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3169E6, Era de Sombrata. Dia 18 de Fevereiro.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

- Um Cavaleiro para se Recordar (Prévia) -

     BlueStone, a grande cidade de Wayland. Por mais que existam pessoas bem intencionadas como Samantha Yulbridge e várias pessoas do conselho, não podemos fingir que o caos e a maldade não existam. Ladrões nos cemitérios, mercadores "malandros", mercenários da pior espécie e nobres maquiavélicos. Por outro lado, BlueStone (ou melhor dizendo, o continente de BlueStone - pois assim generaliza todas as cidades que lá já houveram) é bem conhecida por ser o cenário inicial de grandes heróis, o ponto de partida. E serão estes grandes heróis que virão a trazer paz, se necessário.
     Mas não falemos do futuro, falemos do agora. Há uma coisa agora que, acima de qualquer ladrão ou mercenário, está horrorizando a muitos. Um assassino, um monstro. Ninguém sabe sua forma ou por que matou tantos. Sabemos que está por ai. Vários homens morreram, e algumas moças desapareceram. O que está acontecendo?!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

- BlueStone Scrolls (Jornal - 05/12) -



- Diplomacia e Economia:
          - BlueStone - Assalto às Tumbas Persiste
          - A.C.W.(Aliança do Comercio Waylandiano) - Horntown desistiu?!
          - Lhibann - De Volta nos Trilhos, mas por Quanto Tempo?
          - Tustmitsa - Expansão e Conquista
          - Triângulo Élfico - Uniam faz a Força!
          - Albrieth - Deepwood com Problemas
          - Deepwood - Inscrições Fechadas!

- Guerras e Confrontos:
          - Aka-Eth - Já Fazem Três Meses, não?
          - BlueStone - Mais de Cem Mortos na Guerra Sem Fim
          - Yveldish - Mais um Casamento que Salvara o Dia



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- Diplomacia e Economia:
          - BlueStone - Assalto às Tumbas Persiste


     Mais uma fez Digory's Scythe é atormentada por terríveis ladrões. Mas desta fez fora pior. Não só as tumbas foram violadas como alguns corpos foram queimados. Os guardas que protegiam o lugar, entre alguns   camponeses, foram mortos por flechas e cortes letais. 
     O fato das flechas e cortes serem certeiros e mortais nos levam a acreditar que seria um grupo de ladrões muito bem organizado e de grande habilidade. Juntando isso com alguns ocorridos de tempos atrás fez com que nossos espiões achassem uma solução. E eis o que pensamos: Fora a não muito tempo atrás que Nostradamuz' Island agira de forma que veio a expulsar os Cinco Reis Ladrões que viviam no submundo da ilha. Acreditamos que um, ou até mesmo mais, estejam instalados em alguma área próxima ao cemitério de Digory's Scythe.
     Infelizmente, graças a guerra entre os mercenários habitando BlueStone no momento, acabou por não dar outras opções à corte do que mandar soldados especiais. Embora esta não seja a opção mais desejada, terá de ser feito, a menos que algo mude tudo.


          - A.C.W.(Aliança do Comercio Waylandiano) - Horntown desistiu?!


      Quatro eras, poderosos aliados e uma fonte de recursos quase que inesgotável. Mesmo assim, Horntown desistiu de participar de qualquer coisa envolvendo o conselho de BlueStone. É uma pena ter de ver um poderoso aliado se afastar. Principalmente quando tal acontecimento vem sem explicação.
     Muitos no conselho desejaram que espiões fossem enviados para descobrir o motivo. Porém Samantha, a líder do conselho, viu isso como uma falta de respeito quanto a decisão do governante de Horntown - Ermes Pilgrim. Foi decidido que um embaixador de BlueStone será enviado para lá e conversará com o Governador Pilgrim. Esperamos que esteja tudo bem com nossos camaradas. Afinal, a perda de uma aliança nem sempre é a geração de um novo adversário.


          - Lhibann - De Volta nos Trilhos, mas por Quanto Tempo?


     A morte de Leandro chocou milhares de pessoas ao redor de toda Wayland, e deixou um continente inteiro em luto. Foi difícil para os conselheiros evitarem que tudo ruísse, já que eles - assim como BlueStone - estavam passando por um momento de problemas por causa da falta de mercenários. Diferente de BlueStone, Lhibann dependia de mercenários para muitas coisas. Sim, realmente Lhibann possuia uma força militar incrível. E seu avanço tecnológico na arte da guerra, como em outras áreas importantes, era imenso. Mas infelizmente os mercenários faziam parte de um mecanismo muito importante para a cidade. Isso era um problema, até a pouco.
     Felizmente o chefe dos conselheiros de Lhibann, Lord Dhorian Idvith, apareceu com uma solução que esta mantendo a cidade viva. Graças as suas viagens Lord Idvith conhecera muitas pessoas, entre elas Lord Kiruh de Daggerfall, que veio a ajudar nossa cidade a pedido de Idvith.
     Agora existe um novo tratado, o tratado da Adaga da Justiça, que declara uma aliança em todas as áreas - desde política e economia à educação e alimentação - entre Daggerfall e Lhibann. Nós aqui em BlueStone esperamos que esta aliança ajude ambos os continentes que estão passando por dificuldades.


          - Tustmitsa - Expansão e Conquista


     Durante os últimos dias o Khan de Tustmitsa, Orochi Amakusa-sama, invadiu e dominou a costa sul de Daggerfall. A batalha demorou dias, mas Orochi não deixou-se abalar pelas meras criaturas deste canto da ilha.
     Por mais que este lado da ilha seja considerado selvagem, e não pertença a ninguém, a posição do conselho é um tanto delicada quanto a isso. Já que Orochi de Tustmitsa e Kiruh de Daggerfall fazem parte do conselho de BlueStone. Tememos que, assim como Albrieth e Deepwood, uma guerra desnecessária comece. Estamos em tempos difíceis, e mesmo assim nossa maior adversária ainda continua sendo a ignorância.


          - Triângulo Élfico - Uniam faz a Força!


     Com o término das viagens de peregrinação entre as terras élficas, seus líderes - que participaram da viagem - discutiram sobre suas culturas e crenças, tendo se divertido muito durante a navegação. Tal relacionamento que surgira os fez criar uma união entre os continentes dominados pelos elfos. O que antes era apenas feito, mas nunca oficializado, agora é.
     As três terras élficas ao sul de BlueStone agora serão conhecidas como uma única organização de comércio, o Triangulo Sttaruh. As condições de tal aliança são desconhecidos, mas acreditamos que envolva algo entre o comércio marítimo, graças a suas proximidades e recursos um tanto diferenciados. Desejamos muita sorte para todos!


          - Albrieth - Deepwood com Problemas


     Em quanto outros ao redor do mundo fazem alianças Albrith abre uma guerra aberta com Deepwood. Infelizmente não sabemos qual a posição de ambas as facções e governos de cada continente perante BlueStone, mas o general das tropas de BlueStone afirma que "se algum dedo for levantado contra qualquer outra pessoa de nossa aliança no decorrer desta brincadeira de criança entre os dois povos, não exitaremos em separar os dois da briga, ou deste mundo se necessário." - General Phentik Roll.
     Que mais nenhuma nação caia na sede da ambição, ou no sangue da guerra. Não queremos ver mais ninguém se destruindo durante tempos em que deveríamos estar nos ajudando a sobreviver. Que os Sacros nos ajudem!


          - Deepwood - Inscrições Fechadas!


     Para que mais nenhuma vida seja colocada em risco, o líder da IMT (Imortality) fechou as vagas ontem. Disse ele que já haviam pessoas suficientes para a batalha, e que não suportaria ter mais vidas sob seu comando, sob sua responsabilidade.
     Em uma das cartas que foram enviadas para BlueStone nesta manhã uma delas, enviada por Zetos Pharkatos - o líder da IMT -, pediu que nem BlueStone nem ninguém sob o comando do conselho deveria interferir nos confrontos que viriam a acontecer entre os anões de Albrieth e o povo de Deepwood. O que será que ele esta tramando? E mais importante, será que ele conseguirá dar conta dos fortes guerreiros?



- Guerras e Confrontos:
          - Aka-Eth - Já Fazem Três Meses, não?



     Uma carta, aqui apenas comentada para evitar futuros problemas, fora enviada para BlueStone vinda de Aka-Eth. Samantha ficou um tanto triste ao ver que a carta não possuia a escrita de sempre, mas sabia de quem era. A carta havia sido escrita por um dos servos do Sacerdote, nosso querido guardião que nos mantém. Nesta carta estava escrito alguns relatos do Sacerdote sobre seus confrontos com a criatura que rodeia nosso planeta. Também falava sobre o estado dos Deuses e Deusas que desapareceram de Sheemer e agora encontram-se em outro plano.
     Explica O Sacerdote que entre os deuses nórdicos um traidor surgira e causara tudo isso. Por mais que muitos já andavam especulando sobre, nenhum nome será escrito aqui. Disse a entidade que não deveríamos nos preocupar com tal Deus, já que mau algum à nós ele fará, "contanto que sua busca continue inalcançada."; escreveu ele.
     Ninguém, além de Samantha, pode entender o que ele quis dizer com isso. E nada fora comentado por ela sobre o assunto. Esperamos que esteja tudo bem, e que nosso Senhor volte de sua batalha.


