando chegaram na entrada se depararam com a entrada da capela fechada. Genesys tentara abrir, mas levara um choque. Decidiram arrombar e continuar em frente, mas Valery então cancelou a magia que mais tarde Albert veio a identificar. Com a porta sem choque eles foram capazes de seguir em frente. Lá dentro, entre os corredores sombrios da maldita capela, eles decidem subir até a torre. A longa escadaria os surpreendeu, pois parecia maior, mais cansativa, como se estivesse os puxando para baixo.
     Finalmente, a porta. Löw tentara abrir-la mas fora impedido pela fadinha de luz roxa que antes haviam encontrado ali. Seu nome, embora eles não soubessem, era Mimi. Ela chegou gritando com todos dizendo que de forma alguma aquela porta deveria ser aberta, "não depois do que vocês fizeram" dizia ela.
   - Como assim? - questionou Arthur.
   - Da ultima fez que estiveram aqui vocês acordaram as criaturas, e fizeram elas nascer prematuramente!
   - E o que há atrás desta porta?
   - Shhhh...  eles podem nos ouvir, estão acordando... - disse Mimi baixinho.
   - As criaturas? - perguntou Genesys.
   - Sim... - falou Mimi quase que inaudivelmente.
     Só que eles não contavam que Valery iria espirrar. Löw, que fora o único que percebera isso, tentara colocar o dedo embaixo do nariz dela, fazendo com que ela não espirrasse. Só tinha um problema, Löw era muito baixinho para alcançar o nariz dela. E no fim, ela espirrara, fazendo as criaturas perceberam a presença deles e tentarem arrombar a porta.
     Desceram na disparada. E, como antes, depararam-se com três opções, ir para a saída, ir para a sala sem saída a direita, ou descerem para onde enfrentaram Gregory. Diferentemente de antes, mas ainda sem fugirem, escolheram seguir pela direita. E lá esperaram as criaturas arrombarem a porta para enfrenta-las.
     Eram seis gárgulas estranhas de três cores diferentes. Haviam duas cinzas que eram de um material resistente, que ficavam se jogando na frente dos outros para defende-los; duas gárgulas azuis que ficavam lançando magias contra eles, fosse para destruí-los ou petrifica-los e haviam dois brancos, que tinham garras cinzas de aço que cortavam como navalhas.
     Tal batalha levara horas e horas, Valery demonstrara ser muito útil salvando várias vezes o pessoal de bolas de fogo e outros golpes mágicos dos adversários. Genesys e Arthur também lutaram incrivelmente, despedaçando as criaturas, levando-as à destruição. Não podemos esquecer de Löw, que defendera seus amigos sempre, raramente não podendo defender alguém. Gimb ficara disparando seus projéteis sempre que tinha a oportunidade. E Albert não deixava seus amigos na mão com sua cura mágica e seus pergaminhos.
     No fim de tudo, Genesys e Arthur derrubaram as gárgulas cinzas e uma branca, Valery destruíra as duas azuis com sua magia e Gimb desmanchara a ultima gárgula branca com um tiro de sua Tai-Tai. Fora uma batalha muito longa e perigosa, Genesys nem conseguira entender direito como elas conseguiram resistir tanto. Já era noite quando terminaram e precisavam sair antes que mais das criaturas viessem.
     Mimi, a fada que antes revelara ser escrava da criatura, teve de ficar lá na torre por mais uma noite. Saíram pela porta da frente e foram até o templo de Wynna, que Albert lembrara-os de terem deixado os recursos que haviam pego na floresta lá no santuário. Assim que ouviram isso todos foram até lá, a lua estava quase no seu auge, e os sons de criaturas ao redor do templo era perturbador.

Encurralados?
Protegidos?
Veremos...

- Arthur, Memórias de Ninguém -

A Profecia

     Em Wayland, nas terras nórdicas do poderoso Odin, fora criado um boato, uma lenda, entre as várias aldeias e povos que lá viviam...
     A lenda dizia que tempos de trevas estavam por vir, e que um clã entre os outros que lá existiam seria envolvido nesse mal, um mal que faria tal clã sucumbir em trevas antes de se espalhar pela Wayland inteira. Assim que o grande Odin caíssem nas cordas deste mau. 
     Só que muitas coisas mudaram conforme foram passando de boca em boca. Mas a verdadeira lenda é que nesse tempo tão difícil duas crianças nasceriam nesse clã que dispunham de muito poder e que se tornariam muito poderosos para enfrentar esse mal. De acordo com a lenda elas nasceriam no clã cuja aldeia arderia em chamas até a morte. Elas nasceriam com dons naturais: o primeiro com sentidos tão aguçados quanto os de um Dragão e o outro com tanta habilidade em batalha que colocaria medo em seus inimigos apenas olhando para eles.
     Por muito tempo essa lenda foi vista como apenas um mito. Mas após a destruição da Casa dos Vladmir em Helsterr, as pessoas de lá, talvez com medo ou talvez com fé, começaram a acreditar nesse "boato". Pois afinal, tinham que ter fé que essas crianças viriam mesmo. Outras não acreditavam nessa lenda, pois dizia ela que essas crianças nasceriam no clã que seria destruído. E, infelizmente pelo o que foi dito, todo clã havia sido varrido de Wayland. "Como crer em algo assim?" muitos pensaram. Mas logo viria o tempo em que não teria o que acreditar, mas sim ver.
     Quanto a profecia, ninguém sabe quem a fez e começou todo esse falatório. Alguns dizem que foi Nostradamuz, o cecromante capaz de ver o futuro; outros dizem que foi o próprio Sacerdote; outros dizem que foi apenas uma vidente comum. Mas na realidade ninguém sabe quem foi ao certo, quem previu esses acontecimentos. Só que isso não é o mais importante, o mais importante é que essas crianças venham logo e rápido...
        

