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3169E6, Era de Sombrata. Dia 18 de Fevereiro.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

- Adeus, meu Rei (Part II)-

     Embora a aparição de Tobias em meio as ruas da cidade da justiça tenha sido algo bom para o humor de alguns, aquilo não parecia afetar muito o humor de Genesys. Por mais que ele demonstra-se. Com o coração cheio de suas raivas que foram acordadas por ver Idvith e Jeriod, ele decide se afastar um pouco. E, por tal, recusa-se a ir ao funeral com os seus amigos.
     Arthur então diz que se ele não fosse que pelo menos cuidasse de longe, ou que pelo menos fizesse algo útil. Ignorando a todos, mas tendo a todos ouvido, ele vai até a capela onde Gimb havia ficado com Albert em uma torre para enfrentar os orcs de Horull durante a batalha que ficaram conhecidos em Lhibann por terem ganho.
      Lá, ta torre, encontrou refúgio para sua mente, onde esperava pôr suas emoções no lugar antes que fizesse algo que afetasse a todos os outros, o que de forma alguma ele desejava. Arthur, que de longe grita para seu amigo não fazer nenhuma coisa errada, dá as costas para a capela ao lado da muralha e entra na ala nobre mais uma vez, agora indo para o funeral. Encontrar Tobias, e toda aquela conversa sobre passado e de Idvith realmente os havia tirado tempo. E quem diria, faltava menos de uma hora para o inicio da cerimônio. E percebendo que a lua já estava no seu auge, decidiram apertar o passo para a cerimônia.

Dentro do palácio, agora com as portas abertas para todos que viessem assistir o rito de passagem, nossos heróis encontraram-se com Idvith na sala do trono. Agora ele vestia uma vestimenta completamente branca com deta lhes dourados e botões prata. Fosse bom ou não, ele sabia se vestir.
   - Idvith? - Arthur chamou.
   - Ah! Arthur! Bom revelo novamente, mas...  Vejo que falta um - disse Idvith observando a falta de um membro entre eles, entre os Slayfers.
   - Sim, Genesys disse que não estava bem e decidiu não vir
   - Que pena... Bem, que cotinuemos com a cerimônia e... - ele foi interrompido
   - Ahm, Idvith... - disse Arthur puxando sua capa - Não possuimos roupas especiais para o funeral
     Era verdade, desde o momento em que Gimb entrara ele ficara comentando que estavam diferentes e que ele não queria fazer uma cena. Embora quizesse chamar atenção. Outra coisa que, não apenas Gimb mas todos, perceberam foi que não havia preto naquele funeral. Todos estavam utilizando branco.
     Foi quando Idvith os chamou para uma sala onde estavam os pertences das pessoas presentes que ele explicou que a vestimenta era algo importante que estava escrito nos ultimos desejos de sua falecida majestade, Leandro.

"[...] Que todos vistam branco. Preto a muito foi usado para demonstrar luto. Não quero que ninguém se martirise pela minha ida do plano terreno. Quero que todos se fortaleçam com o fato de que estão sozinhos agora. Usem branco, e mostrem que não alimentei um povo de parasitas aproveitadores, mostrem que eu protegi um povo de heróis para todos os momentos, bons e maus, felizes e tristes. [...]" 