          - BlueStone - Mais de Cem Mortos na Guerra Sem Fim


     Aqui em BlueStone, como muitos sabem, existem várias facções e guildas de mercenários que são muito bem pagos pela corte para serviços em nome do conselho. Infelizmente, graças aos dogmas de algumas companhias, certas facções decidiram abandonar o chamado do conselho O que começara com apenas alguns conflitos tornou-se uma guerra civil sem fim. 
     Mercenários matando mercenários, na rua e nos becos. Todas essas mortes, somadas com a perda de vários inocentes que estavam ao redor das áreas de conflito, fizeram com que o conselho agisse de forma violenta - algo que Samantha não gostou, mas aceitara. Vários soldados foram enviados para fechar as facções até segunda ordem. Em quanto umas fizeram o que lhes fora dito, outras ergueram a mão contra o conselho. Tais facções foram removidas de BlueStone sob ordem do conselho. 
     Infelizmente isso não fora o suficiente para fazer com que todas as outras parassem. Não, fez com que elas se tornassem escondidas e estratégicas. O que antes era uma guerra aberta, agora tornou-se uma guerra fria.


          - Yveldish - Mais um Casamento que Salvara o Dia


     Ontem havíamos recebido um documento que declarava guerra entre Helsterr e Yveldish. No mesmo instante enviamos um embaixador para encontrar-se com cada um dos líderes. No fim, graças a uma ideia da rainha de Yveldish, e a necessidade de uma de suas filhas, ela unira o útil ao agradável. 
     No dia 09/12, daqui a quatro dias, haverá o casamento entre o herdeiro de Helsterr, Bartok Mirk, e a herdeira de Yveldish, Ânilah Bellings. É bom ver que mesmo durante este período de trevas que estamos passando ainda existe a chance de haver luz, mesmo em um casamento. Ou pelo menos assim esperamos! 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

- O Paladino de Mil Lágrimas -

          - Deepwood, 04 de Maio de 2970 - 3º Era -

     Era de madrugada quando a 5º tropa de assalto da Cidade Imperial , que estava sob o comando do Imperador Bartolos, havia tomado por completo a pequena aldeia que hoje é conhecida como Deepwood. Chamou seus soldados para perto de si, no centro da aldeia, e mandou que jogassem as tochas. As chamas ardiam como em uma floresta seca. O fogo dançava sedutoramente em quanto alimentava-se das lembranças de um pequeno vilarejo.
     Um dos soldados, dos poucos que não jogaram tocha alguma, era o Capitão Vaskall. Por mais que tivesse derramado sangue de mulheres e crianças naquele dia, sua face não mostrava nem um pouco de descontrole ou desgosto. Não, não era um homem sanguinolento, mas tinha em mente que estava ali por uma razão, e uma apenas: "Seguir as ordens de Khalmyr."
     Desde cedo sua mãe o levava à igreja, acompanhado de seu pai. Graças a doença de seu pai, que o incapacitava de se mover, ele tinha de ajudar-lo a andar pela cidade. E neste dia não fora diferente. Aproximara do altar, com seu pai em seu ombro. O clérigo passa uma benção a seu pai, e tudo fica bem. Colocou-o em um assento e dirigiu-se ao clérigo. Ele se ajoelha - o som das grevas ecoa no silencioso templo - e pergunta ao clérigo sobre os desejos de seu mestre:
   - O que Mestre Khalmyr deseja desta vez, irmão?
   - Seu próximo caminho o levará para terras distantes. Caminhara com a coroa e através de suas ordens destruirá o mau que percorre por lá... - disse o homem de mantos brandos com uma balança na mão.
   - É com determinação e alegria que seguirei o destino traçado por Khalmyr... - disse o paladino, com palavras, e com o coração.
   - Agora vá, Vaskall... E que Khalmyr o proteja de todo o mal
   - Obrigado...

"Como poderia saber? Como o jovem paladino poderia saber, das artimanhas de um velho homem, e seu líder? Não, Khalmyr não falara com aquele homem, nem através daquele homem. As palavras que entraram pelos ouvidos de Vaskall foram palavras de ganancia e maldade. Palavras que saíram da boca de um homem que acreditava ter caráter. Bartolos."

A campanha demorou um dia inteiro, graças ao auxilio de Bartolos no campo de batalha. Os soldados lutaram bravamente... e cegamente. Uns lutaram pelo rei, outros pela pátria; uns disseram estar se vingando, outros disseram que era pelos Deuses e Deusas. Mas tudo isso ficou encoberto sobre o manto de mentiras de Bartolos. Não havia um rei, e sim um terrível homem sem caráter. Não havia pátria, e sim terras deste homem, e de mais ninguém. Os valores na mente de cada um haviam sido corrompidos por moedas e vinganças que nunca foram saciadas ou sequer alcançadas.
     Quando os Deuses e Deusas, suas reais palavras jamais chegaram aos ouvidos daqueles homens. Todas as palavras "divinas" era ditadas por Bartolos. Sim, esta fora uma época de trevas para a Cidade Imperial e para muitos outros em Wayland. Mas não estou aqui para falar de milhões de pessoas e suas lágrimas. Estamos aqui para falar de um homem apenas, que chorou mil lágrimas.

No fim da batalha Gregory Vaskall retornava para seu navio quando fora chamado pelo imperador. Ele queria parabenizar seus capitães pela esplendida performance no campo de batalha. Desviou-se dos navios e fora para a barraca onde a coroa se encontrava. Lá encontrou todos os outros comandantes, capitães e líderes, homens que foram "responsáveis" pela "obra prima" na batalha.
     A surpresa das surpresas deste momento fora que o imperador não estava lá. E fora lá que tudo começou a terminar. As tochas foram apagadas, gritos eram ouvidos para todos os lados. Gregory sente uma dor avassaladora no peito. Ele sai da barraca. O luar iluminara seu corpo avermelhado, com uma adaga enfeitando seu peito. Era uma adaga familiar. Aquela adaga...
   - Esta adaga... - disse o paladino, com as mãos na lâmina que rasgava sua carne.
     Das sombras uma figura aparece. Por que? Por que Bruce estava em sua frente. Seu melhor amigo, parecia estar em péssimas condições, sua cara parecia demonstrar dor.
   - Proditio... - disse Bruce, na língua que inventaram para se comunicar entre as tropas.
     Gregory tenta abrir sua boca, mas seus lábios pareciam pesados demais. Ao tentar falar seus pulmões pareciam ter sido petrificados. "Será que este é o peso da traição? Por que ele esta sobre mim, e não do traidor?"
   - Pro... proditor! - e com um insulto final, sua vida termina. Por agora...

O tempo passava em quanto o paladino vagava pelos infernos. Via todos que matara e se culpava. Se culpava por ter sido ele a mão que os mandara para tal sofrimento. Se culpava por que havia se enganado quanto a um Deus capaz de justiça entre os injustos. Se culpou... se culpou por não ter visto a traição de seu amigo.
     O que Gregory não sabe não sabia era que Bartolos havia pago a traição de Bruce, e a morte de todos os "responsáveis" pela carnificina em Deepwood. Por causa da corrupção o pobre paladino fora jogado nas chamas negras da culpa infinita. Forçado a ser enterrado nas suas piores lembranças. Castigado com rajadas de vento congelante, das assas do próprio mau. E por fim, afogado em suas próprias lagrimas de culpa.

          - BlueStone, 05 de Novembro de 3036 - 4º Era -

   - Por que? - disse a sombra na parede de Digory's Scythe - Por que simplesmente não me mata?
   - Lhe foi dado uma chance, paladino. - respondeu a segunda sombra.
   - Chance? - disse a primeira, com um tom de esperança.
   - Khalmyr viu o sofrimento que passara por causa das mentiras no nome dele. E por isso você está aqui. Para pagar na mesma moeda aquele que causou tudo isso!
   - B... Ba... - dizia a sombra, até que a segunda a interrompera.
   - Bruce!
   - ... - a primeira sombra para. Fica com uma fúria inumana, até mesmo para ela. - BRUCE!
   - Isto, alimente este sentimento, e você será recompensado com uma chance de por um fim em tudo isso..
     A sombra estica seu pescoço e braços para fora da parede. Estava em pé agora, olhando para a segunda sombra, ainda na parede. A segunda diz que agora ele precisaria matar Bruce, e que as ferramentas para isso seriam encontradas ao redor do cemitério.
     Vagou mais um pouco, abriu algumas tumbas, e saqueou quase todas até encontrar aquilo que a segunda sombra falava. Era uma armadura, que pertencia a uma sombra que antes fizera o mesmo, mas não conseguira. A ideia de conseguir, a ansiedade de conseguir paz eterna, era apenas isso o que ele queria. E nada mais.
   - Agora vá, paladino! Corra atrás de sua vingança... - disse a sombra, despedindo-se daquele que já não era mais uma mera sombra em sua frente.
   - Paladino...? Não sou mais um servo do "Deuse da Mentira"...  Serei seu servo agora. E fecho este acordo com vós. Não descansarei até matar Bruce, o maldito proditor!


