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3169E6, Era de Sombrata. Dia 18 de Fevereiro.

domingo, 24 de julho de 2011

- Dê tempo, e será Recompensado -


     Caros aventureiros, bardos e leitores, em nome de todos os guerreiros de Wayland eu vos peço o seguinte: tempo. Vos peço tempo, pois é só o que nos falta para a glória. Nossos heróis estão em uma parte crucial desta parte da campanha, e já que eles - em nossa galáxia - estão de férias, temos muito tempo livre para salvar o que pode ser perdido durante a campanha. "Per questo motivo" que não estarei postando nada além do próximo episódio durante esta semana, a ultima semana de nossas férias. 
     Peço a paciência de vos todos, aventureiros,bardos e leitores, para que esperem uma semana. E desde já eu já vos digo que esta espera não será em vão, pois na semana que vem, ao em vez de três escrituras (posts) sobre partes de uma aventura, vos todos terão três aventuras completas para ler e deleitar-se. Espero a compreensão de todos, e lhes desejo uma ótima semana                                                  Atenciosamente,                                                                                     - O Sacerdote -

quinta-feira, 21 de julho de 2011

- Um sombra do Passado; Prévia -

     Durante a viagem de ida ao deserto, um corvo apareceu. Através de magia negra ele invoca uma Criatura de Sangue Negra. Apenas uma pessoa podia invocar tais criaturas.Um caixa estranha aparace em Sheemer. Dentro dela um ser que os Deuses dizem ser mais antigo que Odhrum. Ou seja, mais velho que o próprio Sacerdote. Shadowlings protegiam esta caixa, e apenas um homem podia controlar estas criaturas, da ultima vez que o viram.
     Se for mesmo ele, por que ele está atacando Sheemer? Por que ele está ajudando os exércitos de Darzull? E o que será que ele quer desta vez?

Previsão Nostradâmica: Cuidado! Cuidado, guerreiros do renascimento! 
"Nem tudo é o que parece. A hora da salvação não é agora! E se baixarem a guarda, poderá ser o fim. A batalha não acabou..."

- Cinco Minutos para um Milagre; Part II e III -

     Com a chegada dos Deuses, e a morte do maldito palhaço Léff, Suzaku vai atrás de Deexie, a bela assistente de Léff. No mesmo instante que Suzaku se dirigira ao buraco que havia aberto quando jogou a moça, Natsu o seguiu. Ele estava precisando de um pouco de ação, e vingança. Ao olhar lá para baixo do buraco, Suzaku percebeu que ela ainda estava viva. Não só viva como nua, já que quando Suzaku estava a olhar lá para baixo ele reparou que a roupa dela estava presa em um pedaço de madeira do teto. Deveria ter ficado preso quando ele a jogou.
     Suzaku para de observar quando é surpreendido por Natsu.
   - O que esta olhando, Suzaku?
   - Nada - diz Suzaku colocando-se na frente dele, tapando sua visão do buraco lá embaixo
   - Tem certeza? E a mulher? - diz Natsu tentando olhar lá para baixo
     Abrindo suas asas, Suzaku mais uma fez impede que Natsu olhe lá para baixo. Então ele se joga lá em baixo em busca da garota. Natsu, ignorando completamente o fato de Suzaku o estar o irritando, se joga também. Natsu localiza a roupa dela na madeira, ele a pega e a cheira profundamente.
   - Hum... Agora poderei rastreá-la... - disse Natsu com um leve sorriso no canto da boca
     Ao colocar a atenção ao local, Suzaku se vê em frente a três portas de madeira no que parecia ser o quarto do capitão. A da esquerda tinha o sinal de um banheiro, a central não possuia nada e a da lateral direita tinha uma placa de arsenal/estoque. Natsu dá uma cafungada no ar:
   - Sinto o cheiro dela no banheiro, e vindo da porta no meio...
   - Certo... - Suzaku pega sua espada
     Ele joga sua espada na direção do banheiro e corre em direção da porta do meio. A espada atravessa a porta, eles escutam um grito. Suzaku abre a porta central, e vê apenas um corredor sem ninguém. Natsu abre a porta apenas para descobrir que havia uma mulher nua presa a parede. E que agora estava morta.
   - Ha... você pegou ela com as calças nas mãos... - diz Natsu contendo uma risadinha
   - Haha... bem, eu estava precisando matar alguém mesmo
   - Ei ei ei! Não esta esquecendo de alguma coisa?
   - O que? - diz Suzaku, que já estava em disparada para o corredor
   - Sua espada?
   - ... - não dizendo nada, apenas passa por Natsu e pega sua espada
   - Alias obrigado, poder mata-la... Poderei fazer uma boquinha... - diz Natsu avançando no peito esquerdo da mulher morta
     Ignorando o habito nojento de Natsu, e contendo o estresse de ver que mesmo depois do feitiço de Ivellios ele ainda continuava comendo pessoas, ele simplesmente continua seu caminho atrás da assistente do piadista morto. Natsu , depois de deliciar-se com o "peito", vai atrás de Suzaku.
     Andaram pelo corredor por alguns instantes até que Natsu viu um gigantesco buraco na ponta do Shipair, perto das portas que haviam sido abertas quando Din atirou no timão.
   - Não era aqui onde você estava, Suzaku?
   - Sim...
   - Foi você que abriu aquele buraco?
   - Sim...
   - E, como você fez isso?
   - ... Vamos continuar procurando a garota
     Fugindo dos comentários desnecessários de Natsu, Suzaku chega perto da única coisa que havia naquela sala, cinco barris. Suzaku estica os braços para cima, e segura sua espada firmemente, ele estava se re. Mas quando vai atacar Natsu o impede com um grito de raiva.
   - O que foi desta vez? - Suzaku estava irritado
   - Abra antes de atacar, pode haver algo perigoso dentro deles...
     Ele abre, e encontra pólvora.
   - Há! Esqueceu que somos demônios amigo? Fogo não é nada para nós...
     Então Natsu abre outro barril e encontra sementes. Abrindo o próximo ele encontra tecidos. Mas, ao chegar no terceiro, ele encontra explosivos mágicos.
   - Viu... não somos imunes a magia...
   - ... - Suzaku enfia sua espada na pólvora, e escuta um grunhido agudo
   - O que foi... isso?
     Suzaku continua fincando sua espada até que para de ouvir o barulho. Quando põe a mão lá embaixo tira um pequeno robô, todo destroçado. Jogou para fora do Shipair e continuou sua busca. No quarto barril Suzaku dá um soco e sente que agarrara cabelo. Só que quando ele puxa ele encontra um esqueleto de uma mulher. Natsu se aproxima e começa a brincar com o esqueleto, fazendo-o falar movimentando a mandibula.
   - Você não acha isso engraçado, Suzaku?
   - Não! - diz ele quebrando o crânio do esqueleto com a mão que estava segurando-o
   - Sem graça...
   - Shhhh... só sobrou um barril...
   - Ela deve estar provavelmente nos escutando, então se prepare...
     Natsu se depara com o ultimo barril que, ao chegar perto, cai no chão e começa a rolar. Natsu tenta colocar o pé, mas não consegue. Suzaku tenta agarrar, mas cai no chão. O barril agora estava caindo, pois caíra do buraco no Shipair. Abrindo suas asas Suzaku se joga para agarra-la, mas Natsu ao ver que ela sai de dentro do barril, se joga também.
     Ela é pega por Suzaku de primeira, ele finalmente tinha colocado as mãos naquela mulher.
   - Suzaku! - Natsu acaba passando por eles
   - Não...- diz Suzaku com uma tremenda desanimação. Ele pega Natsu, que estava do lado da moça nua.
   - Boa pegada, Suzaku! - diz Natsu com um sorriso. Suzaku estava fuzilando-o com um olhar furioso, mas então ele diz - Eu estava falando da mulher...
   - Chega, vou te jogar lá de cima!
   - O que?!
   - Tem razão, não é alto suficiente para você morrer. Só vou subir mais um pouco e...
   - Suzaku!
   - Ha... você não é o único com senso de humor por aqui. Bem, vamos voltar para o convés
   