Então todos vestiram roupas escolhidas por Idvith que estavam naquela sala. Arthur, como de custume, rasgou um pouco a camisa que conseguira para continuar com seu estilo. Löw então aproximou-se de Arthur e lembrou-o de que Idvith era conhecido por encantar as coisas para enganar seus inimigos. Mesmo sendo aquele argumento muito realista e possível Arthur disse que ele não faria aquilo. Ele estava convencido, depois de seu encontro com Idvith nas catacumbas do palácio, de que ele não era uma má pessoa. Mas sabia que se ele tivesse de fazer o mau, assim seria.
     Vestiram-se e vestiram a moça que antes usava uma máscara. Mesmo com algumas dificuldades para se locomover ela podia andar. E também, não queriam deixar ela lá embaixo com os guardas de Idvith. O que poderia ser letal para ambas, ou para todos.
     Subindo as escadas e seguindo os nobres pelos corredores Arthur, Löw, Gimb, Albert e a moça da máscara (agora livrada dela) chegaram em um gigantesco pátio que havia no quinto andar do castelo. Tudo estava arranjado. Assentos de capela feitos de madeira, postos como se fossem em uma capela. Imagens de guardiões e dos panteões de Wayland em bandeiras ao redor do pátio. Guardas de Idvith, em armaduras prata com o simbolo de uma pequena cruz azul de Khalmyr. Estava tudo no lugar. E é claro, um detalhe crucial, que fora o motivo chave da cerimônia ser feita neste pátio: o túmulo da rainha.
     Sim, fora neste grande pátio que a rainha fora colocada. Longe da entrada, seguindo o tapete preto que dirigia-se ao altar feito para a cerimônia, estava o túmulo de sua majestade, a rainha Hévilin. E ao lado estava um túmulo similar ao seu, mas para outra pessoa.
     O sacerdócio do templo de Khalmyr em Lhibann colocou-se em suas posições enquanto todos sentavam-se. Idvith então chama Arthur para sentar-se ao lado dele, em um lugar que ficava à frente dos túmulos, perto do homem que regeria o rito. Diz que sim, e Arthur então o segue para lá. Se sentam por último e ficam à espera do ínicio do fim de Leandro.
Bem distante dali, em cima de uma torre da capela, estava Genesys preparando-se para saltar. Ele, esforçando-se, consegue saltar até a muralha. Para sua surpresa encontrou quatro guardas mortos. Então ouviu uma respiração muito forte atrás dele. Graças à lua atrás do ser, seu rosto tornara-se sombrio e inrreconhecivel.
     Embora sua face estivesse coberta de sombras Genesys era capaz de ver que ele era um ser alto e que possuia cabelos vermelhos como os seus. Mas conforme ia forçando a vista, e o ser se aproximava, ele ficava mais "reconhecivel". A charada foi resolvida quando o homem pulou em cima dele e o chamou de Sr.Genesys. Era o ruivo, o meio-gigante, o bárbaro: Mark!
     Ele veio correndo e levantando Genesys o abraçou forte. Genesys ficava constantemente pedindo-o para que o largasse e parasse de gritar, pois algum guarda remanescente poderia ouvir. Acatando-o ao "pedido" de seu ídolo, Mark pergunta o motivo de estar tão distante de seus amigos. Com seriedade na face ele responde:
   - Para observa-los... falou Genesys com um tom sério e um olhar penetrante.
     Por mais que fosse um meio-gigante um tanto esperto, Mark não conseguiu entender o motivo de estar longe deles. Claro que Mark não iria ir contra a palavra de Genesys, assim ficando quieto ao lado dele. No próximo instante Mark expressou o quanto aliviado ele estava em vê-lo bem e com saúde. Antes de pegar um pouco de carne em seu saco para comer ele ficou "puxando o saco" de Genesys. Algo que o fazia se sentir bem, e as vezes, irritado. Mesmo assim Mark era um bom homem (meio-gigante).
   
O funeral começara e, entre palavras de um livro sacro e dos pergaminhos deixados por Leandro, o homem em uma toga branca e vermelha começou a falar:
     "[...] Leandro... este homem foi muitas coisas em sua vida. Um bom rei, para todos os seus súditos, ricos ou pobres. Um bom irmão, para todos que nunca tiveram alguém para quem contar e confiar; nosso rei sempre agira como um irmão para todas as pessoas que conheciam ele bem e estavam ao redor dele. Um bom marido, que mesmo no inicio de sua união, e no fim dela, com a mulher que amava, jamais a traíra ou faltara com respeito; hoje nosso rei se unirá com a rainha mais um vez. [...] De todas as coisas que este bom homem foi, ele jamais foi um bom pai. Pois jamais tivera um filho. Hoje nós o entregamos na terra vermelha, onde sua esposa, a rainha, e seu filho recém-nascido, possam ser felizes juntos até o dia do julgamento final. [...] Que todos nós venhamos a revê-lo outra vez no dia em que os céus se abrirão para nós! [...]"
     Entre choros e reflexões o povo começou a se levantar para ir até o túmulo para ver o majestoso rei pela última vez. Algumas pessoas que passavam - inclusive Idvith, pelo o que viu Arthur - deixaram coisas junto ao corpo. Ouvira Arthur o seguinte quando Idvith deixara um pedaço de pergaminho junto ao corpo:
   - Eis os planos m'lord, que eu jurara proteger até o fim. Eis o seu fim, meu rei. E que estes planos possam ficar enterrados junto a ti, onde nenhum homem ou orc possa encontrar... - ao terminar suas palavras, Lord Idvith olhou para Arthur de canto, como se tenta-se dizer alguma coisa.
     Foi naquele momento que Arthur percebeu que Idvith não iria ousar fazer alguma coisa contra ninguém no funeral de seu rei. E também, por que faria? Ele era o regente agora. Mas isso era a última coisa que passaria na mente de Arthur, no momento em que presenciava o último momento em que veria Leandro.