"Monstros são reais, e fantasmas são reais também. Eles vivem dentro de nós, mas às vezes, eles vencemStephen King

domingo, 25 de setembro de 2011

- BlueStone Scrolls (Jornal - 20/11) -



- Diplomacia e Economia:
          - Wayland - Quem Diria que Iria Funcionar?
          - BlueStone - Ladrões de Tumbas
          - Obyus - A Tropa Alada
          - Triviah - Um Ótimo Começo
          - Albrieth - Uma Guerra Agora?
          - Deepwood - Inscrições Abertas!
          - Lhibann - Rei Leandro se Mata

- Guerras, Confrontos e Problemas:
          - Wayland - Necromantes no Comando do Norte
          - Hash-Sandhe - Finalmente, Paz...
          - Inn - Poder Demais?
          - Bal-Dur - Medo da Guerra
          - Shimmbly - Fechem as Portas!




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- Diplomacia e Economia:
          - Wayland - Quem Diria que Iria Funcionar?

     Já faz meses que o feitiço Ergum Insulae fora utilizado por magos de BlueStone na costa oeste da ilha. Tal feitiço, criado para erguer ilhas dos mares, mostrou ser funcional. Porém, lento. Pois fora apenas agora que a terra fora erguida o suficiente para ser ocupada.
     Dizem os irmãos Harpys, criadores do feitiço das ilhas Ergum Insulae, que agora que Wayland está caminhando para um novo mundo será necessário novas vidas para procurar pelos horizontes antes não alcançáveis. E para existir mais vidas, é necessário mais espaço. Tendo isto sido dito é com prazer que hoje anuncio o nascimento do 47º continente de Wayland, Triviah.
    "Mas quem irá habitar tal continente?" você deve estar pensando. À alguns anos atrás, quando BlueStone era conhecida como Cidade Imperial, o povo de Deepwood fora massacrado pelas tropas do Imperador Bartolos. Mas, com as descobertas que tivemos em Deepwood graças as alianças com os seres das florestas, descobrimos que parte do povo sobrevivera nas florestas, sob a proteção destes seres.
     Imaginem, metade de uma cidade inteira, que agora finalmente poderá voltar para a vida em Wayland. Neste tempo de trevas todos nós precisamos nos ajudar a se erguer para vencermos o tempo em que vivemos. Esperamos que Triviah possa ser um novo horizonte para aqueles que precisam de um.


          - BlueStone - Ladrões de Tumbas


     Já faz algum tempo que nossa cidade tem sofrido o violamento das tumbas de nossos ancestrais e queridos familiares. Como sabem BlueStone possui dois lugares de descanso para os falecidos: Digory's Scythe e a Messor Tribuna. Digory's Scythe fica no alto de uma pequena elevação dentro das muralhas de BlueStone.Lá encontram-se pessoas que morreram desde antes do Imperador Bartolos, entre várias outras que nem mesmo nasceram aqui. 
     Quanto a Messor Tribuna, diferente de Digory's Scythe, não é bem um cemitério e sim um templo. Lá estão enterrados todas as gerações de imperadores que o continente de BlueStone já viu, entre outros heróis da nação e alguns sacerdotes e clérigos importantes. Graças aos Deuses este lugar não fora profanado pelas mãos do crime. Já Digory's Scythe tem recebido a visita de andarilhos da noite, pessoas mal intencionadas que profanam os corpos em busca de bens materiais.
     Por causa do conflito entre as facções mercenárias em BlueStone temos apenas soldados azuis do palácio para proteger o lugar e alguns cidadãos que se colocaram no trabalho de defender seus familiares e conhecidos. Não há mercenários para o trabalho. Mas acreditamos que logo tudo será resolvido, assim que a nova tropa de soldados for consagrada por Samantha, no fim deste ano, na época do Akbeth.


          - Obyus - A Tropa Alada


     Depois de tempos observando os novos aliados de BlueStone no comando de Obyus, e vendo os avanços econômicos e demográficos do continente, finalmente recebemos uma prova de seu crescimento militar. Ontem todos os aliados de Obyus - ou seja, todas as cidades membros do conselho de BlueStone - receberam um pequeno presente em peças de ouro e várias três tropas aladas para serem adicionadas à proteção das cidades.
     Tais soldados alados foram treinados no combate à distancia de vários modos. Foram equipados com os melhores equipamentos disponíveis nos mercados de Obyus. São fortes e hábeis, e possuem uma mira letal. Embora duas tropas apenas foram enviadas para cada aliado, não podemos deixar de mencionar que há milhares destas tropas em Obyus. Com todo o respeito, esperamos jamais ter de ver tais soldados em ação. Porém, é com grande felicidade que nós aqui em BlueStone aceitamos o presente. Obrigado.


          - Triviah - Um Ótimo Começo


Lord Slécio


     Todos os membros do conselho de BlueStone enviaram pequenos, porém vários, tributos e recursos para o futuro crescimento do novo continente. É uma terra fértil, bem localizada e de grandes chances para todos. Muitos aqui em BueStone acreditam que, graças à ajuda de Inn sedendo seus construtores, esta cidade poderá erguer-se rápido.


     Quem está no comando de tudo lá é Lord Slécio, nobre de Lhibann que fora escolhido para organizar as construções da cidade que estará um dia junto as grandes cidades em Wayland, ou pelo menos assim esperamos. Assim como esperamos que um dia este seja o terreno de construção para a Torre de Wayland. 


          - Albrieth - Uma Guerra, agora?!


     Depois que Obyus, antiga cidade dos anões, fora entregue aos sobreviventes alados que agora habitam por lá, os anões em Albrieth começaram uma busca por terras possivelmente habitáveis para eles. Porém, quase todas as terras estão habitadas. E as que não foram, possuem motivos sensatos para que uma pessoa não viva nela. Porém, graças ao movimento de passagem entre os seres das florestas de Deepwood para Triviah, os anões querem tomar as florestas para si e construírem suas minas e cidades abaixo delas.
     Infelizmente isso acabou por criar uma certa inimizade com os moradores da cidade de Deepwood que não querem os anões por lá, ou dominando o que certa vez foi deles. Mas o perigoso mesmo é uma certa inimizade que pode, ou não - não se sabe -, sido criada para com a Imortality - organização que hoje habita na fortaleza da IMT criada durante a guerra de Deepwood contra os necromantes do norte. Caso algo assim aconteça, teremos uma guerra além das expectativas anãs. Que isso não aconteça...
     
          - Deepwood - Inscrições Abertas!


     Como resposta a "quase declaração de guerra" dos anões, que anseiam a terra de Deepwood, Zetos Parkhatus - Líder da Imortality (antes Reborn) - decidiu abrir inscrições para as tropas de apoio à organização. Ele acredita que não serão muitos os corações necessários no campo de batalha para derrotar os anões. Disse ele: "Estive ao lado de homens que em menos de dez homens conseguiram vencer uma guerra inteira. Estive ao lado de homens que com a ajuda de algumas tropas puseram um fim à Segunda Guerra Draconiana. E digo a verdade quando falo que aprendi muito com eles..."
     Esperamos que suas palavras sejam usadas de inspiração para os que vierem a se tornar os próximos soldados de apoio à IMT. Soldados treinados para acompanhar os guerreiros que hoje fazem parte da grande organização fundada por grandes heróis do passado.


          - Lhibann - Rei Leandro se Mata


     É com grande pesar que nós aqui em BlueStone anunciamos através deste pergaminho a morte do rei de Lhibann, Leandro Dasthus Lhibannus VI. Relatos de seus conselheiros e de pessoas do lado de fora do palácio nos dizem que à dois dias atrás, durante a madrugada, Leandro VI teria aberto a janela de seu quarto e se jogado. Seu quarto se encontrava no 13º andar do castelo. Alguns acordaram com os gritos do rei, em quanto caia para uma morte súbita.
     Poucos sabiam, mas Leandro era descendente de Agoniz Lhibannus, fundador da cidade de Lhibann. O rei Leandro deixou este mundo em seus 61 anos. Sua esposa, que morrera aos 60, falecera à três anos atrás. Infelizmente levando o único herdeiro consigo, quando morrera durante o parto.
Túmulo de Hévilin R. Lhibannus
     Leandro deixara uma carta, que fora encontrada no meio das paginas de um livro que estava em sua cama. A carta falava sobre um conflito interno que o rei dizia estar sofrendo. Outros assuntos da carta não podem ser discutidos aqui.
     Nossa senhora, Samantha H., dera um discurso ontem quando recebera os relatos de Lhibann. Samantha, antes de se tornar líder do conselho de BlueStone fazia parte do conselho de Lhibann. E por este, e vários outros motivos, decidiu falar ao povo o que sentia. "[...] Ele era um poderoso e sábio líder. Faria o que fosse necessário para proteger seu povo, sem quebrar as regras. Isso era algo que sempre me cativou nele. [...] Um amigo, um irmão, um pai, um verdadeiro e amado Líder. Fora um grande exemplo para mim, espero que seus feitos no passado possam servir de exemplo para muitos que virão. [...] Leandro, você se foi. Mas não será esquecido..."
     Seu enterro será feito no dia dez de dezembro (10/12), uma data escolhida por ele mesmo em seu testamento, para o seu fim. Esta data fora a data em que nascera, e em seu testamento dissera ter escolhido esta data para seu funeral pois acreditava que na morte voltamos para o começo das coisas. 
     Agora a nação encontra-se sem herdeiro. Mas isto logo será resolvido...
     Rei Leandro, Descanse em paz...