Ao chegar lá, a moça - que não dissera uma palavra - tenta disparar um beijo sedutor magico em Natsu. Mas ele acaba resistindo.
   - Sua... - ele então dá um tapa nela
     Levanta sua espada, Suzaku tenta terminar isto de uma vez por todas, mas ela acaba por enfeitiça-lo com o beijo mágico. Pegando sua adaga, Natsu a esfaqueia no pescoço:
   - Yaaah!
   - ... - ela se afasta, e com a voz quase desfazendo-se, ela pronuncia - Mate-o!
   - Ah... então você fala! Pera ai... - ao virar a cara, Natsu se depara com Suzaku que estava vindo em sua direção para ataca-lo.
     Ele corre dele, em direção da mulher que estava tentando apertar mais um botão misterioso no Shipair de Léff. Natsu chega a tempo de mata-la com seu anel mágico que encontrara na mão de Shin. Quando olha para trás, depois que ela dera seu ultimo suspiro, ele encontra Suzaku apontando sua espada para a cabeça dele.
   - Natsu, por que estou fazendo isso? - diz Suzaku calmamente
   - Ela o enfeitiçou!
   - Ahm...
   - Ela apertou um botão que...
     O botão que Deexie apertara antes de morrer havia quebrado o selo mágico que mantinha o Shipair de Léff nos ares. E, como ele não possuia motores ou sequer velas, Natsu disse:
   - Droga! - ele começa a cair novamente
     Só que desta vez Suzaku ficou parado no ar voando e observando sua queda.
   - Suza... - antes que pudesse terminar seu pedido de ajuda, repara que havia dois braços ao redor de seu corpo, e que não estava caindo
   - Nossa!
   - Líra? Obrigado...
   - Como você é pessado!
   - Me leve para o convés...
   - Se eu não morrer no caminho! Ah!
     Líra, com suas pequenas asas vermelhas, é capaz de levar Natsu de volta para o convés do Shipair da Reborn. Mason, que estava ali com o pessoal no convés, chega perto de Thoth para ver como ele estava matando os adversários no campo de batalha abaixo deles.
     Mason ficou atrás dele e pode ver que ele estava jogando vespas, escaravelhos e outras pragas através de sua boca e os guiando pelo deserto. Ele ficou um tanto enojado:
   - Você... é nojento...
     Ele vira para trás, e olha para ele. Seus olhos brilham e ele diz:
   - Shmor ek... - seus olhos brilham mais e então dá as costas para Mason e continua com suas conjurações de insetos.
     Mason, ao ver que eles haviam chegado, chega mais perto deles. Eles todos então começam a discutir sobre os itens que haviam conseguido. Will e Ivellios se separa deles e chega perto de Thyatis, que estava controlando hordas de criaturas de luz lá embaixo, e diz:
   - Poderia limpar o caminho para nós? - diz ele colocando a mão no ombro da Deusa. Ela então tira a mão dele, seus olhos brilham por um instante.
   - É, nós queríamos pegar uma caixa que nosso inimigo trouxe para a batalha...Não teria como a senhora nos trazer ela? - concorda Ivellios
   - Certo...
     Thyatis localiza a caixa e tenta traze-la abordo com a mente. Demora, e durante o processo ela revela estar sentindo dor de cabeça. Mas ela consegue, e entrega para eles.
   - Mais uma coisa... - diz Will - O que há dentro desta caixa?
     Ela coloca a mão em cima da caixa, e fecha os olhos:
   - Sinto ira - Natsu então olha para ela - Sinto que aqui dentro há um ser, mais velho que a própria Odhrum. E que possui um poder negro, e colossal...
   - Como podemos impedir que esta caixa seja aberta?
   - Jamais saia de perto de seus amigos, e esta caixa jamais abrirá...
   - O QUE?!
   - Proteja esta caixa...
   - Ah não...
   - ... você esta incumbido de faze-lo, Will...
     Will leva a caixa junto com Ivellios, seus amigos então decidem ir até a cantina e separar as coisas que encontraram para o grupo, em quanto os Deuses seguram os adversários.
     O ranger, depois de voltar para o aeroplano, foi checar sua amada Elézis. Ela estava em seu quarto, deitada. Esta com uma cara de abatida.
   - O que foi, querida?
   - Nada é que... - ela fez uma pausa profunda. - Não consigo acreditar que Órion tenha nos traído, depois de tanto tempo no orfanato, eu pensei que...
   - Shhh... Calma. Esta tudo bem agora. - ele dá um beijo na testa dela. - Não fique assim, ta?
   - Uhum...
   - Eu vou lá na cantina, mas depois eu estarei esperando por você no convés. Tudo bem...
   - Certo - ela então o beija, e ele se retira para a cantina.
     Ao chegar lá sentou-se com os outros. Natsu solta um olhar fulminante contra Zetos e diz que queria conversar com ele a sós. Com a cabeça baixa, ele volta para a cozinha. Mesmo estando ali pela primeira vez, Líra logo pega duas mesas e as põe juntas.
   - Vamos colocar nossos itens aqui, e ver o que conseguimos...
     Tomos então fazem que sim e começam a dividir seus itens. Suzaku lembra que havia várias coisas no arsenal, ele chama Zetos e pergunta o que havia ali. Então Natsu o manda pegar. Líra, para poupar o pobre Zetos, disse que pegava. Mas, já que era nova no Shipair, alguém precisaria mostrar o caminho. Mason então decide ajudar.
     Assim que voltam eles despejam três sacos, um baú e duas caixas ali em cima da mesa. Eram várias coisas, mas todos conseguiram alguma coisa útil para si. No fim de tudo, decidiram guardar algumas coisas no cofre do arsenal, que Zetos afirmara existir. Natsu ficou muito irritado, sendo que Líra, Ivellios e Mason eram um tanto novos na Reborn. Mas Melissa chega trazendo algumas poções para que eles pudessem repartir entre eles, e defende Zetos dizendo que ele era um bom amigo, faxineiro, carpinteiro, ferreiro, cozinheiro e muito mais. Ele apenas voltou para a cozinha, e eles continuaram separando os itens.
     No fim de tudo, Natsu vai até a cozinha. Zetos parecia meio triste.
   - Zetos!
   - S... sim, senhor Natsu?
   - Quero que... você faça um banheiro para meu quarto...
   - Só? Digo... é pra já!
   - Muito bem, apareça mais tarde em meu quarto
   - Certo, senhor Natsu!

Zetos então leva a comida para eles. Estava meio difícil de conversar com todo o som da batalha, mas mesmo assim conseguiram conversar bastante. Din falou um pouco de sua viajem antes de voltar para a Reborn, Natsu pode conversar um pouco com Líra e agradece-la pelos encantamentos. Mason aproveitou que Ivellios estava ao seu lado e disse:
   - Você curou o canibalismo de Natsu, não?
   - Sim, sim. - Suzaku riu baixinho assim que Ivellios disse isso - por que?
   - Acha que pode curar minha maldição?
   - Maldição? Que maldição?
     Mason então explica um pouco de seu passado para Ivellios. Din e Will, que estavam comendo quietos ali puderam ouvir parte. Assim que a explicação acabara, ele pediu novamente. Ivellios então disse que iria tentar. Ele se levanta, bufando e com os olhos e boca liberando luz branca e fumaça. Assim que colocou as mãos na cabeça de Mason, uma áurea negra saiu da boca de Mason e, assim como com Natsu, ela entrara na boca de Ivellios.
   - Obri... gado, Ivellios... - disse Mason um tanto impressionado com os efeitos da poderosa magia que Ivellios conjurara para destruir sua maldição.
   - Sempre que precisar, amigo
     Mason então deita na mesa. Natsu começa a irrita-lo.
    "É como se eu me livra-se de uma maldição e conseguisse uma nova" - pensa Mason. Natsu para, e começa a elogiar Líra pela batalha. Por mais que ela ainda não tivesse acabado. 