     Muitos começaram a se retirar assim que o homem que regeu a cerimônia saiu. Até mesmo Idvith tinha saído. Mas Arthur ficou, e assim que haviam menos de dez pessoas ele se foi. Quiz ficar ali até o último momento, para ver fecharem o túmulo de um homem bom - uma raridade hoje em dia.

Genesys, ao ver que todos estavam se retirando, disse ao Mark que iria lá agora dar uma olhada no corpo e se encontrar com seus amigos dentro do castelo. Mark faz que sim com a cabeça enquanto mastiga um pedaço enorme de carne de galinha. Assim que engole ele diz que quando ele terminar sua janta ele irá atrás dele no castelo. O Leão Vermelho balança a cabeça e vai saltando de torre em torre até chegar no pátio onde o funeral ocorrera.
     Depois de pular até ali Genesys vai até o túmulo e observa atenciosamente. Havia pessoas ali ainda, chorando, rezando... Pareciam estar fazendo algo e ao mesmo tempo nada de importante. O Leão Vermelho vai em direção as escadas para se encontrar com Arthur. Mas quando ia por seu pé no primeiro degrau, foi surpreendido por uma voz familiar feminina.
   - Genesys! - ouviu-se atrás de Genesys.
   -"Essa voz" - pensou ele.
     Bastou que virasse para trás para rever seu passado, agora no presente. Era a Branca...
   - O que faz aqui? - disse Genesys em um tom neutro.
   - Estava procurando por você...
     No instante em que ela revela seu objetivo uma mulher de longos cabelos azuis e asas de penujem azul pousa ao lado da Branca. A moça também não era estranha para ele, era uma das cinco crianças que estavam junto a ele em Daggerfall quando foi tirado da família que nunca conheceu.
     As pessoas ali, estranhamente, nada fizeram. Continuaram a fazer o que estavam fazendo, como se não tivesse fim. Até que a Branca bateu palmas e todos lá presentes, que estavam antes rezando e chorando, pararam e de forma inexpressiva se levantaram e saíram. Passando por Genesys, que nada fez.
     Branca então pede os planos da arma que Genesys roubou em Daggerfall. Quano negou que o faria a garota de cabelos azuis o atacou. Voou para cima e, com um movimento das asas, disparou suas penas em Genesys. Foi da pior maneira que Genesys descobriu que não eram penas comuns, mas sim penas de um metal azul leve e estranho. Por mais que não quisesse lutar ele teve de erguer seus punhos contra elas, ou morreria por não fazer nada.
     Correndo na direção de um assento, Genesys performa um pulo alto que o permite atingir a moça de azul no ar. Ela cai feito uma pedra sem vida, e Branca agarra ela antes de cair no chão do pátio. Com o corpo dela ainda em mãos Branca rasga o estomago da garota de cabelo azul e tira um ovo de lá. Ela olha para Genesys e diz:
   - Achou mesmo que seria tão fácil? - assim que termina sua frase ela joga o ovo no chão, fazendo-o rachar e brilhar. Quando os pedaços da casca caem no chão um pequeno ser torna-se visível aos olhos de Genesys. E, em uma velocidade assustadora, o ser cresce novamente. Assim tornando-se a garota novamente. Como antes ela retorna a atacar Genesys com toda a sua vontade.