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- Guerras, Confrontos e Problemas:
          - Wayland - Necromantes no Comando do Norte



     Como já havíamos visto, com a saída de Odin para a batalha de Sheemer, e a vinda de novos líderes para a casa comunal de Helsterr, várias criaturas e pessoas mal intencionadas decidiram despejar sua maldade na cidade de Helsterr e nas aldeias vizinhas. Mas desta vez fora a gota d'água.
     Sabíamos que várias cidades, incluindo as ilhas nórdicas, era impostas a pagar uma certa quantia para não serem atacados pelos necromantes do norte. Uma tragédia aconteceu quando os líderes da casa comunal de Helsterr se negaram a pagar tal quantia. O conselho de BlueStone havia dito que tal quantia deveria ser paga até que todos do conselho pudessem juntar forças para derrubar tal ameaça, e que tal espera seria paga pelo próprio conselho para desfazer as perdas. Mas Helsterr não esperou.
     Os líderes foram ameaçados de morte, em quanto outros nem sequer sofreram ameaças, apenas a morte. O governo helsteriano está agora sob o comando necromante. Caso alguma ordem não seja obedecida, um líder será morto. Embora acreditamos que isso seja uma situação reversível pela mão dos próprios nórdicos, todos os governos aceleraram o processo de treinamento de mais tropas para serem utilizadas contra os necromantes, que antes atacavam Vivec.


          - Hash-Sandhe - Finalmente, Paz...


     Por mais que a perda de Sheemer, a capital; de todos os Deuses e Deusas do eserto, de Kattosh e de quase todas as outras cidades tenham afetado drasticamente a vida em Hash-Sandhe, o otimismo do povo conseguiu erguer-se e dizer: "Finalmente temos paz!"
     A morte de Saalim Halaam fora algo que afetara a todos, mas se houve algo que o povo do deserto aprendera com seu líder fora "jamais desistir, mesmo que perca tudo". Os hash-sandhelianos agora esperam pelo ultimo herdeiro de Saalim, que encontra-se com suas duas irmãs que sobreviveram à guerra sob os cuidados de Samantha, ficar mais velho e hábil para subir ao trono das areias. Toda a esperança de Hash-Sandhe está agora sob as mãos do garoto.


          - Inn - Poder Demais?


     O crescimento assustador de Inn, que antes passava confiança para todos por terem um aliado poderoso, agora tornou-se algo assustador. Está nas história do passado, e nas vivências do dia-a-dia, que o peixe maior come o menor. Muitos no conselho de BlueStone disseram que temem, e desconfiam, do ligeiro crescimento da antes arruinada cidade de Inn, agora A Colossal Inn.
     Tudo que Samantha disse fora: "Um homem que não confia nos aliados que tem, é um homem de confiança duvidável. Mas um homem que teme ser destruído, é um homem de força duvidável. Temos que tomar cuidado, mas sem nos afastar ou insultar nosso aliado. Afinal, ele é nosso aliado."


          - Bal-Dur - Medo da Guerra


     A cidade de Bal-Dur, pequena e pacata, silenciosa e despreocupada. Era assim que as pessoas viam a cidade que localiza-se ao lado da joia de Wayland, BlueStone. Depois da praga ter atacado Bal-Dur a cidade tornou-se precária e de baixa qualidade de vida.
     Fora lá que os zumbis desapareceram, mas fora lá que eles mais fizeram diferença. Por mais que eles ainda estejam vivos, e livres da praga, eles não conseguiram se erguer. E agora, temem completamente que seu vizinho Inn os destrua. Ver o grane continente de Tustmitsa atacar Daggerfall por sua pequena habitação, deixou Bal-Dur com medo de entrar em Guerra. Sem dizer que os anões comprando briga com Deepwood fora bem assustador para seus líderes. Eles cortaram relações e tratados com todos e ninguém sabe mais o que será de Bal-Dur.
     Que os Deuses os ajudem...


          - Shimmbly - Fechem as Portas!


     Mais uma vez, como no passado, muralhas são construídas ao redor de Shimmbly. Só que desta vez não é Bartolos que está construindo elas, e sim a própria Shimmbly! Disseram que tal ato era uma resposta aos sinais de uma epidemia que surgiu nas florestas de Shimmbly. Esta epidemia destruiu todas as criaturas e árvores que se localizavam perto do lugar onde a epidemia começou.
     Por mais que o local de inicio da epidemia seja conhecido, seu motivo é desconhecido. Encontraram apenas um laboratório alquimico abandonado em cavernas próximas do local, eles não sabem dizer se isso tem alguma ligação, mas tudo ainda está sendo analisado pelos magos de Shimmbly e seus especialistas em espionagem.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

- ... Sileos (Prévia) -


     Com a chegada de nossos heróis em BlueStone, eles precisam agora traçar um rumo. Para onde agora? Qual é o próximo objetivo? Eles irão encontrar vários caminhos para traçar, mas será eles que irão decidir juntos que caminho seguir. E quem os irá acompanhar... Isso é muito importante pois a fama que eles haviam conquistado não os ajudará muito agora.
   
     Muito aconteceu em BlueStone, e em toda Wayland, durante as semanas que ficaram na Torre de Malaguz. Esperamos que eles possam se informar logo, ou perderão muitas chances de seguir o caminho certo. E quanto a certeza, lhes digo o seguinte: Tomem cuidado com o que não podem ver. E principalmente com aquilo que não podem tocar...

     Há um pequeno viajante em BlueStone que precisa de ajuda. Será que com a vinda de nossos aventureiros ele terá o que precisa? E será que ele não venha a ser útil?

- A Teia da Morte -

     Dito o que fosse, nenhum argumento parecia ser o suficiente para arrastar o gnomo para a próxima sala da torre. Felizmente, depois de um tempo, eles o lembram das riquezas que ele encontraria, e da próxima saída. Ah sim, a saída! Bastou falar na saída daquele lugar para que ele se mexe-se. Aproveitando os movimentos e respostas do pequenino, Genesys pergunta:
   - Mas me diga, o que há na outra sala de tão assustador, Dó-Ré-Mi? - perguntou o kemono, com uma certa preocupação quanto a resposta.
   - Uma estátua... - disse Dó-Ré-Mi, de face para baixo, olhando suas botas.
   - Uma estátua? - estranhou Arthur.
   - Imensa, e sombria...
   - Hum... - Genesys então lembrara de algo.
     Lembrara de ter lido no livro em que achara de que Malaguz havia construído vários golems em suas viagens. Na verdade ele estava quase certo de que era de um golem de que ele estava falando. Mas não deveria deixar isso em mente já que tinha percebido, em suas leituras no livro sobre a torre, era que ter uma estratégia formada quanto a torre era morte certa. Afinal, nada se repetia naquela torre.
     Subindo os últimos degraus para o terceiro andar eles passam pela entrada de pedras brancas, que não se fecha. E deparam-se com uma enorme estátua de dois metros e meios em sua frente. Era feita de um material estranho e escuro. Utilizava uma armadura, um peitoral apenas na verdade. O peitoral era de um metal negro, que não reluzia. Ninguém soube dizer do que aquilo era feito, apenas continuaram em frente.
   - Magnum... - disse Genesys, que havia lido o que a base da estátua dizia.
     Pensou um pouco, e então disse:
   - Óh! Grande guardião de pedra, tu és aquele que guarda a passagem?
     De repente um enorme grunhido fora ouvido, vindo da estátua. Dó-Ré-Mi, ao ouvir o terrível som da "estátua" sai correndo em disparada em direção a porta de onde vieram. E lá nas escadas ficou. O som fora tão profundo e terrível que até mesmo Genesys, o Leão Vermelho, ficara assustado. Os pelos de sua calda estavam arrepiados.
   - Grande guardião, - falou Genesys em um tom não tão pomposo quanto antes - como podemos conquistar sua permissão para passarmos?
     A grande estátua, que revelara não ser tão imóvel quanto uma estátua normal, retira-se de sua base e revela palavras no monólito que trancava a passagem para a próxima sala do tesouro. Lá estava escrito o seguinte:

            Magnum / Aventureiros :
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   - Então parece que teremos de mudar o placar para passarmos... - desta vez Genesys não parecia tão assustado, já que sabia que medo em uma batalha de nada adiantaria.
   - Temos de ir logo com isso - disse Arthur olhando para o corpo de Gimb, que estava em seu ombro.
     Colocou o corpo de Gimb perto da saída e então todos puxaram seus equipamentos para o que viesse de Magnum. Löw puxou o escudo que Arthur o havia dado a tempos atrás e posicionou-se de forma que pudesse defender a todos, quando possível.