Em quanto os heróis terminavam de saborear os deliciosos pratos de Zetos, Suzaku decidiu visitar Melissa e seu filho. Levantou sem dizer uma palavra e foi até o laboratório. Quando abriu a porta, encontrou Melissa observando a criança dormindo em seu berço. A ideia de que seu filho estaria dormindo ao em um laboratório alquímico não parecia o preocupar. Se aproximou de Melissa:
   - Como ele está? Ele está dormindo?
   - Sim, a presença dos Deuses no campo de batalha fez todo aquele escândalo parar. E assim que acabou, caiu no sono. Ele parece um anjo...
   - Haha... - "Anjo?", pensou Suzaku - Melissa, você teria algumas poções que eu poderia pegar para mim?
   - Claro, claro... há uma caixa de poções ali do lado, só pegar...
     Suzaku pega algumas, então Natsu aparece para pegar algumas também. Mason, que ainda estava na cantina junto a Ivellios, Líra e Din, decide ir até o quarto de Kinn, no caminho ele encontra-se com Will. Perguntou o que queria, e Will disse que ele ia ver a Melissa mais tarde, que só iria esperar por Elézis. Mason faz que sim e passa por ele, dizendo que ia ver umas coisas por ai. 
     Mason estava na frente da porta de Kinn, aquela com uma cruz pagã dourada na porta. Simplesmente abriu a porta e foi checar a garota que havia salvado em Craauth. Ela ainda estava doente, e Mason estava preocupado com ela. Agora que Kinn não estava mais com eles, quem iria cuidar dela? 
     Quando entrou, ela ainda estava lá, do mesmo jeito. Viu a bolça de Kinn caída por cima de sua cama, e pegou para si. Mais tarde ele viria a visitar Melissa para ver o que era aquilo.
   - Hey...
   - ... - a moça permaneceu em silêncio
   - Hey! Acorde
   - ... 
     Mason então começa a cutucar a cabeça dela. Ele então escuta a voz dela em sua mente:
   - Pare de me irritar, e deixe-me descansar. O que você quer?
   - Se você tivesse me respondido, eu não teria de cutucado... - disse Mason com um sorriso maroto no rosto.
   - O que você quer, Mason? - a voz dela ecoava na sua mente, como em todas as vezes.
   - Ouvi dizer que Kinn morreu. Não sei quem poderá cuidar de você agora...
   - Essa é minha ultima preocupação. Seu novo amigo poderia tentar me cuidar... Ivellios
   - Verdade... Mas, como assim ultima preocupação?
   - Estou exausta, estive lutando contra um demônio muito forte. Ele esta aqui no aeroplano...
   - Natsu?
   - Não... Há quatro demônios neste aeroplano, e um deles quer destruir vocês, não poderei segurar por muito tempo...
   - Quatro? - "espera um instante, temos Natsu, Suzaku, seu filho... há mais um? Bem, talvez eu deveria chamar Ivellios agora para ajuda-la" Espere um instante...
     Mason então chama Ivellios e o leva até lá. Seus olhos ficam brancos, e assim como sua boca eles começam a liberar uma fumaça branca, como em todas as vezes que conjura este feitiço. Ele chega perto da moça e coloca suas mãos perto dela. Só que tudo deu errado, quando tentou cura-la ele acabou por levar o que parecia ser um golpe na cabeça, e caiu em cima dela, desmaiado.
   - Grande ajuda, pensei que ele fosse mais forte...
   - Verdade... Ai ai Ivellios - Mason então tira Ivellios de cima da moça e coloca-o no chão. E vai até Melissa, despedindo-se da mulher da qual nunca perguntou o nome.

Mason então passa por Will novamente, ele disse que estava esperando Elézis ali no convés, e que depois iria encontra-lo no laboratório de Melissa. Mason foi até lá, e mostra a bolça:
   - Melissa, eu gostaria de saber o que é isso?
   - É um bolça, bobinho... - diz Melissa com um leve sorriso
   - Ah... obrigado - Mason se retira, mas depois volta. - Sério, o que é isso dentro da bolça de Kinn...
   - De Kinn? - disse Natsu - Você entrou no quarto dele e pegou as coisas dele?
   - Ele morreu, não vai precisar mais delas
   - Ele era o Kinn
   - E dai? Ele era mais importante que nós?
   - Ele era de outro plano...
   - Você e Suzaku são de outro plano...
   - Chega! - disse Suzaku
   - Calma, calma. Vão acordar a criança. Deixe-me ver isso, Mason - diz Melissa pegando a boça e vendo o que tinha dentro.
     Ela pega uma poção azul, abre e cheira. Sua face ficou fechada, como se tivesse chupado um limão.
   - Nossa... Nossa! - ela tampa a poção e coloca com cuidado junto a outros três livros que encontrara antes em cima de uma mesa. - Esta é a poção de energia mais concentrada que eu já vi...
   - Hum... Acha que conseguiria reproduzir ela?
   - Não sei, eu teria de estuda-la... Deixe-me ver o que mais há aqui... - ela então pega uma poção verde. Faz o mesmo, e cheira profundamente. Quase vomitou, começou a tossir. Afastando o recipiente e colocando a rolha novamente. - Isto é um energético fortificante...
   - Dê para o filho de Suzaku - disse Natsu
     Todos então olharam para ele com uma cara de susto. Todos começaram a dar milhares de motivos para não fazer isso, pois poderia acabar com ele. Para provar a força, Melissa pega uma planta e, com um conta gotas, coloca uma gota do fortificante na planta. Inicialmente nada havia acontecido, mas um segundo depois a planta é desintegrada, e se esvai com uma brisa leve.
   - Meu filho não vai beber isso!
   - Nossa... - disse Natsu impressionado com as poções de Kinn. "Isso devia ser o suco matinal dele, haha..."
     Will então aparece junto a Elézis, Melissa entrega umas poções a pedido dele. Will pega e então diz:
   - Eu estou aqui para colocar as cartas na mesa, de uma coisa que eu deveria ter feito a muito tempo atrás, Melissa.
   - Como assim?
   - Em Obyus, você quase me fez matar Natsu. E negou uma poção para ele, jogando-a no chão.
   - Ele queria matar meu marido, ele sempre o insultava. - ela se aproxima de Suzaku, e o abraça - Só tentei faze-lo prometer que nunca mais faria nada contra ele, e o protegeria de qualquer coisa. E ele negou, então quebrei a poção!
   - Ele quase morreu, por sua culpa!
   - Era ele ou Suzaku, eu não...
   - Por sua culpa! Como pode negar uma poção? Como... você quase fez com que eu o matasse!
   - Suzaku não o matou quando pode, eu só ia...
   - Saia de perto dele! Pare de fazer a mente dele!
   - Eu sou a esposa dele, só quero o melhor para ele. Diferente de Natsu...
     Natsu então chega perto de Natsu e sussurra umas coisa para ele. Mason, com sua ótima audição, cochichou para Suzaku.
   - Ele disse que Melissa havia dormido com ele algum tempo antes de aparecer grávida de você...
     Suzaku faz uma cara, como se lembra-se de algo. Mas, não ficou bravo, pois ele sabia disso. E lembrara de que havia feito ela prometer que não iria fazer nada disso de novo. Ele fica pensativo.
   - Nossa, como as coisas giram...
   - Cale a boca, Natsu!
   - Cale a boca você! - disse Will
   - Calma Will... - disse Natsu. - Melissa, não tenho ressentimentos daqueles dias... Você me deu poções, me deu uma calça nova. E eu agradeço por isso...
   - De nada, Natsu. Mas saiba que eu não darei nenhuma poção para você. Posso até costurar, mas o dia que nós jogávamos cartas juntos acabou. Se quiser uma poção, pegue com seus amigos. Mas não venha pedir para mim...
   - Você não pode...! - Will é interrompido por Suzaku
   - Natsu... vi você bebendo uma poção lá atrás, na batalha...
   - Sim, e ai?
   - Foi uma poção que ela te negou, acredito que vocês estão quites. Você não vai mais tomar poções dela...
   - Tudo bem... 
     Will e Elézis se retiram. Elézis, com a distancia de todas diz para seu amado que adorava o fato de não terem briguinhas entre eles, e voltam para o quarto. Natsu e Mason vão para o convés. Suzaku olha para Melissa, fala uma cosia baixinho, e vai para o convés.
     Em quanto eles discutiam, e tentavam fazer Suzaku falar ou dizer o que estava pensando. Will aparece, depois de deixar Elézis no quarto. Eles começam a conversar até que vêem o bibliotecário abrindo a porta da biblioteca e caindo com um livro vermelho na mão, ele estava marcando uma página com o dedo.
     Natsu o pega rapidamente, e diz para ele ficar quieto que tudo ia ficar bem. O livro estava ali, percebeu Will, então pega na página aberta e começa a ler. Natsu deita o velho, que estava com um buraco no coração. Will começa a ler:
   - "Baatezus, também chamados de diabos, são uma raça de extreplanares que representa o mau pérfido, que domina, corrompe e destrói tudo o que é bom, através de planos intrincados e inteligência maligna. Ocasionalmente vem para Wayland para causar mau e corrupção"
   - Isso não me parece bom - disse Mason
     Natsu estava de costas para a porta de biblioteca, apenas escuridão vinha de lá. Will fecha o livro e eles começam a conversar. Mason então percebe algo se mexendo ali atrás, na escuridão da biblioteca.
   - Por que esta pegando sua espada, Mason?
   - Natsu, olhe para trás! - diz Will
   - Por que eu olharia para trás? - ao dizer isso Natsu se vira apenas para ver um demônio de sua estatua o acertas com seu punho na cara. 
     Ele cai em cima do velho. 
   - Parece que teremos que cuidar de mais um demônio! Suzaku, venha!
     Suzaku então se levanta do convés, e ataca o diabo em silêncio dez vezes. Mason depois o ataca. Então Will joga dez flechas nele. Ele defende a maioria dos ataques e manda todas as flechas de Will de volta para ele com suas mãos nuas. 