Quando nossos heróis estão prestes a deixar o castelo Mark aparece, perguntando onde estava Genesys. Arthur o questiona quanto o motivo dele estar perguntando isso, já que ele mencionara ter encontrado ele. Irritados pela incompetência de Mark eles decidem voltar onde o funeral tinha acontecido, pois Mark dissera que a última vez que o vira havia sido quando Genesys tinha se retirado para ir ver o túmulo.
     Genesys estava parado e cansado na frente de uma irada Branca e uma triste moça de cabelos azuis. Löw pergunta o que estava acontecendo, mas a tensão entre a discussão entre a moça de branco e o Leão Vermelho era tanta que ambos ignoraram a aparição deles.
     A Branca, naquele momento, revelou que não estava ali apenas para pegar os planos da espada, mas sim por que sentia-se traída e injustiçada pelos feitos de Genesys durante o tempo em que estiveram pressos. Foi ai que Gimb e Arthur descobriram o que Genesys havia feito. Ele tinha fugido com tudo que lá havia e os deixado para trás, para morrer. O que mais os deixaram afetados pelo momento é que em nenhum momento Genesys negou isso, apenas disse que queria que eles parassem de serem peões para um homem que não ligava para eles.
     Quando Genesys disse isso Lord Kiruh, senhor de Daggerfall e convidado de Idvith esta noite, aparecera atrás deles. E, para complicar, os outros três kemonos que estavam juntos à Genesys durante o aprisionamento apareceram atrás de Branca e da moça de cabelo azul. Kiruh se aproximou e disse que por mais que Genesys o culpasse pela tristesa que os outros kemonos haviam passado, o verdadeiro causador daquilo foi Genesys. Pois afinal, quem deu abrigo, comida, amor... quando um grande amigo desapareceu, foi Kiruh.
     Disse ele também que Genesys não conhecia família, e que não iria longe sem a sua. Embora aquilo estivesse afetando Genesys, Arthur ria. Pois nunca conhecera sua família e estava ali entre eles. Só que por mais que fosse verdade, Arthur havia dito que Gimb, Genesys, Löw, Albert e todos que ele conhecera no dia em que "acordara" eram sua família agora. Ou seja, ele não estava sozinho. Mas e Genesys? Por mais que acompanhado estivesse, será que ele se via só?
   - Não vire as costas para mim, filho... - gritou Kiruh.
   - ... - Genesys ficou imóvel.
   - É assim que irá tratar sua família? Eu o acolhi quando aqueles pobres malditos o abandonaram para morrer nas ruas sujas de uma vila bárbara. E agora, que eu lhe dei poder e lhe tornei o que você é agora, você vai virar as costas para mim?!
   - ...
   - Que seja... Saiba que por mais que eu seja seu criador, um ser que tenha misericórdia de suas criações, jamais irei lhe perdoar pelo o que fez com eles - disse Kiruh olhando para a Branca e os outros.
     E como um sussurro ecoando Kiruh desapareceu de onde veio. Os outros então foram, mas Branca aproximou-se de Genesys e puxou sua espada.
   - Branca! - gritou Kiruh - saía dai. Não vale a pena...
   - Um peão... - repetiu Genesys baixinho para Branca enquanto ela baixava sua espada e pulava para fora do pátio junto aos outros.
   
     Só que de repente um vulto passa por todos ali, como uma brisa sombria, e quando todos olham para Genesys, Kiruh tinha ele preso. Arthur pegou sua espada, mas Kiruh puxou uma lâmina e a pressionou contra o pescoço de Genesys. Arthur parou de se aproximar, ele estava bem perto deles.
   - Não se aproxime, verme... Eu jamais mataria um membro de minha família. Mas ele já não faz mais parte da minha... Ha! Como você iria entender?
   - Tenho eles... - falou Arthur olhando para seus amigos.
   - Você jamais saberá o que é uma família de verdade! - gritou Kiruh elevando Genesys até os céus.
     Botando sua habilidade em m movimento Arthur consegue agarrar o pé de Genesys. Kiruh então se aproxima bem perto dos ouvidos de Genesys e, com a mão dentro das vestimentas do Leão Vermelho, disse:
   - Eu não vou matar você, mas não deixarei isso com um desertor - agarrando os planos da espada de Daggerfall Kiruh para de subir e larga Genesys, voando para a distância.