A criatura era resistente. Mesmo depois de vários golpes de Genesys e Arthur, em vários pontos diferentes de seu corpo e armadura. Krusk nada pode fazer além de revelar que ele era uma criatura golem, criada por magia. Portanto não haveria parafusos ou mecanismos para ele sabotar. Quanto a Löw, seu escudo parecia ficar cada vez mais pesado depois de cada golpe que defendia. Fosse dos grandes punhos do golem e dos poderosos raios que lançava de seus olhos.
     Houve um momento em que Krusk percebera um falha na armadura. E, levantando sua ferramenta, disse:
   - Hey! Atrás... - de repente o goblinóide para de gritar.
     Magnum havia disparado seus raios contra todos. Löw havia defendido Albert, e desta vez Krusk não conseguira desviar-se. Krusk olhou para seu pequeno peito e deparou-se com um buraco do tamanho de seu olho. O cheiro de carne queimada tomou conta do lugar. Todos olharam para o goblinóide cair de joelhos e terminar sua frase, que mais tarde viria a salvar a seus amigos:
   - ...da armadura... - falou Krusk baixinho, com seu ultimo suspiro. Apontando para o teto.

Dor. O que era mais doloroso do que perder dois amigos no mesmo lugar, pelo mesmo descuido? Embora houvesse dor, ela não se transformara em tristeza, como na morte de Gimb, mas sim em ódio. Um ódio que os tomou e por alguns instantes os fizeram esquecer de tudo ao seu redor além de suas habilidades e Magnum.
     Arthur ficara invisível e fora par atrás de Magnum, enquanto o Leão Vermelho batia de frente com ele. Löw fora um pouco para trás e percebera que o gnomo, depois de horas nas escadas, conseguira vencer os seus medos. E  com alguns acordes feitos em seu alaúde, fora capaz de transformar a amargura da perda em uma força que os guiou pela batalha com esperança e bravura.
     Genesys fora jogado para longe quando tentara dar a volta em Magnum. E Arthur, aproveitando o momento, destruíra já dois dos três parafusos estranhos que encontrara nas costas da armadura de Magnum. Que ele e Genesys jamais teriam se dado conta, se não fosse o ultimo aviso de Krusk.
     Então, durante a batalha, pegando quase todos de surpresa, Magnum abre uma boca em meio as perdas que o formavam. E, em vez de palavras, cuspira lava em todos ao seu redor e então em todos na sala em um jato em formato de cone. Muitos foram feridos pela lava, mas sobreviveram. Genesys, que havia sido jogado na parede, fora correndo pegar o corpo de Gimb que estava no chão e leva-lo para as escadas, onde ambos estariam a salvo. Löw então defendera Albert das gotas magmáticas e ele fora capaz de curar a todos novamente. Porém, o corpo de Krusk - que havia sido esquecido em meio as músicas de Dó-Ré-Mi e a fúria da perda -, acabara por tornar-se cinzas envolto a lava que chegara até seu corpo.
     Fora quando Genesys voltara e conseguira quebrar a armadura de Magnum. Ela já estava mostrando vários sinais de estar quebrando. Sinais em pequenas rachaduras. Até mesmo o Löw havia antes atacado as rachaduras quando percebera elas. E agora, tendo Genesys destruído a armadura bastava que Arthur destruísse ele, seguindo as escrituras no teto.
     Sim, em seu ultimo momento Krusk não só avistara o ponto fraco da armadura, como o ponto fraco do golem. No teto estava, em desenhos estranhos, desenhos de aventureiros destruindo um tipo de cristal dentro de Magnum, o destruindo. E fora isso que Arthur fizera, seguindo e vingando seu amigo.
     Com sua espada, que possuia a habilidade de congelar coisas as vezes, atacara o cristal azul que girava em mecanismos dentro do corpo de Magnum. Primeiramente o fez rachar, e então o congelou, quebrou o vidro destruindo parte do cristal. Congelou-o novamente e o destruiu para sempre, quebrando o cristal e milhares de pedaços de gelo no chão.

Krusk fora vingado, mas não seria isso que concertaria as coisas. Ela havia ido, e sem um corpo para usar de receptáculo, não haveria ser mortal que o trouxesse de volta. Apenas Gimb tinha uma chance agora.

     Na sala do tesouro, que fora revelada quando o monólito se quebrara, Löw abrira o baú à procura de moedas, pedras preciosas e mais mensagens. Arthur subira rapidamente as escadas para o próximo desafio, queria salvar Gimb o quanto antes. Genesys, antes de entrar na sala dos tesouros, escrevera nas ruínas do monólito o seguinte:


            Magnum / Aventureiros :
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     O placar havia mudado. Por mais que soubesse que aquele quarto iria ser destruído, para que outro viesse, ele sentiu que precisava fazer aquilo. Para si, e para Krusk. Quando voltara começou a procurar por algum segredo no baú. Pois tudo que Löw achara era um fundo falso que fizera um palhaço (com a face de Malaguz) pular em sua face com um bilhete escrito:
"Acha mesmo que eu colocaria tudo sempre nos mesmos lugares?"
     Genesys começou a procurar, junto a Löw e Arthur. Dó-Ré-Mi estava em um canto, pensando no que havia acontecido. "Aqueles homens perderam um amigo, e mesmo assim me protegeram e me salvaram". Eram muitos pensamentos na mente do pequeno bardo. "Será que eu mereci? Será que a vida do amigo deles foi o preço de minha salvação?"
     Continuando a busca eles encontraram outro bilhete em um outro compartimento no baú, e dizia:
"Sério?"
   - Sério! - disse Genesys um tanto irritado com tantas charadas e tantas mortes.
     No fim, apenas encontraram mais uma pedra preciosa, uma safira. O anão deu-se o "trabalho" de guardar esta gema para eles. Todos então ficaram intrigados pois queriam mais, e voltaram para a sala do combate com Magnum. Procuraram, procuraram, até que um deles - todos fora Arthur que estava nas escadarias com Gimb os esperando - tivera a ideia de puxar as tochas no salão de Magnum.
     Só que antes que pudessem fazer isso, um novo monólito começou a se formar. Sim, o tempo! Puxaram as tochas e correram feito loucos. Como poderiam ter esquecido do tempo. A cada um minuto e meio os salões resolvidos são destruídos e novos são gerados. Arthur ouvira os gritos de todos, deixou Gimb e correu. Löw fora o primeiro a passar, era o mais baixinho. Logo fora Genesys e Dó-Ré-Mi. Arthur tentara segurar a porta, mas era pesada de mais. Mesmo para um homem forte como ele. Albert, o ultimo, conseguira passar por pouco. Quase perdendo sua bolsa com os papéis para os pergaminhos.
     Depois daquilo procuraram por mais até que encontraram uma alavanca que revelara escritas em draconiano nas paredes. Genesys então se lembrou de ter lido algo sobre "Malaguz ter usado sua torre como seu grimório" ou algo assim. Ao lembrar disso logo pegou a ponta de lança que conseguira na batalha da cidade de Lhibann e anotara em seus braços duas das passagens do teto e da parede a sua frente.
     Quanto ao ambicioso anão, ele fizera o mesmo, mas em seu escudo. Dó-Ré-Mi sabia que era um tanto tolo anotar palavras desconhecidas no corpo ou em qualquer lugar, e ficou quieto. E Albert, bem, ele fora chamado mais tarde para tentar identificar. Já que conhecia algumas magias.
     Explicara ele que das três escrituras duas eram maldições e uma era uma benção. Löw havia anotado uma maldição que faria com que seu escudo agisse como um "espelho de sofrimento" - como se ele não tivesse um escudo, já que a dor passaria por ele mesmo assim.. Ao ouvir isso o anão tentou riscar as frases mais apenas piorou a maldição. Sentiu seu escudo mais pesado e ele parecia queimar a pele. Largou seu escudo em um canto e pegou seu primeiro escudo para utilizar.
     Genesys, obviamente, ficara com uma maldição e uma benção nos braços. Em seu braço esquerdo vera uma maldição que faria ele compartilhar da dor e do sangue de seus companheiros - ele percebera naquele momento que todos que sofressem um golpe o fariam sofrer este também. E quanto a benção, Albert disse que não conseguira decifrar, mas que era algo de Khalmyr. A maldição abalou muito Genesys, pois aquilo o colocaria em perigo por todos. Então disse:
   - Acho que devemos sair da torre. Lembre-se do que Malaguz disse sobre a ganância. E também, minha maldição é terrível... - falou Genesys deprimente.
   - Sr. Genesys, você é tão importante quanto qualquer outro aqui. Somos um time e precisamos ficar juntos. Se o senhor sair, todos nós sairemos... - disse Albert, com um olhar determinado.
     Ele queria sair, mas se todos fossem não haveria como recuperar a vida de Gimb. Decidiu seguir em frente até que encontrassem Gimb, e então ele iria. Todos então disseram que seria o mesmo para eles. Já que não queriam mais nada, além de seu pequenino amigo. Seguiram em frente, e a porta atrás deles fecha.