Será que esse era o quarto demônio?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

- Cinco Minutos para um Milagre; Part I -

     Em quanto nossos heróis enfrentavam Léff, o Trunfo, Will defendia o Shipair dos exércitos das trevas que estava com cinco catapultas apontadas para o Shipair da Reborn. Por mais que Ponnie tentasse tirar o aeroplano da mira das catapultas, ela não conseguia, eles eram muito rápidos. Will  mira contra os operadores e dispara duas flechas em cada operador. Todas elas foram flechas certeiras, mas uma cas catapultas acabou por disparar com sucesso três esqueletos contra o Shipair.
     Estes três monstros esqueléticos rolam pelo convés e se põem em pé e apostos contra Melissa que estava saindo do laboratório. Will se joga na frente para defende-la.
   - Volte para dentro!
     Eles correm na direção de Will e o atacam todos ao mesmo tempo. Will, com sua grande velocidade e habilidade, consegue desviar de todos os golpes sem ser sequer tocado pelas lâminas adversárias. Ele pega suas flechas e dispara uma flecha no crânio de cada um, os destruindo. Então Will volta sua atenção para a barcaça do adversário e vê seus amigos enfrentando um homem nu usando apenas uma ceroula e um chapéu de bobo da corte. Ele usava uma adaga, e nada mais. Ponnie estava dando meia volta, ele grita:
   - Vá até aquele Shipair! Fique próxima o suficiente para que eu possa pular!
   - Okay - diz Ponnie virando o timão completamente para estibordo

Natsu, Líra, Mason, Ivellios, Suzaku e Din encontravam-se ainda em nesta estúpida disputa com um palhaço nu que não parecia terminar nunca. Natsu  lembra-se de seus óculos especiais que havia ganhado de Saalim. Assim que os vestiu, viu um brilho estranho no timão do Shipair em que estavam, ele vira para o elfo negro e diz:
   - Din! Assim que tiver a oportunidade, dispare seu rifle contra a madeira do timão! Há uma coisa lá.
   - Tudo bem... - disse Din preparando seu rifle
     Mason se joga contra Léff novamente. Mas assim como nas outras vezes ele desviara de todos os seus golpes iniciais, e levando apenas o ultimo.
    "Mesmo depois de Suzaku ter desintegrado suas roupas e relíquias mágicas, ele ainda é capaz de fazer isso..."  - Pensou Mason preocupado. Ivellios cura Suzaku, que estava muito ferido. Suzaku então se joga para o alto e plana por uns instantes. Léff não havia tirado os olhos dele.
    "Ataca-lo novamente de surpresa não será possível." - pensou Suzaku a alguns instantes antes de fazer uma investida contra o chão do convés, fazendo-o parar dentro de um lugar estranho que estava infestado com um gás estranho. Ele se sentia abatido, parecia que aquele gás estava queimando seus pulmões de dentro para fora. Mas resistiu.
   - Sinto cheiro de... gás venenoso - identificou Natsu
     Suzaku corre em direção a uma parede em sua frente. Ele vai com tanta força que escuta um barulho estranho, ele então se joga novamente contra a parede com mais força. Não conseguira abrir um buraco, mas sentiu que estava caindo. Todos ouviram um estrondo no Shipair de Léff. E em alguns instantes ouviram uma grande explosão.
     Léff havia escondido uma bomba de gás venenoso no Shipair, e Suzaku havia entrado nela e de dentro dela se jogou no chão da cidade. Ele havia conseguido sobreviver e voltara para o Shipair voando com dificuldades. Ao pisar no Shipair Natsu gritou com ele:
   - Não chegue tão perto! Pode ser um veneno contagioso... - Natsu cheirava veneno nele
     Ivellios percebeu que ele estava muito pálido e abatido e precisaria de cura logo. Din, aproveitando que Léff estava rindo do estado de Suzaku, dispara cinco tiros na madeira do timão. Assim que a maioria das balas acertara a madeira, ele ouvira um barulho de algo grande se movendo abaixo deles. Ao olharem para o buraco que Suzaku havia feito, perceberam que uma grande porta havia aberto onde a bomba estava.
    "Se não fosse eu, teria sido ele..." - pensou Suzaku com um tremendo ódio da ardilosidade de Léff. O palhaço então, vendo que não precisaria mais acionar o botão decide utilizar de seu tempo para acabar com eles. Decidindo atacar Natsu com quinze facas que ele fizera aparecer a partir do nada. Todos ficaram surpresos a ver que ele, mesmo sem roupas, fora capaz de tirar tantas facas do nada. Natsu, ignorando o ilusionismo do bobo da corte sem graça, tenta salvar-se desviando as facas de si. Mas não consegue, assim que a primeira o acerta, todas as outras passaram por sua defesa o acertando no peito. Caindo no chão afrente de todos os seus amigos. Trazendo ainda uma força dentro de si ele tenta erguer o braço e diz:
   - Acabem com o bastardo...
     Pegando sua espada, Mason corre até ele para tentar desferir algum golpe novamente. Mas o maldito palhaço pega sua assistente e a usa de escudo. Assim que Mason viu aquilo ele se joga para o lado contrário. Ele não poderia atacá-la, era contra seus princípios e sua maldição, ou talvez apenas sua maldição. Difícil dizer. Mason bebe uma poção de cura e volta para perto de seus colegas. Ivellios então observa o estado de Léff, utilizando de seus conhecimentos de medicina. Ele pode dizer que ele ainda estava bem. Ignorando o fato de que ele poderia, ou não, durar muito mais na luta ele corre um pouco e cura Natsu, que se levanta rápido o suficiente para ver o grande ato de Suzaku. Assim que Ivellios saiu da frente de Suzaku para curar Natsu, Suzaku saltou com todas as suas forças em Léff. Como ele estava segurando sua assistente como um escudo, Suzaku aproveitou este momento para prender os dois contra seus poderosos músculos. Suzaku então abre bem suas assas e os fecha em uma espécie de casulo.
     Léff e sua assistente, Deeixe, sem poder se movimentar, ficam praguejando Suzaku presos ali com xingamentos e frases estranhas. Suzaku não via problema em apertar os braços mais um pouquinho, já que era a belíssima assistente que estava sendo pressionada contra seu peito.