A altura era grande, e ambos perceberam que iriam morrer agora. Enfrentaram tantas criaturas, para que? Para morrer para o chão? Como aquilo foi acontecer? Talvez, se... Mas espere, o que é aquilo? Eles não estão mais caindo. E há... há mãos segurando os dois, o que era aquilo?
     Não, agora não era a hora. Era a moça de cabelos azuis, ela havia salvado os dois. Os deixou no pátio. Gimb se aproxima para disparar contra ela, mas Arthur pede que pare. Genesys então olha para ela e, estendendo a mão antes que ela pulasse do alto pátio do castelo, diz:
   - Não vá! Não... Não tem que ser assim...
    A moça de asas azuis olha para ele com um olhar de tristeza. Haviam lágrimas nos olhos dela. De repente, a branca grita por ela. Ela olha para Genesys uma última vez e voa para longe. Por que? - pensava Genesys. Seus amigos tentaram consola-lo no momento. Mas tudo havia sido tão rápido e tão verdadeiro, que a mente de não só Genesys mas a de todos estavam em um turbilhão sem controle.

Assim que descem eles passam por Idvith que se despede deles e agradece pela vinda. Genesys ia virar para xinga-lo, como era comum, mas saiu correndo e foi pegar sua espada novamente, que estava lá no pátio. Quando voltou ignorou Idvith e se juntou a todos. Gimb então os lembrou que era do desejo de todos sair dali assim que o funeral acabasse. Löw então lembrou eles de que o mercador de Tafhar's Shields estaria em Horntown. Gimb então, percebendo a confusão na mente de todos, puxa todos pelas mãos e os levam até o porto.
     Lá encontraram-se com uma bela moça que os levou até Horntown em um adorável, porém caro, aeroplano. Conversa vai, conversa vem, e eles descobrem que ela era bem simpática e disse que locomover heróis era o trabalho dela. Seu nome era Ponnie, revelara ela.

Com o termino da viagem, e a chegada em Horntown, Gimb chama Arthur para procurarem uma estalagem e dormirem lá. Mas Genesys disse que ia até o ferreiro. Todos então foram, já que ir na Tafhar's Shields era sempre bom para todos.
     No caminho encontraram a moça da loja "Enchantable", que estava em BlueStone. Explicou ela que estava ali para resolver alguns assuntos com o homem mascarado de Tafhar's Shield. Então decidiu acompanha-los. Lá todos fizeram seus reparos e compraram uma armadura para Löw. Todos estavam indo quando perceberam que Genesys não estava acompanhando-os. Ele disse que precisava terminar uma coisa. Os outros repararam que era a espada. E então saíram, um tanto sérios.
     Genesys então pediu para que ele fabricasse a espada, mas que havia perdido os planos para construí-la. O mascarado então disse que não havia problema, já que ele havia memorizado o mecanismo dela desde a primeira vez que Genesys a mostrara para ele.
     Foi com um leve sorriso no rosto que Genesys o acompanhara durante a construção de sua espada...

O que estava acontecendo?
Algo parece errado...
Será que, que todos vão...

domingo, 6 de novembro de 2011

- Adeus, meu Rei (Part I)-

     Ainda no palácio de Samantha nossos heróis utilizaram da ajuda da moça que Samantha deixara para responder algumas perguntas. Tendo as perguntas sido feitas nossos heróis pediram apenas por uma ajuda para se retirarem de BlueStone. Uma "carona", por assim dizer, até Lhibann para o funeral de Leandro.
     Eles saem do palácio com um pergaminho escrito pela garota de Samantha em mãos. Tal pergaminho dava-os direito de irem em um dos aeroplanos de BlueStone sem pagar nada. Com isso em mãos conseguiram embarcar na viagem para Lhibann sem problema algum.
   