Em sua frente um enorme abismo formado pela magia. Cuja a única forma de passagem eram por quatro blocos flutuantes que se mexiam, uma pequena passagem estreita no ar que tinha três lâminas passando pelo caminho constantemente e no fim haviam várias varas que eles deveriam pular para alcançar o fim do abismo.
     Um pequeno morcego, que mais tarde revela-se sendo o familiar de Malaguz, explica que só haviam dois jeitos de passarem. Ou encontravam os botões na sala e achavam a combinação certa, ou alguém teria de se sacrificar. O sacrifício parecia justo para o gnomo. Já que um deles havia morrido para que os outros pudessem o proteger. Era o mínimo que poderia fazer, e era tudo que lhe restava. Mas não podia se matar, ou levava Genesys consigo. Ah sim! Se qualquer um deles morre-se, Genesys morreria também. Era complicado. Mas seguiram em frente.
     Genesys foi primeiro. E, quase caindo entre as lâminas, conseguira passar achando um dos vários botões da sala. Um botão que revelou os outros quatro. Só que precisavam descobrir a combinação ainda. E, é claro, os outros precisavam chegar nos outros botões.Dó-Ré-Mi encontrara um botão ao lado da entrada, e decidiu ficar ali. Arthur largou Gimb e pediu para o gnomo traze-lo novamente quando achasse a combinação. Então o anão pula em sua frente e diz que ele deveria tentar primeiro. E assim se faz.
     Ele pulara entre as rochas flutuantes e conseguira chegar no segundo botão. O primeiro, o segundo e o quinto estavam resolvidos, haviam pessoas neles. Agora era Arthur, e então Albert. Arthur quase caíra em todas as tarefas. Graças ao Sacerdote alguém mantem um olho para ele. Pois ele conseguira passar por tudo, graças a sua corda. Genesys quase teve um infarto ao vê-lo caindo sempre. Pelo menos ver a mão dele ressurgindo das sombras o aliviou todas as vezes. 
     Era a vez de Albert. Todos se perguntaram então que Deus que Albert seguia pois ele conseguiu passar pelos desafios calmamente. Menos no final, onde ele quase perdera a face caindo na frente das lâminas. Só que o importante é que ele conseguiu alcançar o botão. 

Bem, todos em seus lugares, com os dedos sobre os botões. Agora precisavam descobrir a combinação. E, graças ao primeiro botão que apertaram, viram que a combinação errada fazia com que uma descarga elétrica fosse conjurada em cima de todos que estivessem acima do abismo. Deveriam tomar cuidado.
     Genesys, lembrando-se de que Krusk vira a resposta no teto, olha para cima. E lá ele vê uma serpente desenhada por toda a sala. Então ele pede a todos para que os botões, que estavam respectivamente abaixo da serpente, fossem apertados de forma que fosse da cabeça para a cauda da criatura. E realmente conseguiram. Só que assim que o monólito abriu-se a serpente criara vida e - lá de cima do teto - começara a atacar com a cauda e suas presas. Fugir dela fora difícil, mas conseguiram. Houve um momento que Genesys se viu com o coração na mão. Pois vira Arthur segurando Dó-Ré-Mi, que estava segurando Gimb. Se Arthur caísse, apenas Albert sobreviveria. E ele provavelmente morreria logo. Seria o fim. Mas não foi bem assim.
     Chegando a sala do tesouro eles pegaram tudo e encontraram mais uma das mensagens loucas de Malaguz falando sobre cobras e pesadelos. Pesadelos... Aquilo os fez parar e ver o quanto estavam cansados. Já haviam passado quatro andares. Precisavam descansar, e então dormira.

De alguma forma, o sonho de todos eles vieram a se juntar. Löw, que sonhava com um mar de hidromel, nadara até as ruas sombrias dos pesadelos de Genesys. Foram então caminhando juntos até as terras gélidas na mente de Arthur - a qual nem ele soube explicar direito, mas ele sabia o motivo. E então encontraram Dó-Ré-Mi em meio à florestas. Quando todos se uniram os sonhos desapareceram e eles se viram caminhando em um campo belíssimo com várias flores e muita grama. 
   - Que diabos é isso? - falou Löw, irritado em perder sua bebida.
   - É um sonho... - disse Genesys sério.
   - Um sonho? - perguntou Arthur. - Mas estamos todos juntos. Como sabe que é um sonho?
   - Tenho apenas pesadelos à noite. E se vocês estão aqui, só pode ser um sonho... - explicou-se Genesys.
   - Pessoal ? - disse Gimb.
     Todos ali olharam para o halfling que voltara dos mortos. Todos o abraçaram e disseram o quanto sentiram sua falta. Queriam ele de volta, mas não sabiam como. Foi quando eles ouviram uma voz, vindo do alto.
   - No mundo dos sonhos, tudo é possível... - disse a voz dupla que vinha alto.
   - Quem falou isso? - perguntaram a maioria.
     Havia algo flutuando em cima deles. Como um pequeno pedaço de terra, que vinha descendo aos poucos à terra. O chão então se desmaterializou formando uma cratera perfeita para que o monte de terra flutuante se unisse com a cratena. Quando tudo havia acabado viram um homem em frente à uma fonte de água cristalina. Ele jogava um jogo estranho de peças e cartas, em quanto tomava alguma coisa.
   - Podemos trazer nosso amigo de volta então? - perguntou Arthur.
   - Durante sua estadia aqui, sim... - respondeu o homem de longos cabelos azuis. - Quando acordarem, não passará de um sonho
   - E como tornamos este sonho em realidade, Deus dos Sono? - perguntou Genesys.
     O ser sorri, pois Genesys acertara em cheio sua identidade. Já era de se esperar que Genesys, que sempre tem pesadelos, viesse a conhecer o senhor dos sonhos, deus do sono. E ele, com sua voz dupla, respondeu:
   - Há uma relíquia no próximo desafio...

          [ Falaram sobre uma relíquia, uma máquina mágica, que seria capaz de trazer Gimb de volta. Só que seria pelo preço de outra. Genesys perguntara de quem era a relíquia e como ele havia parado aqui. O Deus apenas disse que tal relíquia era de seu irmão. [...]. Ele também explicara que ele era um Deus do Antigo, um Deus do Pré-Vida, assim como seu irmão. E que ali ele iria permanecer, até que o ele devesse voltar. [...]. ]

     No fim ele entrega à um deles uma pequena peça de seu jogo. Era um homem em mantos brancos e vermelhos com a mão esquerda sobre o coração e a direita no ar. E estava escrito em sua base: Tolerância.

Os olhos abrem, e todos se veem em pé na mesma posição que se encontravam no sonho. Albert, que havia desmaiado tentando desencantar um encantamento da torre para Genesys, voltou a cair no chão. E o corpo de Gimb, voltou a cair.
     Aquilo fora tudo muito surreal. E para piorar o gnomo veio novamente com seus pensamentos de sacrifício para os seus salvadores. Eles queriam Gimb de volta, mas não queriam que ele morresse. Infelizmente, era o necessário. Seguindo em frente no próximo salão se depararam com uma gigantesca estátua de ouro da Deusa pagã da Morte e da Sede de Sangue. Ele, com seus seis braços, estava segurando seis cápsulas de vidro cheias de sangue. Menos uma, que estava vazia, e com a porta para dentro aberta.
     Dó-Ré-Mi deixou seu alaúde e agradeceu a todos por tudo. Genesys disse, em nome de todos, que ele havia sido muito útil e que era um bom gnomo. O bardo, com um sorriso no rosto, se colocou na cápsula. Genesys fechou a porta e se distanciou. O braço que sustentava a cápsula levantou e começou a brilhar. Sua respiração ficou mais pesada e seus olhos começaram a ver tudo embaçado. Suas batidas ficaram mais lentas e pareciam facadas em seu peito. Seu corpo então começou a inchar e ele explodiu. 
     As seis vasilhas estavam cheias, e a estátua abriu sua boca e - como se estivesse viva - começa a dar a vida à uma criatura pela boca. Um ser saia de lá, envolto de um tipo de pele estranha, como em um bebe. A estátua parecia até mesmo estar engasgando mas na verdade estava retirando a criatura de dentro de si. Depois de um tempo a criatura é posta no chão e começa a se mexer. E, quando a pele é rasgada o corpo de Gimb reluz como o sol e vira pó. Todos olharam para seu amigo virando pó, mas ouvindo um grito familiar, foram até o corpo que saíra da estátua. Era Gimb. Ele estava nu e deitado no chão. Sua primeira palavra depois de tanto tempo fora:
   - Amigos...