     No mesmo instante que Suzaku fecha seu casulo, o Shipair da Reborn para ao lado do Shipair em que eles se encontravam. Will pula para lá e se direciona para trás de Suzaku.
   - Tudo sobre controle ai?
   - Sim... - disse Suzaku "pressionando" seus braços mais um pouquinho.
     Suzaku então, utilizando um dos antigos anéis de Orochi, queimou a si e a eles com fogo mágico. Como era um demônio, não iria se ferir com tal elemento. Um choro comoça a ser ouvir, Deexie começou a agonizar. Mason, ao ouvir aquilo teve de se conter com todas as suas forças. Mas conseguiu, depois de minutos de pânico. " Maldita maldição..." - pensou Mason. Will , sem perceber a luta interior de Mason, perambula ao redor do casulo procurando o método de atacar Léff. Mas logo desiste, as asas de Suzaku eram grandes e fortes. Realmente não havia como atravessar o casulo. Suzaku fechara seus olhos, para que ela não tentasse mais nada, e continuou com a tortura com o fogo.
     E, sabendo que não a dupla não poderia se mexer, eles aproveitaram o momento para se preparar para continuar a batalha. Ivellios acordou Líra, que havia sido posta em estado de nocaute graças aos ataques do palhaço. Ela então abençoa Suzaku, tornando-o mais resistente. E os outros se colocaram a postos, recarregaram suas armas e prepararam suas estratégias. Suzaku sente que havia bastante espaço em seu casulo. Ao olhar para dentro, já que havia fechado os olhos para não cair nos encantos da assistente, ele percebe que Léff havia desaparecido.
     Natsu e Din então logo percebem que Léff havia se teleportado para cima do mastro. E agora estava dentro do que parecia ser uma esfera de energia. Ele levanta os braços e através de magia trás quatro canhões do andar de baixo de sua barcaça flutuante para o convés. Elas começam a flutuar e disparar em nossos heróis. Will se joga na frente de Suzaku e o salva de tomar uma bola de canhão nas costas. Pois ele ainda estava prendendo Deexie, a assistente de Léff. Fazendo com que ela volta-se para dentro do canhão.
     Um das bolas de canhão foram em disparadas em Natsu, que defendeu e logo se jogou na frente de Líra para protege-la. Ela agradece, e Natsu solta um suspiro de alívio em ter conseguido chegar em tempo. Mason vê uma bola de canhão indo logo para sua direção, e simplesmente dá um passo para o lado, desviando do tiro. Ivellios olha para Léff, e analisa-o. Percebendo que ele estava bastante abatido, e que não iria durar muito. Ele grita para Suzaku:
   - Liberte-a! Tenho uma ideia!
   - Se você diz... - Suzaku então solta Deexie
   - ...  ...  ...
     Deexie aproveita que Ivellios perdera a ideia e conjura um beijo sedutor na direção de Din. Ivellios tenta pensar em várias coisas para impedir isso. Ele olha para Líra:
   - Pode cancelar esta conjuração?
     Mas quando termina de dizer suas palavras, era tarde. Ele viu a magia acertar Din fazendo uma grande esfera de luz aparecer em volta dele. Ivellios faz uma cara de perdição. Mas Mason, que conhece bem um olhar de domínio amoroso, percebe que não. Mason diz:
   - É a benção dos Deuses!
   - Ainda bem... - disse Din com um grande sorriso no rost
     Ivellios, aliviado, olha para os céus. Os Deuses estavam vindo! Sim, quando Ivellios olha para cima ele enxerga cinco seres em mantos brancos descendo em direção do Shipair da Reborn. Natsu, que percebera também - mas não dando muita importância agora - usa os óculos novamente para ver se havia algum modo especial de destruir a esfera. Mas nada, apenas percebeu que a esfera poderia ser destruída. Algo que já imaginava. Mason então sobe lá em cima e começa a atacar a esfera. Não parecia estar adiantando para ferir Léff, mas a esfera parecia estar perdendo sua intensidade.
     Suzaku dá um jogo de corpo em Deexie. Isto fora tão forte que ela passara pelo mastro e voara para dentro da cabine do capitão. O mastro, onde Léff e Mason se encontravam, começa a cair em direção ao Shipair da Reborn que estava ali ao lado. Mason começou a correr para fora, do mastro. Mas ao olhar para Léff, ele percebe que ele não se mexia, como se quisesse isso. Então ele volta correndo. Natsu, percebendo isto, grita para Din:
   - Din! Atire no pajem! Não deixe ele entrar no Shipair!
   - Certo, Natsu - ele dispara dez balas em Léff que o acertam. Mas ele ainda acaba por cair no Shipair ferido pelas balas.
   - Maldição, Din!
   - O que foi ?!
   - Era para ele não cair no Shipair!
   - Aff...
     Léff caíra para frente, nos pés de um dos Deuses. Ele tira seu capuz branco, era Anúbis. Léff então pula feito uma mola pelo convés, e se joga para fora do Shipair. Mas era tarde, Thyatis o tinha sobre seu controle, o parando no ar. Anúbis apenas solta um fio de energia que passa pela cabeça do pajem. Que, sem vida, cai para fora do Shipair.

Eles haviam chegado...

sábado, 16 de julho de 2011

- A Vida de um Anjo -

     Assim como os demônios, é difícil encontrar pergaminhos ou livros sobre tais seres. Se, em livros, temos 50% de conhecimento de como é a vida de um demônio, podemos dizer que conhecemos apenas 25% de todo o conhecimento de vida e habitat de um anjo. Mas, graças a liberdade que O Sacerdote me permitiu para pesquisar em sua biblioteca particular, pude colocar minhas mãos em pelo menos 60% de todo o conhecimento dos anjos. E com tal conhecimento eu, Tyrannuz - vosso escriba -, pude escrever um texto explicando um pouco da vida dos anjos para vosso aprendizado e curiosidade.


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A Vida de um Anjo

     Similar à minhas escritas sobre os demônios, irei explicar a vida cotidiana de um anjo através do conto de duas vidas celestiais de anjos de ordens diferentes, hierarquias diferentes, deveres diferentes e ocupações diferentes. E no final, irei fazer alguns apontamentos de pequenas curiosidades quando as poucas similaridades entre os povos de Wayland, e estes seres celestes. Diferente dos anjos de nossa galáxia (a Via-Láctea, que não possuem sexo), os anjos que foram criados por Dhagodar foram criados à imagem dos primeiros seres humanos que foram criados: Asset e Vênus. Os anjos a serem mencionados aqui são Gabriela e Eron...

Gabriela Nehiel, nasceu da vontade de Dhagodar assim que o universo fora criado. Ela é o 8ª anjo que fora criado entre os outros 999 sere celestiais. Gabriela era uma arcanja que estava em um grupo de 10 arcanjos que comandam as outras ordens de seres celestiais. Ela comandava, e comanda até hoje, a ordem de querubins nos céus. Na época em que o universo fora criado, Gabriela era um dos seres celestiais que mais ficava em Aka-Eth (o antigo nome do planeta). Muitas vezes era enviada para fazer milagres e curas, sempre esteve ao lados dos humanos para lhes dar proteção e bençãos em nome de Dhagodar.
     No dia da Queda de Lucifer, Gabriela ficou no lado dos 333 anjos que foram com Dhagodar até os infernos para impedir que Lucifer escapasse. Gabriela, junto a Michael, Raphael, Sandalphon, Khamael, Tzadkiel, Tzaphkiel, Raziel, Haniel e Metatron, liderou as ordens de seres celestiais até o 9º Circulo.

Depois da queda, Gabriela foi um dos poucos seres angelicais permitidos a pisar em Aka-Eth. Ela, junto a Michael, Raphael e Auriel (ou Uriel, isto não esta bem claro nos manuscritos) foram atrás de outros anjos caídos que haviam fugido dos infernos depois que Lucifer havia sido impedido e aprisionado lá. Poucos foram os anjos caídos que fugiram com sucesso. Os que foram encontrados por eles foram levados para julgamento nos céus e foram aprisionados nos inferno com Lucifer. 
Michael se jogando contra Lucifer
     Apenas cinco anjos caídos fugiram e não foram pegos, destes cinco apenas três vivem hoje em Wayaland. Destes três apenas dois estão livres para vagar livremente. Gabriela e Michael, os arcanjos da Lua e do Sol, mais tarde - na época de Odhrum - encontraram estes três e os lacraram com selos celestes. Apenas seres puros poderiam vir a abri-los. Estes que foram presos são Bhestiel, Akalael e Saton. 
     Akalael, Aquele que Trás a Guerra, era um dos anjos que seguira Azahael até os infernos para ajudar Lucifer, mas fora pego por Raphael e lacrado em uma ilha que veio mais tarde a emergir em Wayland. Esta ilha até hoje não possui um nome. Fora libertado por um acidente que envolvera uma querubim de Gabriela. 
     Saton, O Terror dos Céus, era um anjo em forma de um dragão dourado que era tão imenso que diziam que ele causava os eclipses ao redor de Wayland. Ele fora pego por Gabriela e Raphael, preso e lacrado em uma caixa que fora escondida nos planos infernais. Nostradamuz mais tarde veio a encontra-la, mas não podia abri-la. O astuto necromante então lançara um feitiço sobre o lacre, fazendo que qualquer pessoa que fosse menos mau do que ele, poderia abrir. Infelizmente existiam milhares de pessoas que se encaixariam nisto, e fora assim que ele armara uma situação em que dois heróis acabaram por abrir a caixa. 
     Bhestiel, O Que Domina, era um um anjo que protegia os portões de Êkoh, os céus, na época antiga. Ele caíra junto aos outros 665 anjos que dividiram ajudar Lucifer. Assim que fugiu ele fora para uma cidade de paladinos, onde imaginara que ninguém o encontraria. Mas lá os paladinos o enfrentaram até a morte, quando os últimos sete paladinos estavam vivos, Auriel e Michael chegaram a tempo para aprisionar a criatura em uma caixa negra e largara em um vulcão. Mais tarde estes sete paladinos seriam conhecidos como santos que são mencionados até hoje.