Graças à habilidade dos capitães bluestonianos e o poderio aéreo em disposição no castelo de BlueStone nossos heróis estavam pisando em solo lhibano em questão de horas. Genesys então lembra a todos quanto ao irmão de Jeremy que vivia ali como um "mercador". Então colocaram-se a procurar sua loja utilizando as informações que estavam contidas na carta que foi enviada para Jeremy, que mais tarde foi dada à Genesys.
     Atrás de uma imensa estalagem, em um beco entre uma grande casa abandonada e uma construção inacabada, estava um edifício de cores fortes e vários tecidos amarrados por todos os cantos das construções ao redor. Chegaram um pouco mais perto e então Arthur e Genesys olharam para os outros e deixaram as moças com eles. Valery no baú e a garota desmaiada. E assim entraram apenas eles.
     Ao baterem na porta uma pequena portinho-la abre e dois olhos esverdeados aparecem. Uma voz sedutora então pergunta se eles sabiam a senha ou se tinham moedas negras - dinheiro utilizado no mercado negro que equivale a vidas tiradas. Genesys então mostrou a carta para a moça que, espantada, decidiu abrir. Lá o ar era pesado, porém adocicado. Moças belíssimas dançavam por todos os lados para homens estranhos sentados por toda a parte. Fumavam, bebiam e jogavam moedas para as sedutoras mulheres. Mas de todas elas nenhuma se comparava com a flor do deserto que dançava no centro de todas elas. Se a moça da porta não tivesse chamado a atenção deles para que esperassem pelo senhor dela, talvez ainda estivessem lá.
   - Não gosto de tratar com esse tipo de gente - disse Genesys enquanto caminhavam para longe das moças.
   - Eu também não, Genesys. - disse ele sem tirar os olhos da dançarina - Mas não temos escolha já que você quer o Rakûll
   - Verdade...
     Enquanto caminhavam para longe sua atenção foi chamada para dentro de uma sala escondida por uma cortina. Assim que as cortinas foram fechadas viram-se na frente de um homem usando uma burca esverdeada, seus olhos eram estranhos, como os de Jeremy. O homem, que estava ao redor de beldades despidas, mandara todas embora e fechou a cortina novamente quando elas se retiraram. Ele então se apresentou:
   - Sou Shenaj, irmão de Jeremy... Me foi dito que estavam procurando por mim
   - Sim - respondeu Genesys de uma forma seca. - Queremos adquirir uma certa mercadoria
   - Ah sim! Negócios!

     Horas passaram-se enquanto Gimb e Löw esperavam do lado de fora com as garotas. Demorou algum tempo até que Arthur e Genesys saíssem de lá. Genesys parecia um tanto bravo. E ele realmente estava já que houve um ponto em que conversava com Shenaj em que descobrira que alguém naquele lugar queria sua cabeça. Um certo desconfortou o atingiu quando o mercador disse que era uma mulher. Genesys então disse para todos que já que tinham o que precisava era melhor irem logo.
     Durante a caminhada Gimd e Löw discutiam sobre a mercadoria comprada por Genesys e Arthur. Mas nada disseram, querendo não causar nenhuma briga por algo pequeno, já que imaginavam que algo seria feito para todos com o que fora comprado. Seguiam em frente até se deparam com o gigantesco palácio de Lhibann. Os guardas de hemos prateados, com insignias com a letra "I", deixaram que eles passassem. Afinal, eles sabiam que eram os antigos homens que salvaram os portos de Lhibann de terríveis piratas.
     Ao entrarem no palácio depararam-se com uma enorme fila que ia da porta até o trono. Mas não se deixaram limitar pela fila, assim seguindo em frente. Depois de passar por vários nobres que esperavam na fila, embora já soubessem, surpreenderam-se ao verem Lord Idvith no trono. Estava ele a distribuir peças de ouro e papéis com seu selo para as pessoas ali presentes. Assim que os olhos de Idvith e de Genesys se encontraram ele mandou todos os nobres voltarem amanhã e mandou seus guardas fecharem a porta da frente assim que todos saíssem.
   - Idvith... gostando de sentar no trono?
   - Ah... Genesys, é bom ver você novamente. E como vai a vida de aventureiro, Arthur?
   - Boa - respondeu com uma certa alegria em vê-lo novamente, embora sentisse que uma guerra fria entre palavras estava prestes a começar.
   - Creio que deve estar adorando ter pego o reino inteiro para você - disse Genesys com um ar incriminante.
   - Ora, como ousa acusar o senhor de Lhibann de tal coisa, Leão Vermelho? - disse Idvith com um tom de deboche.
   - Senhor de Lhibann? Está me dizendo que você é o senhor da cidade da justiça? - falou Genesys entre leves gargalhadas.
   - Sim, sou o Rei de Lhibann agora. Até que um herdeiro surja é melhor não comprar briga comigo, rapaz
   - Ou irá me matar como fez com Leandro? - insinuou Genesys.
   - Genesys! - advertiu Arthur.
   - Tens sorte de eu estar de bom humor. Acusar a coroa, servo de Khalmyr e da justiça, de tal ato o levaria à forca imediatamente. Ou pior, já que estamos falando de vós... - falou Idvith em seu tom irritantemente calmo.
   - Veremos... - falou Genesys, que continuara com suas brigas com Idvith.
     Até que Jeriod chegou. Ele estava... mudado. Seus cabelos estavam azuis e seus olhos estavam mais azuis do que nunca. Usava uma roupa elegante completamente branca e tinha em mãos uma bengala com ornamentos dourados. O garoto Jeriod já não parecia mais existir. Era outra pessoa.
     Genesys então começou a falar da criança para Idvith, e o quanto estava repugnado com o que ele teria supostamente "feito" com a criança para deixa-la assim. O acusando de feitiçarias e controle da mente. Mas no fim, Idvith apenas o ignora e os lembra de virem para o funeral que seria daqui a duas horas.
     Para que sua ira não o atacasse, já que sabia que traria problemas, ele decidiu dar as costas e se retirar. Arthur então despedisse rapidamente e se retira atrás de Genesys junto aos outros que, desde o mercado escondido de Shenaj, vinham segurando as moças "desacordadas"(tecnicamente Valery estava morta, mas continuemos.)