     Eles ficaram todos felizes com a volta de seu amigo. Pegaram os tesouros da outra sala e foram para dentro do portal azul que, nos dizeres de Malaguz, os tiraram dali a qualquer instante. Mas, para a surpresa de todos, o portal os levou para uma sala enorme onde se encontraram com um esqueleto de cristal de quatro metros de altura. Ele disse que era o Ceifador de Cristal, e que deveriam responder pelo menos uma pergunta certa para saírem dali.
     Genesys, confiante, vai primeiro. O Ceifador então começa a falar sua charada. Era uma charada sobre um casal que se separava e o irmão da esposa se casa com o IRMÃO do esposo, e através da magia geram um filho. Ele então perguntara se ele seria considerado sobrinho do pai do primeiro casamento ou primo da criança do pai do primeiro casamento. 
     O Leão Vermelho diz que ele seria os dois. Mas, o Ceifador então avisa que seria errado afirmar isso, já que a criança não era de sangue e sim gerada pela família. Aquilo deixou Genesys furioso pois seu raciocínio havia sido perfeito. O que o Ceifador disse não passava de um monte de balelas. Ficara ele resmungando em quanto Gimb se aproximava.
     O Ceifador de Cristal então falara a segunda charada que era sobre uma terra onde todas as pessoas que carregavam coisas contadas de numero par usavam sapatos no pé esquerdo. Então ele perguntou quantos, dos quatro homens desta terra que andavam juntos, estavam usando sapatos no pé esquerdo já que cada um carregava quatro mochilas com um sapato, sendo que cada um tinha um sapato a mais do que o outro.
     Demorou um pouco, mas Gimb dissera que os quatro estavam usando sapatos no pé esquerdo. E assim, tendo respondido certo, o Ceifador os permite passar. Claro que Genesys não estava nem um pouco satisfeito com aquele "bastardo, filho de uma porca..."

Saindo de lá eles se viram na frente de Malaguz. Pediram que ele devolvesse os pertences que Gimb perdera quando fora trazido de volta. Ele assim o fez, cobrando metade das moedas que eles conseguiram. Então Genesys pediu que ele retirasse a maldição, e ele assim o fez, cobrando mais dinheiro. E, para terminar, ele pediu um rubi para que ele mandasse eles para BlueStone, a cidade que eles desejaram ir. Assim o fez. Mas antes entregara uma caixa para Genesys que, disse ele, iria revelar a benção no braço direito dele. 
     Animados com a volta do amigo, eles foram para BlueStone.

Onde iriam finalmente procurar novos horizontes...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

- Para onde agora? -

     O dia começara para Arthur com a busca por Lylah, a moça que havia tomado conta durante a procura pelos impostos nas tocas dos goblins. Já fazia algum tempo que queria vê-la, mas não encontrara tempo antes. Sempre com outros objetivos, seguindo seus amigos atrás de objetivos. Acompanhando sua nova família. Fora ver o rei, o único que veio em sua mente que saberia dizer onde ela estava.
     O grande portão fora aberto pelos guardas, e logo se viu de frente ao trono do rei. O salão real não parecia o mesmo de ontem. Havia tanto calor, nas moças, na música e na comida. Agora encontrava-se gélido e sombrio. O rei era como uma sombra em seu trono, uma sombra de toda a alegria que fora na noite passada.
   - Meu rei - disse Arthur aproximando-se do trono.
   - Ah! Ronny! - ergueu-se o rei alegre em vê-lo.
   - É Arthur... - corrigiu Arthur, já cansado de ver as pessoas chamando-o por um nome inventado por Genesys.
   - Ah, entendo. Arthur...  Bem, Arthur, como posso ajuda-lo?
   - Onde está a moça que eu havia trazido aqui, quando trouxemos a cabeça de Kurupak?
   - Hum... ela não estava em Royal Jewel? Creio que sim. Se eu estiver certo acredito que ela esteja em uma ala especial dos curandeiros. Sim, todos que conseguimos encontrar nos escombros de Royal Jewel foram levados para esta ala no segundo andar do templo de cura.
   - Certo, eu estarei indo e...
   - Ah! Espere, uma senha é necessária para entrar nesta ala.
     Tendo ouvido a frase sem sentido, como a que Genesys teve de lembrar, fora até o templo de cura. Lá ele encontrara vários soldados que lutaram ao seu lado e outros que lutaram em outras partes da grande cidade de Lhibann. Fora até uma escada protegida por grades, e guardas. Aproximou-se e chamou a atenção deles. Uma elfa, de longos e estranhos cabelos azuis, aproximou-se e pediu que ele falasse o código.
     Infelizmente Arthur errara o código e teve de ficar do lado de fora. Saiu do lugar e pensou um pouco. Tinha de ver a moça, sentia-se obrigado de saber se ela estava bem. Ele se via culpado pela morte do pai dela, era o minimo que podia fazer. Cortou seu braço e entrou novamente, chamou os guardas. Mas desta vez um outro homem o atendeu e cuidou de seu braço.
     Era um pequeno gnomo que mais tarde, descobrindo do que se tratara a vinda de Arthur, decide ajuda-lo. Ele vai até lá e, sabendo da descrição da moça, trás ela até Arthur. Ela estava com uma muleta e um elfo a ajudava a ficar em pé.
   - Como está, Lylah? - disse Arthur, vendo o que os orcs haviam feito com ela.
     O elfo então fala novamente o que Arthur diz, no ouvido dela. Ela cochicha algo para o ser das florestas e ele diz:
   - Ela disse que está se recuperando, mas esta sendo difícil...
   - O que houve com ela? - falou Arthur, pasmo com o estado da moça.
     O gnomo então explica que ela havia sido queimada com uma chama estranha, que nenhuma cura estava adiantando. Porém havia percebido que o olho dela havia sido ferido, mas curado antes. Isso Arthur sabia, pois lembrou-se quando Albert curara seu olho.
     Assim que terminou sua conversa com ela e os homens que cuidavam dela, ele se despediu e foi encontrar-se com seus amigos. Mas assim que chegou no quarto da estalagem ele simplesmente se jogou na cama e foi descansar.
     No que a porta se fecha atrás de Arthur, antes de ir dormir, Löw acorda com o som da batida. O anão se levanta e acorda a todos. Avisa que vai comprar algumas coisas e vai. Ao sair todos se levantam e se preparam para sair dali. Durante os preparos ele mencionaram algo sobre sair de Lhibann. Mas nada fora concluído.
     Com a volta do anão todos se levantaram e foram para o porto. No caminho encontraram Genesys, que estava em uma taverna. Quando foram conseguir uma explicação ele apenas disse ter ido visitar alguém. Para não revelar o que ele havia feito à noite - não revelar que havia visitado a moça da loja de armas, para achar conforto em meio a confusão que a criança havia causado.

Todos reunidos, e nenhum objetivo. Gimb então abre a boca para dizer que seria interessante sair de Lhibann. Krusk disse que seria realmente interessante, mas havia muito mais ainda para fazer e ganhar aqui. Mas os outros não queriam ficar, muitas memórias. E quanto a Arthur, poucas memórias, mas o que ele queria era ver mais. Assim tendo mais o que lembrar no futuro.
     Tomada a decisão eles correm para o porto e dirigem-se para os mercados seguindo a costa no porto. Lá eles compraram alguns recursos e e poucos equipamentos. Voltando para as docas, apenas um navio atracado. Elfos, de todos os tipos, desciam dali. Genesys se aproxima:
   - De onde seu barco veio? - perguntou ele para um guarda ali perto.
   - Estamos fazendo uma peregrinação. Viemos de Ziir, passamos por Urughaff e acabamos de sair de Horntown. Iremos depois para Cleaveland, passaremos por Daggerfall e então voltaremos.
     A vontade de ir para Daggerfall era grande, mas ainda tinha muito o que ser feito. Genesys então pensou em seus amigos, e colocou sua vontade de lado, por agora. Virou para eles e então Gimb perguntou:
   - Por que não vamos para Malaguz' Tower?
     A muito tempo atrás, nos pergaminhos entregues pelas cidades (o que seria algo como um jornal), havia sido escrito que Malaguz' Tower, a famosa torre de desafios de Wayland, havia sido reconstruída pelo próprio Malaguz! Todos sabiam sobre isso, menos Arthur, é claro.
     A ideia parecia boa, e já que não queriam ficar em Lhibann, parecia ser um bom caminho para seguir. Krusk perguntou o preço de uma "carona" para a ilha visinha. O homem disse que seria o preço de uma viagem real, 450 moedas. Juntaram o dinheiro, mas antes de entrarem, Genesys teve a ideia de ir buscar um livro que falasse sobre a torre. Seria muito útil.
     Genesys foi correndo para biblioteca, em busca de algum livro que o ajudasse. Até que pudesse voltar, seus amigos ficaram interrompendo o guarda, que estava prestes a deixar a cidade. Fosse apontando para o nada ou perguntando sobre sua cidade natal.
   - Preciso ir agora... - dizia o guarda.
   - OH! Olhe para aquilo! - apontou Krusk com uma cara de susto.
   - O que?! - olhou o guarda.
   - ...
   - Uma gaivota... - falou o guarda.
   - Bonita gaivota - falou Krusk, com um sorriso forçado.
   - Verdade. Bem, agora tenho de...
   - Meu deus do céu! - apontou Krusk para outro lado.
   - O que é desta vez?! - disse o guarda irado.
   - ... - Krusk, que se divertia um pouco, ficou quieto novamente.
   - Hum... outra gaivota... Hey, o que é aquilo? - apontou o guarda para outro lado.
     De inicio ninguém olhou, temendo que o guarda estivesse fazendo o mesmo com eles. Mas depois de um tempo, viram Genesys correndo com um livro embaixo do braço.
   - Certo, aqui estão as 450 moedas! - falou o goblinóide.
     Embarcaram e foram para a ilha ao lado. Durante a viagem todos repararam que não havia recursos suficientes, pois Genesys - que lia o livro - os informara que haviam pessoas que já ficaram dois anos naquela torre. Pelos menos os únicos que saíram passaram este tempo. Precisavam de comida.