A Primeira Grande Explosão acontece. Gabriela então é enviada para Aka-Eth, que agora recebera o nome de Odhrum, com a missão de ver se houvera algum sobrevivente. Ela encontrara apenas um sobrevivente, um ser que havia sido capaz de sobreviver a grande explosão criada por Dhagodar para limpar a vida do planeta. Este ser era um anjo que não havia voltado para os céus. Gabriela o trouxe de volta e tomou conta dele.
     Muito aconteceu durante as Eras de Odhrum. Durante este período Gabriela permanecera quieta, apenas aparecendo algumas vezes no grande salão da Torre de Odhrum, onde os reis se reuniam para conversar. Ela então ia lá para representar Dhagodar, quando este não ia. 
     Gabriela voltou a ativa assim que Dhagodar caiu e O Sacerdote veio a se tornar o novo senhor do universo. Ela, junto com os antigos arcanjos que se uniram para caçar os fugitivos do inferno, vieram a se tornar um grupo de representantes de um grande panteão de Deuses e Deusas criados pelo Sacerdote para auxiliarem no domínio do universo. Até hoje ela ainda os representa, e ser os Soldados Sacros do Sacerdote com muito afinco.\

Eron, nasceu da vontade de Azgher, Deus do Sol, um dos Soldados Sacros (pequeno grupo de Deuses que regem os outros panteões). Poucos sabem, mas por mais que os anjos sejam capazes de se reproduzirem normalmente e terem filhos, assim como os demônios ou a maioria das outras espécies e raças de Wayland, é muito comum que os anjos e outros seres celestes sejam apenas criados a partir do pensamento dos Deuses e Deusas entre os Soldados Sacros. Sim, apenas os Soldados Sacros possuem este poder e a permissão de fazer tal coisa, já que os anjos servem apenas a eles.
     Eron fora criado durante a 3º Era de Wayland, a Era dos Astros. Ele nascera com o propósito de impedir que outros seres viessem a abrir a caixa de Bhestiel nos vulcões de Hash-Sandhe. Ele então, após receber sua missão, fora enviado para conhecer os dragões e os seres existentes do Vale Vulcânico, no centro do deserto. Ao chegar lá fora bem recebido pelos elementais do fogo, já que fora criado pelo senhor da luz e dos desertos, e naturalmente tinha uma certa conexão com aqueles seres. Lhe fora ensinado tudo sobre o fogo e seus seres durante o tempo que permaneceu lá. Ele então, após seis dias de ensino (8640 anos no inferno), fora até o vulcão em qual a caixa de Bhestiel se encontrara.
     Ele permaneceu lá durante anos, protegendo a caixa de saqueadores, magos negros, luciferianos e qualquer outros seres que queriam abrir a caixa para seus próprios motivos. Até mesmo enfrentou e baniu O Domador de Dragões, Derick Drakkuz, durante a 4º Era. Ele havia ido lá com o objetivo de matar Eron e pegar a caixa para si. Eron não sabia para que, mas sabia que se ele queria a caixa, não poderia permitir aquilo.

   - Volta para os Céus, anjo! Não há por que morrer para proteger um demônio? - gritou Drakkuz do alto dos céus em seu dragão para Eron.
   - ... - o anjo permaneceu quieto, apenas levantou sua mão. Simbolizando que não era para ele se aproximar.
   - Não irei ser gentil de lhe pedir novamente! - disse ele pegando um artefato que parecia um cetro.
   - ...
   - Que seja! - ele trás o cetro para perto de sua boca e diz bem baixinho - Dragões vermelhos deste vale, matem o anjo Eron para abrir minha passagem...
     Todos os dragões vermelhos que estavam ali se jogaram contra Eron. Eles o atacaram o morderam tanto até que perdera uma asa. Mas ele então - usando o conhecimento ensinado pelos próprios dragões vermelhos, conjurou uma esfera protetora contra eles. Todos eles deram de cara contra a esfera, não conseguindo ataca-lo. Eron então paralisa o dragão do adversário, fazendo com que caísse no chão. O anjo, mesmo com os dragões vermelhos ainda tentando destruir a esfera, chega perto de Derick e o agarra com uma força absurdamente colossal. 
   - Mande-os parar de me atacar, ou eles acabaram destruindo você, e não a mim...
   - Parem... - disse Derick com o cetro para os dragões. Eles param e começam a planar ao redor da área observando o que estava acontecendo.
   - Retire-se daqui, serei forçado a matá-lo...
     Derick então volta para o seu dragão, tira-o do efeito de paralisação e diz:
   - Irei tomar Lhibann com o maior exército de dragões que o mundo já viu, e assim que cuidar deles, voltarei com este exército para cá e veremos se conseguira fazer o mesmo!
   - ...
   - Yah! - Derick bate com as rédeas em seu dragão e voa para o norte.

Ele era forte, o anjo. Mas foi mais tarde que seu tempo viria a acabar. Eron estava novamente no vulcão, até que três homens apareceram.
   - O que querem aqui? - perguntou o anjo
   - Queremos a caixa... - disse o gigantesco homem de mantos negros no meio
   - Me perdoe, mas talvez eu tenha de mata-los para impedir que isto aconteça se vieram mais perto. Retirem-se daqui...
     O homem que estava à direita do grandalhão se aproximou do anjo.
   - Você... é um demônio, retire-se daqui ou será lacrado também... ou pior...
   - Eu acho que não, Eron...
   - O que? - ele fora surpreendido pelo estranho demônio em sua frente quando viu que ele sabia seu nome
     O demônio então joga-se contra o anjo, mas Eron fora mais rápido e com uma bolha de ar o joga para longe. O homem do meio então dispara uma gigantesca esfera de energia contra o anjo. Ele é acertado pela esfera e é jogado contra o vulcão. Os homens se aproximam do vulcão e vem que o anjo ainda estava vivo. Eron sai do magma, ele estava muito ferido.O demônio então salta na lava e o agarra, e o coloca abaixo da lava. Eron começou a se afogar com a lava e a ser destruído por ela ao mesmo tempo, diferente do demônio - que fora criado nas chamas. Alguns minutos passam e Eron é desmaterializado pelo magma incandescente. O demônio então dá um pequeno mergulho, os outros dois homens ficam esperando.
     O demônio volta trazendo um caixa consigo. O homem que estava a esquerda do grandalhão, um homem de mantos brancos, pega a caixa e diz:
   - Irei entregar ela para meus homens, ele então poderão liberar Bhestiel em meio a batalha
   - Ele será nosso trunfo, caso o gás não os mate... - disse o demônio
   - Não os quero mortos agora... - disse o grandalhão de mantos negros
   - Por que?! Eles já viveram demais! - gritou o homem de mantos brancos
   - Você perdeu sua chance quando a teve, meu amigo. Não irei perder a minha...- disse o grandalhão
   - Muito bem... Mas saiba que há uma certa lista de importâncias de quem deve ser tirado do tabuleiro primeiro...  - disse o demônio. O homem de mantos brancos concorda.
   - Não sigo ordens ou listas, matarei primeiro quem eu quiser e quando eu quiser! - o grande homem de negro parecia brabo
   - Calma, logo poderá se ving... - o homem de branco fora interrompido
   - Você esta vivo?! - gritou o demônio
     Eron não havia morrido ainda, e havia disparado uma esfera de energia vermelha no demônio. O demônio, achando que fosse fogo, não desviou e acabou por ser destruído no mesmo instante. O homem de branco então prendera o homem em um estado de transe parecido com o feitiço "Mundo dos Sonhos". E tudo que ele teve de fazer foi deixar que o anjo morresse lentamente na lava em quanto sonhava com os céus. Os homens então pegaram a caixa e se retiraram dali.

*Curiosidades:
    >Paladinos podem orar por ajuda divina, mas qualquer um pode orar pela ajuda dos anjos assim como alguns homens de cultos negros fazem com os demônios da baixa hierarquia;
    >Anjos geralmente agem como paladinos ou clericos de grande poder. Quase sempre se especializando em várias magias e formas de combate;
    >Existe um grupo de anjos que se chamam "Angel Range". Eles são um grupo de poderosos arqueiros voadores especializados na arte do arco e do ataque furtivo. Os demônios tem espiões, os Deuses possuem apenas eles, e mesmo assim os céus ainda os subjugam;
    >Poucas sabem, mas assim como existem demonólogos, existem angeólogos. Eles são raros mas existem, e possuem conhecimentos de como enfrentá-los e destruí-los. Como os anjos são os que servem o bem e a paz, em segredo, é de se imaginar o motivo de haverem poucos angeólogos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

- A Vida de um Demônio -

     É fácil encontrar pergaminhos e livros nas bibliotecas sobre demônios, demonologia, magia negra, listas de demônios e muito mais. Difícil, se é que não pode ser dito quase impossível, é encontrar um livro, um pergaminho, ou sequer uma página que explica como é a vida de um demônio. O que eles ficam fazendo lá embaixo em quanto nós vivemos nosso dia-a-dia? Será que passam todo o tempo que tem apenas planejando como fazer maldades? Ou eles tem uma vida como nós? Depois de várias pesquisas e com a ajuda de vários outros magos e algumas viagens a lugares bem quentes eu, Tyrannuz - vosso escriba - fui capaz de escrever um pouco sobre a vida cotidiana dos demônios e suas hierarquias.