Arthur               
Memórias de Ninguém

Arthur Vladmir
     Nascido em 25/12/3020, véspera de um terrível acontecimento que viria a marcar a historia de um renomado clã e de toda Wayland. Arthur, recém nascido, já enfrentava o fim do laço sanguíneo dos Vladmirs quando Loki, seguido de seu filho Fenrir e sua filha Hell, os atacaram visando varrer os Vladmirs de Wayland. Só que seu plano falhou ao deixar um garoto vivo; Mason. 
     Mason, após falhar em defender seus entes queridos, faz a única coisa que podia fazer naquele momento. Pegou seu pequeno irmãozinho e fugir para bem longe. Onde Loki não pudesse os encontrar, fazendo-o pensar que seu plano foi bem sucedido.
     Após a fuga Mason, com Arthur nos braços, se dirige à Nostradamus Island em um barco contrabandista, como clandestinos. Ao chegar em seu destino ele vaga pela cidade com seu irmão até que encontra uma casa  perto de uma floresta, longe da cidade. O casal, ao ver a criança nos braços de Mason, pergunta o que ele fazia com uma criança tão pequena ao redor de uma cidade tão perigosa. Mason explica tudo o que aconteceu com eles e como chegaram ali, dizendo que não tinham onde morar. O casal, estranhando a história porém comovidos com o que o garoto havia contado sobre sua família, os acolhe. 

Um dia após a chegada Mason diz que irá partir, explicara que se ficasse junto de seu irmão ele correria perigo, já que Loki descobriria mais cedo ou mais tarde que ainda havia um Vladmir vivo em algum ugar, e que viria atrás dele. E para evitar que fosse atrás de seu irmão, ele teria de chamar a atenção dele, para bem longe de Nostradamuz' Island. O casal tenta convencer Mason a ficar mas ele, convencido de seu destino, não aceita e fala as ultimas palavras a seu irmãozinho antes de partir :
   - Viva... Nós somos os que carregam a vontade dos Vladmirs, os dois últimos descendentes – diz Mason, olhando fixadamente para os olhos da pequena criança – eu carregarei sua dor e brandirei a nossa vingança, até que possa brandir sozinho o recomeço – disse Mason deixando cair uma lagrima. Ele dá as costas e sai pela porta sem olhar para trás.
     Com o passar dos anos Arthur cresceu forte e saudável dando jus ao poder sanguíneo dos Vladmir que corria em seu corpo. Com o tempo que passava, percebera algo estranho. Que sempre acontecia em seu aniversario. Nesta data sentia-se incomodando com alguma coisa. Seus “pais”, sabendo o motivo, não falavam nada já que Mason antes de ir embora os vez jurar que não contaria nada sobre seu passado.
     Desde muito cedo ele demonstrou interesse em lutar, se juntou ao um grupo de aventureiros locais que faziam serviço para a ilha. Em um dia nebuloso, Arthur já com seus dezoito anos, recebeu a noticia do estouro da guerra em Sheemer e de todos os acontecimentos que Wayland e seus povos estavam passando. Alguns meses depois recebeu a noticia que a Reborn havia sido destruída por Loki. Arthur não se conformava com isso, pois era um grande admirador dos feitos dos guerreiros que a compunham. 
     Margaret e  John, seus "pais", recebendo a mesma noticia e descobrindo que Mason havia morrido pelas mãos de Loki,começaram um plano para evitar que Loki descobrisse que ainda existia um Vladmir que ainda por cima era irmão de Mason. Foram  atrás da feiticeira que havia colocado uma maldição em Mason e pediram para que ela soltasse outra maldição em seu filho para apagar a memória dele. Assim ele não lembraria de nada, nem mesmo deles. 
Loki
     Para convencer ela, sabendo que ela era apaixonada por Mason, disseram que isso faria ele descansar em paz. Um pedido desses ela não podia negar. Com algumas palavras estranhas e algumas mexidas nas mãos e pés ela conjura a maldição no garoto. Depois de lançada a maldição ela avisa que só fará efeito em algumas horas ou dias.
     Esperando isso Margaret e John pedem para Arthur ir para Lhibann comprar algumas coisas. Arthur não sabendo de nada obedece e vai para la. Dias de viagens de navio, tudo ao seu redor parecia um palco de fantoches sem sentido, não sabia explicar. Tinha esse sentimento de que algo iria acontecer com ele. Não ele como pessoa, mas algo com sua identidade, como se fosse morrer. Não gostava do que sentia, mas seguiu em frente. 
     Ao chegar em Lhibann começa se sentir mal, meio tonto entra em uma taverna e se senta numa mesa e desmaia...
     
     Ao abrir seus olhos, de nada sabia, apenas deparou-se com várias pessoas ao seu redor. Pessoas que buscavam ajuda para velejar em um novo horizonte...  


Escrito por Adriano Fraga Jr. (Arthur Vladmir), adaptado por Gabriel R. de Oliveira (Tyrannuz).