Descendo na terra viram a grande e enorme torre. Seus andares eram quase incontáveis, e a única coisa que não era negra era uma abóboda  de vidro verde no topo. Era macabro, e ao mesmo tempo, emocionante. Correram até a porta da torre.
     Chegando lá encontraram um velho homem sentado nos degraus da torre. Genesys, reconhecendo-o pelo livro, gritou:
Malaguz
   - Você é Malaguz?! - disse Genesys, apontando para ele - O mago odhrunniano que construiu esta torre?
   - Vejam só, não só terei novos aventureiros em minha torre, como eles já sabem de minha identidade. Isto é raro...
     A conversa com ele demorou bastante. Ele revelou que por mais que a torre aparentasse ter trinta andares, ela tinha bem mais. Pois ele utilizara magia para construir a torre. Tornando-a maior por dentro. Também explicou o mago que por causa deste feitiço o tempo dentro da torre passara mais rápido do que aqui fora. Dizendo que eles poderiam passar meses ou anos lá dentro. Dito isto eles lembraram dos recursos e foram até uma aldeia ali perto. Que, pelo o que Malaguz disse, fora uma aldeia de magos que esperaram ser aprendizes dele. Como ele nunca os tomou como pupilos, eles ali esperaram por ele, até hoje.
     Lá era um lugar estranho, o que pareciam barracas do lado de fora, eram entradas para uma pequena cidadezinha subterrânea. Compraram muita carne e bebida, também trouxeram água e muitos vegetais. O comprador era um homem estranho. Revelara sua esposa para os nossos aventureiros, que era uma zumbi. Ver aquilo era estranho, mas até que ela era bonita. Só que ela era uma zumbi, então nada passara na cabeça deles. Ou assim nós esperamos.

Saíram de lá com uma carroça cheia de comida, pararam na frente de Malaguz' Tower e pegaram toda a comida que conseguiam levar consigo, e foram para dentro da torre. Malaguz fechou a porta e nada mais pode ser ouvido do lado de fora. Nem o mar, nem os pássaros; nem o vento, nem nada. Era apenas eles e a torre agora.
     Se viram na frente de um grande monólito de pedra branca. Escrito nele havia algumas palavras e nove buracos cúbicos que formavam um cubo maior. Vários corpos esqueléticos escondiam quase todo o chão da sala, mas tentaram ignorar. Gimb teve de aguentar, ou vomitaria novamente.
     Depois de analisar as escrituras, Krusk disse que ali estava escrito algo mais ou menos assim:

"A imagem certa devem formar,
Para que a passagem venha a se revelar.
Não pensem em errar,
Ou parte do cenário irão se tornar."

     Tendo isso em mente, e três pequenos cubos negros nas mãos - que havia encontrado nas mãos dos esqueletos - eles começaram a formar imagens.

Horas passaram. E nada, apenas imagens erradas. Ao errar um perigo maior os esperava para puni-los. Hora eram dardos, hora eram orcs estranhos e até mesmo tentáculos gigantescos. Até mesmo foram atingidos por magia das trevas e nada.
     Vários já haviam caído. Mas graças a Albert eles continuaram vivos. Mas até mesmo Albert caíra durante os dardos, pois nem todos poderiam ser defendidos ou desviados. Quando caíra ele fora salvo por seus pergaminhos de cura, que foram usados por seus amigos nele. Chegaram ao ponto em que os pergaminhos haviam acabado, mas pelo menos haviam várias poções para cura-los e recuperar a energia de Albert para cura-los.
     Bem, foi um dardo em especial, que ninguém estava esperando. Gimb estava se desviando de vários, e as vezes usava seu teleporte para fugir de uns. Mas houve um momento em que ele teleportara-se junto com o dardo. Todos, depois de desviarem-se, olharam para onde ele estava. De repente ele reaparece, com o dardo em seu pescoço.
   - Gimb! - gritaram todos.
     Por mais que ele já houvesse caído antes, desta vez todos tiveram um cala frio.
   - Albert, cure-o! Rápido! - gritaram.
     O jovem curandeiro se aproximara, com um pergaminho que havia preparado antes desta saraivada de dardos, e colocara sobre ele. Sons de magia, o pergaminho desaparecera - como sempre. Mas os olhos de Gimb continuaram fechados. Albert colocou seu ouvido no peito de Gimb e pegou em sua mão. Silêncio, e frio.
   - Ele, ele está...
   - Não brinque conosco Gimb... Por... por favor pare! Pare! - gritou Genesys.
   - Levante-se! - falou Löw.
   - ele está morto... - disse Albert, em um tom inexpressivo.
   - NÃO DIGO ISSO! Gimb! - Genesys jogou-se no chão e agarrou o corpo gélido do halfling. - Acorde! Jeri... Gimb!
   - Vamos, Genesys! Pare, temos de continuar... - falou Arthur.
   - Sim, iremos leva-lo conosco, talvez... no caminho... - dizia Krusk.
     Genesys irritado passou o corpo de Gimb para Arthur e colocou os blocos em outro formato, mas fora uma falha novamente. Assim foi por mais de dez outras tentativas. Raios, magias, dardos. Uma armadilha atrás da outra, e a ideia de que este era o primeiro teste não saia da mente deles.

Até que. Genesys armara uma combinação que não sido feita antes. Nenhum portal com criaturas, nenhum dardo saindo do nada. O monólito quebra, e a passagem é revelada. Um baú com recompensas de um lado, um portal - que Malaguz dissera que poderiam sair sempre que terminassem um andar - e uma escadaria para o próximo desafio.
     Pegaram as riquezas, e seguiram em frente. Löw achara um pergaminho em meio as riquezas, que dizia o seguinte:

"Pelo visto vos todos conseguiram passar;
Espero que a mesma sorte venha a calhar.
Um teste de habilidade irão ter de enfrentar.
Acham mesmo que tem ouvido para escutar ?"

     Chegaram em uma sala familiar. Porém havia um monólito diferente, e um pilar com estátuas no centro. Era a estátua de um gato, de um galo, de um boi e de uma serpente. As escrituras diziam agora sobre tempo para apertas os botões corretos, correspondentes aos sons. 
     Acharam fácil, então Löw apertou o botão para que os sons fossem feitos. Ao apertar, um relógio de areia apareceu, e sons de animais rapidamente começaram a vir das estátuas. Fora tão rápido que se perderam. O tempo que eles tinham, no relógio de areia, era para apertar os botões certos, depois de terem ouvido. 
     Quando Genesys fora apertando os botões, um sons estranho fora ouvido e o relógio voltou para dentro da parede. Dardos voaram por todos os lados, e eles foram pegos de surpresa. Felizmente todos desviaram ou foram defendidos por Löw. Agora que sabiam como iria funcionar, apertaram novamente. 
     Erram, e mais dardos voaram. Fora na terceira vez que o monólito fora quebrado. Revelando mais tesouros, novamente uma passagem para sair, as escadas e um gnomo.

     Ele era um bardo, e revelara estar a tempos esperando que alguém viesse salva-lo. Disse que o que vira no teste acima deles era assustador demais para continuar. Só não saíra da torre - dizia ele - por que não queria deixar o baú para trás.
     Pegaram as riquezas, dividiram com o pequenino e disseram que não havia o que temer, pois eles ajudariam o gnomo a sair dali...

Por mais que gnomos as vezes tenham medo de tudo,
bardos não temem muita coisa, pois já ouviram sobre coisas piores.
E além do mais, ele parecia ser um pouco convencido...

O que teria sido capaz de assustar um bardo convencido?