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A Vida de um Demônio

     Aqui nós iremos acompanhar a vida de dois demônios de raças diferentes, idades, cidades e culturas diferentes. E no final serão feitas algumas conclusões e apontamentos finais sobre nossa similaridade com tais seres entre outras coisas. Os demônios mencionados aqui são reais e existem no universo desde o início no Pré-Vida, e até agora em Wayland. Seus nomes são Hasophir e Nerot...

Hasophir Piheraton nasceu da vontade de Dhagodar quando o universo foi criado. Ele é o 381º anjo que fora criado neste dia entre os outros 999 seres celestiais. Ele era um grande e poderoso anjo que mais tarde veio a ficar encarregado da comunicação entre Aka-Eth, o mundo, e Êkoh, o plano celeste.
     Todos os dias de sua vida ele fora invocado até as cortes de todas as cidades do planeta para vir a informar Dhagodar sobre os desejos dos mortais. Ele nunca se preocupou com nada disso, não tinha por que se preocupar. Tinha o amor seu pai, de seus irmãos, e alguém que poderia sempre contar. Era feliz, por assim dizer. Até um dia em que estava indo para a corte de uma pequena vila e, depois de ouvir as reclamações tentou voltar para Êkoh, mas não conseguiu. Alguma coisa o barrava até em pensamento. Então simplesmente sentou-se em uma pequena colina que havia ao lado da floresta e ficou ali observando os céus. Ficou horas ali apreciando os céus até que sentiu a presença de uma garota do vilarejo que havia seguido ele até ali.
   - Por que não está com a sua família, Amélia? - disse com uma voz suave, calme e em paz
   - Como... Como sabia que era eu? - disse surpresa
   - Ouvi os batimentos de seu coração em quanto se aproximava
   - Ahm... - ela havia ficado encabulada
   - Engraçado, eles ficaram mais rápidos agora... Você está bem Amélia? - disse o anjo preocupado. Anjos sentem amor, mas seus corações não fazem o mesmo. Os primeiros anjos não sabiam de tudo, apenas os querubins e arcanjos conheciam quase tudo ou as vezes tudo sobre os humanos
   - É que... eu...
   - Acalme-se Amélia, está tudo bem... - disse ele abraçando e confortando ela
     Mas ele não sabia que era ele que estava causando este sentimento nela. Por mais que ele pudesse ler a mente dela, ele não o fez, achava desrespeitoso fazer algo assim sem pedir. Apenas Dhagodar podia.
     Um grande estrondo acontece, Hasophir olha para os céus. Eles haviam se partido em dois, estavam trovejando. "Estranho, nunca vi algo assim antes..." - pensou o anjo
   - O quer é isso? O que esta acontecendo?!
   - Eu não sei, mas fique calma, eu estou aqui. Não deixarei que nada aconteça com você...
     Hasophir então pôde ver um de seus irmãos caindo do céu e desaparecendo em um portal vermelho que havia aparecido entre as nuvens partidas.
   - Irei leva-la para o vilarejo agora, preciso ir ver o que aconteceu com meu irmão...
   - Mas... agora? É que eu ainda não... - ela nem pode terminar sua frase, pois Hasophir a havia pego pelos braços. Ela estava no ar agora. Ele então a deixa na entrada do vilarejo, da um beijo na testa e dá boa noite. E então nos céus desaparece. Amélia, tendo de experimentar o sabor da falha novamente, vai para casa dormir.

Ao chegar lá Hasophir encontrou todos os anjos ouvindo a Azarhael.
   - Sobre o que você esta falando, irmão Azarhael?
   - Olá, querido Hasophir! Estou explicando a terrível verdade que descobri...
   - Que verdade?
   - Dhagodar não nos ama! - então Azarhael explicou novamente para ele e para todos o que Lucifer o contara sobre sua conversa com Dhagodar [isso pode ser encontrado no post "A Vida dos Seres Infernais"]

   - Como ele pode querer nos torturar desse jeito? Depois de tudo que fizemos por ele? - gritou Hasophir indignado ao lado de Azarhael.
     Mais tarde Hasophir fora levado para os infernos onde ouviu o mesmo discurso, só que vindo da boca de Lucifer, o próprio. Era a gota d'água para ele, a indignação e o ódio de Lucifer haviam se tornado os dele também.
     Foi quando Dhagodar chegou que ele fugira em medo a ira do criador para a superfície. Por mais que tivesse fugido de ficar no inferno, ele não fugira de ter deixado de ser um anjo, e tornado-se um demônio. Ele se viu novamente naquela colina onde encontrara Amélia à três noites atrás. (Teve sorte de ter fugido antes de ter feito parte do inferno, ou ele teria ficado bem mais tempo lá. Já que fora naquele momento que anos tornaram-se minutos para todos no inferno, e não só para Lucifer).
     Ele ficou lá, olhando para o céu. Começou a chover. Ele então pôde ver suas asas caírem no chão e virarem nada além de penas. Sentiu raiva de Dhagodar por ter tirado seu dom, sentiu raiva de si mesmo por ter fugido, e sentiu raiva de todos os outros que não os ajudaram a salvar seu irmão de sua prisão.
     Apenas isto estava em sua cabeça, até que foi surpreendido por Amélia. Ele se levantou rápido, não perdera sua poderosa habilidade sonora. Ainda podia ouvir os batimentos dela. Mas desta vez era diferente, ele sentia algo diferente quando olhava para ela. Quando seus olhos tocavam aquela pele macia e molhada pela chuva. Ela estava usando apenas uma camisa, e nada mais. Pela primeira vez Hasophir sentiu algo em retorno por ela, mas não era amor, e sim paixão, desejo, luxúria. E ele não conseguia segurar aquilo, era forte de mais, aquilo o impulsionava. Ele queria ela...
   - Hasophir... ? Você esta bem? Suas asas?
     Hasophir então levanta a garota pelos dois braços
   - Hasophir! O qu... O que esta fazendo?
   - Todos os dias que eu vinha para este maldito vilarejo, você me olhava com estes olhos... Eu ouvia seus batimentos, como escuto agora em seu coração... - disse ele colocando a mão no peito dela. Ele sentia-se atraído pela carne dela. Ela era mesmo muito bonita, mas só agora tinha aberto os olhos. - Quer sentirr o meu coração também?
   - Qu... quero...
   - Muito bem então, sinta - ele então a colocou no chão e rasgou sua camisa, jogando-a para trás. Ele então pegou a mão dela e colocou-a em seu peito.
   - Esta batendo muito rápido... E...
   - E o que, minha querida Amélia? - Amélia, ao ouvir estes dizeres de Hasophir ficou mais encabulada ainda.
   - Como... seu corpo é quente...
     Ele então a agarra com seus braços e a segura forte contra o peito. Ela permanece quieta, subjugada pela força dele. Hasophir então rasga sua camisa, deixando-a nua.
   - Seu corpo também é quente...
   - Hasophir! Alguém... pode nos...
   - Que vejam! - ele então joga-a contra a pequena colina e, com seus poderes a deixa imóvel. Ele então se despe e se joga contra ela. Mas antes que começasse qualquer coisa, chegou bem perto do ouvido dela e disse - Não precisarei de mágica para que jamais esqueça disso, minha cara Amélia...
     Em quanto ele a violava, asas negras iam nascendo no lugar das antigas. Eram asas que viriam a marcar os demônios mais a frente, asas negras como as de um corvo. Ele mal ligava para a dor que estava sentido em suas costas, estava maravilhado de mais com a exploração do corpo de Amélia, que não conseguia dizer nada, pois estava eufórica demais para sequer parar de respirar para falar uma pequena sentença.
     Aos poucos em que ela ia se entregando, Hasophir ia liberando ela de sua habilidade de paralisia, permitindo que ela aos poucos voltasse a se movimentar. Ela segurava a grama ao seu redor com força, era demais para ela. Mas Hasophir não parava, e não pararia. Aquilo era novo para ele, era ótimo, era exitante e o fazia sentir como nunca!
Assim que terminou com ela, ele percebeu que a havia matado com sua força demoníaca. Então pensou consigo: "Se ao menos ela tivesse me dito alguma coisa..."
   - Ha... haha.... hahaha! - ele então, quando percebeu o que havia dito, começou a rir estrondosamente.