Lá fora Genesys explode de raiva e fala tudo o que gostaria de fazer com Idvith se o encontrasse sozinho e ele estivesse com sua espada na mão. Arthur, que tentava colocar juízo na cabeça de Genesys, ficava o dizendo para falar mais baixo. Ou no fim aquilo poderia atrair alguém carregado de problemas para despejar sobre todos.
     Só que realmente era tarde para dizer aquilo, já que não estavam mais sozinhos na frente do palácio. Uma mão surpreende Arthur, seguido de uma voz grave... e familiar:
   - Matar Idvith... - disse a voz - Vocês ainda falam sobre estas besteiras? Ha!
   - Tobias? - disse Arthur.
     Realmente era o bom e velho Tobias. Embora irritado Genesys sentiu-se um pouco calmo em rever um antigo amigo. Perguntou sobre Mark e como ia a vida em Lhibann. Tobias confessou não estar fazendo muita coisa, já que - nas exatas palavras dele:
   - Desde que Idvith pegou o trono, as coisas tem sido estado bem calmas por aqui. Sem góblins, sem ladrões, sem piratas. Claro que devemos agradecer muito a vocês, é claro...
     Aquilo não soava de forma agradável nos ouvidos de Genesys, e no fim tudo o que ele conseguia ouvir de Tobias era: conspiração, conspiração, conspiração. O fato de Idvith estar no comando o deixava irado, mas os dizeres de Arthur continham a mais pura verdade. "Independente dele ser bom ou não, não seria sábio ataca-lo agora."

O Funeral se aproximava...
E uma separação inesperada talvez viria a causar a morte de alguém...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

- As Chamas que Revelam (Prévia) -

     "Há muito tempo atrás isto já foi um paraíso criado pelo próprio Sacerdote. Até que Lucifer, através de palavras serpentinas, corrompera um dos guardiões das Quatro Chamas que mantinham o paraíso em sua perfeição. Este guardião então corrompeu as chamas, tornando-as em Chamas Negras. O que vocês veem agora neste lugar e nos olhos das criaturas que aqui vivem não passa da influência que estas chamas estão causando. [...] Agora vão! Visitem o primeiro templo, o que era antes o Templo da Chama da Montanha, agora conhecido como o Templo da Cegueira. Vençam os desafios, purifiquem as chamas..." - Árvore Anciã
     Trevas caíram sobre o único paraíso que existia nas terras de Wayland depois da queda dos anjos. Agora nossos heróis estão no meio de uma aventura para encontrar seus pertences e achar um meio de sair de lá e se vingar das artimanhas de Horull, o Berserk Vermelho.
     Mas até onde eles serão capazes de ir? Se completarem os dizeres da Árvore Anciã, irão eles apenas sair de lá? Irão eles destruir o lugar ou até mesmo deixa-lo nas trevas? Seria possível trazer aquele paraíso de volta ao mundo de Wayland?
      Tudo isso dependerão de suas escolhas, e de sua amizade...

Digam-me, Aventureiros, até onde vocês iriam por um amigo? Até onde vocês realmente conhecem seus "amigos" para salva-los?