Hasophir então voltara para o inferno quando ouvira a história de que haviam cidades por lá. Ele então conseguiu uma casa e veio a viver e trabalhar na cidade de Raskull, no 2º Circulo Infernal, o da luxúria. Neste tempo a Neth-Tyrrah, Senhora da Carne, já era dona deste Circulo. Ela havia sido coroada por Lucifer para dominar este Circulo, suas cidades e todos que viessem a viver ali, ou serem condenados para aquele Circulo.
     Ele conseguiu um emprego admissível para que pudesse começar uma vida de um civil dos infernos. Como era um anjo caído e não tecnicamente um demônio (demônios seriam os seres infernais que vieram a nascer ou ser criados depois da queda de Lucifer), Lucifer o chamou para que pudesse reger as tropas espiãs do circulo da luxúria. Ele, obviamente, aceitou.
     Ser o líder de um regimento infernal, ou algo parecido, é muito mais fácil do que soa. Agora manter este cargo é que é difícil. Lucifer sabia que não poderia ir em combate direto com Êkoh, ou perderia. Por isso, teria de deixar suas tropas esperando, e em constante treinamento. Só poderia vir a mexer em tropas que seriam para o fim de corromper, possuir, extrair e espionar. E foi o que fez.
     Hasophir controlava um pequeno grupo de succubus e inccubus espiões. Ele pessoalmente adorava a ideia de ter succubus como espiãs, afinal, ele poderia ordenar o que quisesse! Mas não só por isso, a ideia de que quase todos os humanos fossem fracos para/com a luxúria, era algo que ele adorava ver. Então ter estes seres como espiões seria infalível. E assim foi, por muitos séculos.

Hasophir jamais teve família ou filhos. Apenas uma vida confortável de mandar e entregar informações para seu Príncipe das Trevas. Nada de mais. Em seu tempo livre ficava lendo sobre os Senhores Infernais ou sobre folclore demoníaco. Adorava ouvir e ler lendas demoníacas, tinha como favorita a lenta de Haltz, o Narciso dos Demônios. Era basicamente uma história em que Haltz, um arque-demônio poderoso e bonito buscava sua beleza na cama de outras mulheres e fêmeas atraentes de várias espécies e que mais tardar teria sido morto por uma pequena legião de seus próprios filhos.
     Hasophir odiava a ideia de ter filhos, por isso sempre tinha sua "tropa particular" de succubus que sabia que não iriam se importar em matar alguns filhos. Vários, na verdade.

Hasophir vem a morrer quando no final da Guerra Santa em Cleaveland, quando a Deusa Glórienn é morta e vai até o inferno. Hasophir então vai até o purgatório para encontra-la e corteja-la. Ela então promete mata-lo quando saísse dali. Dito e feito, quando alguns Deuses foram ressuscitados pelo Sacerdote, Glórienn - uma entre os ressuscitados - vai até o inferno da luxúria e mata-o com seus poderes de Deusa.



Nerot Mihis nasceu na cidade de Murmur, uma das quatro grandes cidades demoníacas. Nerot nascera durante logo no inicio da 4º Era de existência de Wayland. Seus pais foram Alecxandrah, uma demônio comum, e Meryrick, um demônio baatezu. Baatezus, também chamados de diabos, são uma raça de extreplanares que representa o mau pérfido, que domina, corrompe e destrói tudo o que é bom, através de planos intrincados e inteligência maligna. Ocasionalmente vem para Wayland para causar mau e corrupção.
     Por mais que houvera esta mistura, os genes que tiveram mais potência, os do baatezu, tomaram conta, fazendo-o um baatezu completo, e não um mestiço. Por esta diferença Nerot fora muito odiado, temido e respeitado por vários demônios e outros seres nos planos infernais.
     Nerot teve uma infância divertida, a seu ver. Aos seis anos de idade fora enviado para a academia Bloodwing em Murmur para aprender as coisas básicas de um demônio. Claro que, como qualquer demônio, ele já nascera com alguns conhecimentos como fala, compreensão espacial (onde ele esta), entre outras coisas. Mas, diferente de um demônio, Nerot era um baatezu, e por isso fora um dos alunos mais espertos já que os baatezu dominam muitos outros idiomas além da língua infernal. Eles são conhecedores do draconiano e o celestial, além do infernal.
     Ser o mais esperto apenas comprou mais briga com outros demônios. Fora na aula de defesa física que Nerto deu para eles outro motivo para ser odiado. Ele era um grande adversário em batalha, muito forte, boa postura e hábil com várias armas. Mas era no voo que seus inimigos o venciam, já que ele não tinha asas e nem mesmo a habilidade de voar. Não, isso não é dos baatezu, mas por causa da mistura entre seu pai e sua mãe, nem tudo acabou por ser 100%  certo. Mas afinal, para que voar quando você pode fazer muitas outras coisas e ser bom nelas. Este era o pensamento dele, que o ajudou a passar por bons e maus tempos.
     Na volta para casa passava na taverna "Dark Oak" que ficava perto de sua casa. Comprava carne fresca e alguns animais vivos e mais frescos ainda e ia para casa, sempre foi assim todos os dias. Suas tardes se resumiam em treinar, estudar e "brincar" com as almas que vinham da superfície para o circulo em que sua cidade se encontrava. E por brincar eu digo torturar e/ou jogar coisas neles.

Alguns anos se passaram, e Nerot já estava com idade suficiente para ir fazer treinamento de verdade. Ele despedira-se de sua família, pegou suas coisas e foi para o 4º Circulo Infernal treinar. Ele ficou 3h20min treinando. Claro que quando digo 3h20min eu me refiro ao tempo fora do inferno, que seria equivalente a 200 anos. Ele então largou a academia militar demoníaca e foi para o 7º Circulo Infernal para conseguir suas condecorações em uma das mais renomadas fortalezas militares do inferno, Ghoulheart. Lá ele tornara-se um mestre na arte da violência, já que tinha bastante força e tinha muito potencial e raiva vindos do 4º Circulo e de sua infância para depositar em sua arte de tirar a vida de um adversário superior.
     Mais alguns anos (no inferno) depois e ele havia se tornado um soldado de Classe S da Elite de Murmur, estando no ranking -S dos demônios daquela cidade. Ele era agora um poderoso ser abissal de renome e com grandes sonhos.
     Depois de ter alcançado tudo isto, ele decidiu se casar com uma demônio que conheceu durante uma possessão que estava fazendo em Cleaveland. Aparentemente ela estava tentando possuir o mesmo corpo, e então eles a possuíram juntos. Depois da morte do corpo possuído eles se encontraram em Cleaveland para se conhecer melhor em uma taverna e se apaixonaram.

Hoje Nerot vive em Murmur com Jyrdhas em uma suntuosa casa em sua cidade natal. Esta esperando cinco filhos. Ele espera que eles possam seguir com a carreira do pai e se tornar grandes guerreiros dos infernos.

Os passa tempos de Nerot atualmente são ler livros sobre Wayland, o que demora muito para chegar lá. Também adora passar pelos pátios de tortura de almas que tem perto de sua casa. Seus filhos adoram brincar lá, e ver isso o faz lembrar de quando era criança.

*Curiosidades:
    >Um dia em Wayland equivale a 1440 anos para um demônio no inferno.Ou seja, é necessário um dia de vida humana para que uma vida demoníaca tenha sua vida feita;
    >Apenas um dia em Wayland é necessário para que um demônio nasça, cresça, reproduza-se e fique forte para uma batalha. Mas mesmo assim, com tantos soldados fortes por dia, Lucifer não seria capaz de tomar os céus;
    >Em Êkoh, nos céus, os anjos tem seus dias assim como os nossos. Mas mesmo assim, eles conseguem se criar de uma forma que fiquem mais sábios que um humano imortal e mais fortes que 100 demônios;
    >Existem várias outras raças de demônios além dos baatezu, mas este conteúdo já não cabe a este pergaminho;
    >Quem disse que um demônio não pode ter um final feliz? Pois bem, se você pensava assim, se enganou.
A Estrela da Manhã